sábado, 28 de fevereiro de 2015

02 de Março - São Simplício


Simplício nasceu na cidade italiana de Tivoli e seu pai se chamava Castino. Depois disso, os dados que temos dele se referem ao período que exerceu a direção da Igreja, aliás uma fase muito difícil da História da Humanidade: a queda do Império Romano. Ao contrário do que se podia esperar, teve um dos pontificados mais longos do seu tempo, quinze anos, de 468 a 483.

Nessa época, Roma , depois de resistir às invasões de godos, visigodos, hunos, vândalos e outros povos bárbaros, acabou sucumbindo aos hérulos, chefiados pelo rei Odoacro, que era adepto do arianismo e depôs o imperador Rômulo Augusto. A partir daí, conquistadores de todos os tipos se instalaram, depredaram, destruíram e repartiram aquele Império, tido como o centro do mundo. Roma, que era sua capital, sobreviveu. Nesse melancólico final, a única autoridade moral restante, a que ficou do lado do povo e acolheu, socorreu, escondeu e ajudou a enfrentar o terror, foi a do Papa Simplício.

Ele fazia parte do clero romano e foi eleito para suceder o Papa Hilário. Tinha larga experiência no serviço pastoral e social da Igreja e uma vantagem: ter convivido com o Papa Leão Magno, depois proclamado santo e doutor da Igreja, que deteve a invasão de Átila, o rei dos bárbaros hunos. Ao Papa Simplício, nunca faltou coragem, fé e energia, virtudes fundamentais para o exercício da função. Ele soube manter vivamente ativas as grandes basílicas de São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e São Lorenço, que a partir do seu pontificado passaram a acolher os católicos em peregrinação aos túmulos dos Santos Apóstolos. Depois construiu e fundou muitas igrejas novas, sendo as mais famosas aquelas dedicadas a São Estevão Rotondo e a Santa Bibiana. Trabalhou para a expansão das dioceses e reafirmou o respeito à genuína fé em Cristo e à Igreja de Roma.

Os escritos antigos registram suas várias cartas à bispos, orientando sobre a forma de enfrentar o nestorianismo e o monofisitismo, duas heresias orientais que na época ameaçavam a integridade da doutrina católica e vinham se espalhando por todo o mundo cristão. Mas o Papa Simplício se manteve ativo ao lado do povo, ensinando, pregando, dando exemplo de evangelizador, apesar dessas e outras dificuldades. Além disso mostrou respeito a todo tipo de expressão da arte; foi ele que ordenou para serem colocados à salvo da destruição dos bárbaros os mosaicos considerados pagãos, da igreja de Santo André. Morreu, amado pelo povo e respeitado até pelos reis hereges, no dia 10 de março de 483. Suas relíquias são veneradas na sua cidade natal, Tivoli, Itália.

Foi assim que Roma, graças à atuação do Papa Simplício, apesar de assolada por hereges de todas as crenças e origens, deixou de ser a Roma dos Césares passando a ser a Roma dos Papas e da Santa Sé. A sua comemoração litúrgica ocorre no dia 02 de março.
Fonte Paulinas

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

01 de Março - Santo Albino


Albino nasceu no ano 469, no seio de uma família cristã, que se encontrava em ascensão social e financeiramente, também pertencia à nobreza de Vannes, sua cidade natal, na Bretanha. Era uma criança reservada, inteligente, pia e generosa. Ao atingir a adolescência manifestou a vocação pela vida religiosa. Por volta dos vinte anos ordenou-se monge e cinco anos depois era escolhido, pela sua comunidade, o abade do mosteiro de Tintilante, também conhecido como de Nossa Senhora de Nantili, próximo de Samour.

