São Máximo Com grande alegria, lembramos São Máximo, bispo
de Jerusalém, que entrou para o Martirológio Romano por causa de sua vida de
amor a Deus e ao próximo de modo heróico, isto até entrar na glória no ano de
350.
Homem forte, de oração, e responsável no zelo pastoral, São
Máximo, pertencente ao clero, já sabia com coragem e sabedoria enfrentar todos
os perseguidores romanos. Aconteceu que no seu tempo, começou uma grande
perseguição aos cristãos, por isso como modelo e pastor do rebanho foi
perseguido, preso, processado e torturado, a ponto de arrancarem-lhe o olho
direito e mutilarem-lhe o pé esquerdo, mas nada disso o fez recuar na fé e na
fidelidade a Cristo e à Sua Igreja.
Depois da perseguição voltou para Jerusalém e fora aclamado
bispo. Desta forma, São Máximo deu seu “máximo” para viver o Evangelho mesmo
diante da arrogância dos governantes e hereges que sempre queriam atrapalhar a
vida de Igreja de Cristo que é Santa, Una, Católica, Apostólica em suas notas e
perseguida em sua história peregrina.
Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão
desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano.
Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou,
então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.
O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na
Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para
a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se
recusavam eram condenados à morte.
Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã
a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado.
Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao
imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi
encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.
Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é
tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi
arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual
Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a
abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado
de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o
soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.
Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade,
fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se
encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e
decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.
Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem
sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e
vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele
dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e
monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o
seu cárcere.
Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos
habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu
martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje,
detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as
tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.
O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo
católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos
prisioneiros e exilados.