Durante mais vinte e cinco anos exerceu seu ministério, mantendo-se fiel aos preceitos da Igreja, trabalhando para manter a integridade dos Sacramentos e das tradições cristãs. Nesse período, todas as suas qualidades humanas e espirituais afloraram, deixando visível uma pessoa especial que caminhava na retidão da santidade. Fez-se o pai e irmão dos pobres, dos humildes, dos perseguidos e dos prisioneiros. Tanto que foi eleito, para ocupar o posto de bispo de Angers, pelo clero e pela população, num gesto que demonstrou todo amor e estima do seu imenso rebanho.

Nesse posto trabalhou incansavelmente pela moralização dos costumes, contra os casamentos incestuosos que se tornavam comuns naquela época, quando os ricos da corte tomavam como esposas as próprias irmãs ou filhas. Para isso convocou os concílios regionais de Órleans em 538 e 541, participando em ambos ativamente, arriscando a própria vida. Mas com o apoio da Santa Sé adquiriu novo fôlego para prosseguir na difícil e perigosa campanha de moralização cristã. Depois no de 549, se fez representar pelo seu discípulo e sucessor, o abade Sapaudo.

A tradição lhe atribui algumas situações prodigiosas e cobertas pela graça da Divina Providência, como a abertura das portas da prisão, a libertação dos encarcerados e muitos outros divulgados entre os fieis devotos.

Albino morreu no primeiro dia de março de 550 e foi sepultado na igreja de São Pedro em Angers. Devido o seu culto intenso já em 556 foi dedicada à ele uma igreja, na qual construíram uma cripta para onde seu corpo foi transladado. Ao lado dessa igreja foi criado um mosteiro beneditino, cujo primeiro abade foi seu discípulo Sapaudo.

Contudo, as relíquias do bispo Albino encontraram o repouso definitivo na catedral de São Germano em Paris, no ano 1126, quando o seu culto já atingira, além da França e Itália, também a Alemanha, Inglaterra, Polônia e vários países do Oriente.

Com justiça, Albino foi considerado um dos santos mais populares da Idade Média, que atingiu a Modernidade através da vigorosa devoção dos fiéis, reflexo de seu exemplo de moralizador. A festa litúrgica de Santo Albino é comemorada no dia de sua morte.

Fonte Paulinas

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

28 de Fevereiro - São Romano


Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.

Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.

A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.

Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.

A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.

O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

Outros santos e beatos:
Beata Antônia de Florença (1400-1472) — viúva, terceira franciscana, superiora do convento de Áquila; adotou a regra das clarissas.
Santos Caio, Cereal, Túpolo e Serapião — martirizados em Alexandria do Egito, provavelmente no século III.
São Llibio (século VI) — padroeiro de Lanlíbio.
Santos Macário, Rufino, Justo e Teófilo — martirizados em Roma, em 250.
São Maidoc — bispo-abade galês do século VI.
Santo Osvaldo (†992) — nobre inglês, beneditino na França. Bispo de Worcester, onde fundou um mosteiro; nomeado arcebispo de York, teve a seus cuidados o governo de duas dioceses. Parece ter morrido no momento em que,
de joelhos, lavava os pés de 12 pobres — ação que praticava diariamente.
São Protério (†458) — patriarca de Alexandria, martirizado pelos hereges eutiquianos.
São Ruellin — bispo de Tréguier, na França, no século VI.
São Silvano (†610) — discípulo de são Comgall, abade de Bangor.
Santo Hilário (†468) — natural da Sardenha, arcediago do papa Leão Magno, exerceu diversas funções. Foi eleito papa em 461. Usou de firmeza com os hereges nestorianos e, por ocasião do Latrocínio de Éfeso, quase acabou ­assassinado.
Beata Vilhena de Boti (†1360) — terceira dominicana. Após um casamento forçado, pois desejava tornar-se freira, levou uma vida mundana pouco edificante. Certo dia, ao mirar-se no espelho, viu refletida a figura do demônio. Mudou de vida dedicando-se às obras de caridade.
Fonte Paulinas

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

27 de Fevereiro - São Gabriel de Nossa Senhora das Dores


No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

Outros santos e beatos:
Santos Alexandre, Abúndio, Antígono e Fortunato — martirizados em Roma, ou em Tessália (época incerta).
Santa Ana Line (†1601) — nobre dama inglesa, martirizada em Tyburn, junto com 39 católicos aos quais prestara socorro.
Beato Augusto Chapdelaine — sacerdote das Missões Estrangeiras de Paris; missionário martirizado na China, em 1856.
São Baldomero (†650) — subdiácono. Exerceu o ofício de ferreiro em Lião, por isso é venerado como padroeiro dos ferreiros.
Santos Basílio e Procópio (†750) — dois santos orientais. Ficaram conhecidos por terem defendido as imagens contra os iconoclastas.
São Comagan (†565) — abade de Glenthsen.
Beato Emanuel (†1189) — monge cisterciense; mais tarde, bispo de Cremona.
Santa Honorina — uma das primeiras mártires da Gália.
São João de Gorze (†975) — abade beneditino, nascido nas proximidades de Metz. Executou várias missões que lhe foram confiadas pelo imperador Oto I. Eleito superior da abadia de Gorze, nela introduziu sábias reformas.
Beato Ladislau Bathory (†484) — eremita nos arredores de Budapeste; verteu a Bíblia para o húngaro.
São Leandro (550-600) — irmão mais velho dos santos Isidoro, Fulgêncio e Florentina. Ingressou igualmente em um mosteiro, na Espanha.­ Enviado em missão a Constantinopla, teve como amigo Gregório Magno. Arcebispo de Sevilha, auxiliou na conversão dos visigodos arianos, convocou os dois sínodos de Toledo, unificou a liturgia na Espanha, converteu santo Hermenegildo.
Beato Marcos Barkworth (†1601) — mártir beneditino em Tyburn, na Inglaterra. Anglicano convertido ao catolicismo, fez seus estudos em Roma.
São Taleleu (†450) — eremita de Gábala, na Síria, onde converteu muitos pagãos.
Fonte Paulinas

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

26 de Fevereiro - Santa Paula M. Fornés de São José de Calazans


Na vila de Arenys de Mar, perto de Barcelona, Espanha, nasceu Paula Montal Fornés em 11 de outubro de 1799, que no mesmo dia recebeu o batismo. Paula passou a infância e a juventude em sua cidade natal, trabalhando desde os 10 anos de idade, quando seu pai morreu. O seu lazer era a vida espiritual da sua paróquia, onde se destacou por sua devoção à Virgem Maria.

Paula Montal, durante este período, constatou, por sua própria experiência, que as possibilidades de acesso à instrução e educação para as mulheres eram quase nenhuma. Um dia quando estava em profunda oração, se sentiu iluminada por Deus para desenvolver este dever. Decidiu deixar sua cidade natal para fundar um colégio inteiramente dedicado à formação e educação feminina.

Paula Montal se transferiu para a cidade de Figueras, junto com mais três amigas de espiritualidade Mariana, e iniciou sua obra. Em 1829, ela abriu a primeira escola para meninas, com amplos programas educativos, que superavam o sistema pedagógico dos meninos. Era uma escola nova.

Assim, Paula Montal com o seu apostolado totalmente voltado à formação feminina, se tornou a fundadora de uma família religiosa, inspirada no lema de São José de Calazans: "piedade e letras". Sempre fiel a sua devoção à Virgem Maria, deu o nome para a sua Congregação de Filhas de Maria. A estas religiosas transmitiu seu ideal de: "Salvar a família, educar as meninas no santo temor de Deus". E continuou se dedicando à promoção da mulher e da família.

Em 1842, abriu o segundo colégio em sua terra natal, Arenys de Mar. Nesta época, Paula Montal decidiu seguir os regulamentos da Congregação dos Padres Escolápios, fundada por São José de Calazans com quem se identificava espiritualmente. Um ano após abrir sua terceira escola, Paula Montal conseguiu a autorização canônica para, junto com suas três companheiras, se tornar religiosa escolápia. Em 1847, a congregação passou a ser Congregação das Filhas de Maria, Religiosas Escolápias, que ano após ano crescia e criava mais escolas por toda a Espanha.

Paula Montal deu a prova final de autenticidade, da coragem e da ternura do seu espírito modelado por Deus, em 1959. Neste ano, no pequeno e pobre povoado de Olesa de Montserrat, fundou sua última obra pessoal: um colégio ao lado do mosteiro da Virgem de Montserrat. Alí ficou durante trinta anos escondida, praticando seu apostolado. Morreu aos 26 de fevereiro de 1889 e foi sepultada na capela da Igreja da Matriz de Olesa Montserrat, Barcelona, Espanha.

Solenemente foi beatificada em 1993, pelo Papa João Paulo II que posteriormente a canonizou em Roma, no ano de 2001. A mensagem, do século XIX, de Santa Paula Montal Fornés de São José de Calazans será sempre atual e fonte de inspiração para a formação das gerações do terceiro milênio cristão.

Outros santos e beatos:
Santo André de Florença (†407) — bispo, sucessor de são Zenóbio.
São Dionísio de Augsburgo (†303) — primeiro bispo de Augsburgo, na Alemanha; martirizado sob o império de Diocleciano.
São Faustiniano — segundo bispo de Bolonha, no século IV, perseguido por Diocleciano.
Beata Isabel de França — irmã de são Luís IX. Recusou a mão do imperador da Alemanha, fundou o convento das clarissas de Longchamp e levou vida de clausura, sem ter pronunciado os votos.
Beato Leão de Saint-Bertin (†1163) — nobre flamengo, monge e abade beneditino na famosa abadia de Saint-Bertin.
beata Matilde (†1154) — beneditina alemã nas vizinhanças do mosteiro de Spanheim.
São Nestor — bispo de Magedo, na Panfília, martirizado em 251 em Perge, onde foi crucificado.
Santos Pápias, Diodoro, Cônon e Claudiano — pastores da Panfília, martirizados sob o governo de Décio, em 250.
São Vítor — eremita francês do século VII. São Bernardo escreveu alguns hinos em seu louvor.
Fonte Paulinas

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

25 de Fevereiro - Santa Valburga


Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo.

Valburga tinha completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.

Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.

Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo que havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.

Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com freqüência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.

Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.

Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.

Outros santos e beatos:
Beato Adelelmo (†1131) — abade beneditino, fundador do mosteiro de Engelberg, na Suíça.
Santo Ananias e companheiros — martirizados em 298, na Fenícia. Na prisão, o presbítero Ananias converteu o carcereiro e sete soldados, que com ele foram martirizados.
Santo Avertano (†1380) — irmão leigo carmelita francês, falecido em Luca.
São Cesário de Nazianzo (†369) — irmão de são Gregório de Nazianzo, médico da corte imperial. Foi nomeado chefe de polícia na Bitínia, onde, depois de escapar afortunadamente de um pavoroso terremoto, nele irrompeu uma crise espiritual. Abandonou a vida pública, fez-se batizar e, depois de um longo período como catecúmeno, tornou-se penitente, doando seus bens aos pobres. Tais informações chegaram até nós graças à oração fúnebre pronunciada por seu célebre irmão.
Beato Constâncio de Fabriano — prior dominicano do convento de São Marcos, em Florença; dotado de carisma profético.
Beato Diogo Carvalho — jesuíta martirizado no Japão, em 1624, juntamente com outros 60 companheiros.
Santos Donato, Justo, Irineu e companheiros — martirizados na África, no século III.
Santo Etelberto (560-616) — rei de Kent, batizado pelo evangelizador da Inglaterra, santo Agostinho. Protegeu os missionários e fundou a abadia de Cantuária.
São Gerlando (†1104) — nascido na França, parente de Roberto Guiscard, foi bispo de Agrigento, após a expulsão dos sarracenos.
Beato Sebastião de Aparício (†1600) — irmão leigo franciscano espanhol. Quando jovem, trabalhou como operário e garçom em Salamanca; depois, emigrou para o México, onde passou a dirigir o serviço postal. Aos 60 anos, quando faleceu a esposa, ingressou no convento, onde viveu durante 26 anos como mendicante.
Santos Vitorino, Vitório, Nicéforo, Cláudio, Diodoro, Serapião e Pápias — cidadãos de Corinto martirizados em 284.
Fonte Paulinas

domingo, 22 de fevereiro de 2015

24 de Fevereiro - São Sérgio


Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos. Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado.

O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.

A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos. Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte.

Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio. Ele era um velho magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com Sapricio. Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais o seu deus.

Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu decapitado naquele mesmo instante. Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de Ubeda, na Espanha.

Outros santos e beatos:
Santa Adélia (1062-1137) — generosa benfeitora, filha do normando Guilherme, o Conquistador, esposa de Estêvão de Blois.
São Beton (†918) — monge beneditino e bispo de Auxerre.
São Cumiano — abade irlandês, morto em 669, hagiógrafo de são Columbano.
Beata Ida de Hohenfels (†1195) — casada com um conde alemão, ao ficar viúva, tornou-se freira beneditina em Bingen.
São João Theristi (1129) — cognominado “o ceifeiro”, nascido de uma mulher calabresa trazida da Sicília como escrava pelos sarracenos. Menino ainda, fugiu para a Calábria e tornou-se monge beneditino.
Beata Josefa Girber Naval (1820-1893) — recebeu a alcunha de “apóstola da ação paroquial”; leiga casada, consagrou-se aos doentes e à educação dos jovens. Foi beatificada em 1988.
São Letardo (†600) — capelão da rainha Berta de Kent; depois, arcebispo da Cantuária.
Beato Marcos de Marconi (†1510) — humilde frade do mosteiro de São Mateus, em Mântua.
São Modesto (†489) — bispo de Trevi.
Santos Montano, Lúcio, Julião, Vitórico, Flaviano e companheiros — grupo de dez mártires, em 259, discípulos de são Cipriano. As Atas de seu martírio são inteiramente fidedignas, o que constitui caso raro.
santa Primitiva — martirizada em Roma (época incerta).
são Pretextato (†586) — bispo de Ruão, perseguido e assassinado a mando da rainha Fredegunda, que o religioso exprobrara por sua má conduta.
beato Roberto de Arbrissel (†1117) — chanceler da Universidade de Paris, pregador, reformador, fundou a comunidade mista de Fontevrault, onde passou a viver como simples monge.
Fonte Paulinas

sábado, 21 de fevereiro de 2015

23 de Fevereiro - São Policarpo de Esmirna


Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.

Outros santos e beatos:
São Boisilo (†661) — abade de Melrose, na Irlanda.
São Dositeu (†530) — monge de Gaza, na Palestina.
São Félix (†650) — vigésimo bispo de Bréscia e octogésimo terceiro santo que traz esse belo nome.
São Florêncio de Sevilha (†485) — muito popular na Espanha, embora pouco se conheça de sua vida.
São Jurmin — príncipe inglês do século VII.
São Lázaro (†867) — monge e pintor em Constantinopla; padeceu torturas por causa de seu empenho em restaurar as imagens sagradas, mutiladas pelos iconoclastas.
Santa Marta (†251) — adolescente espanhola decapitada em Astorga, na Espanha.
São Meraldo (†850) — abade beneditino de Vendôme, na França.
Santa Mildburga (†715) — taumaturga, abadessa beneditina de Wendlock. Era a irmã mais velha de Santa Mildreda.
Beato Milônio (†1076) — cônego de Paris; depois, arcebispo de Benevento.
Beato Nicolau da Prússia (†1456) — nascido na Alemanha, viveu em Pádua, no reformado mosteiro beneditino de Santa Justina. Morreu na abadia de São Nicolau, próximo a Gênova.
Santo Ordonho (†1066) — primeiramente, monge beneditino; depois, religioso em Astorga, na Espanha.
Santa Romana (†324) — lendária eremita romana, morta aos 18 anos.
São Sereno (†303) — martirizado em Sírmio (hoje Mitrovica), sob o governo de Diocleciano, junto com 71 companheiros, relembrados neste dia.
São Vilegiso (†1011) — chanceler do imperador Oto III, arcebispo de Mogúncia e vigário apostólico na Alemanha. Era filho de um carroceiro.
São Zebino — eremita sírio do século V.
Fonte Paulinas

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

22 de Fevereiro - Santa Margarida de Cortona


A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.

Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.

Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.

Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.

Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.

Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.

Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.

Outros santos e beatos:
Santo Abílio (†98) — terceiro bispo de Alexandria do Egito.
Beato Ângelo Portasole (1296-1386) — dominicano de Perúgia; bispo de Iglesias, na Sardenha, morto em Ischia.
Santo Aristião — missionário na ilha de Chipre, martirizado no século I, em Salamina.
Santo Atanásio (†818) — abade de Paulopetrion, próximo a Nicomédia.
São Baradato (†640) — eremita sírio, que Teodoreto denomina “o admirável”.
Santo Elwin ou Élvis — monge irlandês, missionário na Cornualha, no século VI.
São Maximiano (†556) — bispo de Ravena, onde fez construir a célebre basílica de São Vital, inaugurada na presença do imperador Justiniano e da esposa Teodora.
São Pápias (†130) — bispo de Hierápolis, companheiro de são Policarpo. Subsistem poucos fragmentos dentre seus numerosos escritos.
São Pascásio (†312) — décimo primeiro bispo de Vienne, na França.
Santos Sincrota, Antígono, Rutílio, Líbio, Senerota e Rogaciano — martirizados no século IV, em Sírmio, na Panônia (atual Sérvia).
Santos Talássio e Lineu — eremitas sírios do século V.
Fonte Paulinas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

21 de Fevereiro - São Pedro Damião


Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote.

Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.

Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato.

A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII.

Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz.

A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.

Outros santos e beatos:
Santos Alexandre, Vérulo, Secundino, Sorício, Félix, Sérvulo, Saturnino, Fortunato e companheiros — martirizados em 434, no norte da África, durante a perseguição dos vândalos.
Santo Avito II (†689) — um dos grandes bispos de Clermont, na França, promoveu a formação do clero neste país.
Santos Daniel e Vanda — persas martirizados em 344.
São Félix de Metz — terceiro bispo da cidade francesa (época pós-apostólica).
Santos Germano e Randoaldo — beneditinos assassinados pelo duque de Val Moutier.
São Gumberto (†676) — bispo franco de Sens; ao retirar-se, fundou a abadia beneditina de Senones.
São Jorge de Amastri (†825) — eremita do monte Sirik, próximo ao mar Negro; mais tarde, bispo de Amastri, cidade que defendeu corajosamente contra os sarracenos.
Beato Noel Pinot — martirizado durante a Revolução Francesa, em 1794.
São Patério (†606) — monge romano, escritor, bispo de Bréscia.
São Pedro, o Escriba — martirizado em Damasco, em 743.
São Roberto Southwell (1561-1595) — poeta e literato, um dos 40 mártires da Inglaterra, em Tyburn. Foi canonizado em 1970.
São Severiano — bispo de Citópolis, na Galiléia; martirizado em 452, foi assassinado pelos hereges enquanto regressava do Concílio de Calcedônia.
Santos Severo e 62 companheiros — martirizados ao fim do século III, em Sírmio, na Panônia.
São Valério (†695) — monge espanhol, abade de São Pedro dos Montes, autor de livros ascéticos.
Fonte Paulinas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

20 de Fevereiro - Santo Euquério


O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.

Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.

Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.

Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.

Outros santos e beatos:
Santa Amada de Corano (†1250) — clarissa, sobrinha de santa Clara de Assis.
São Colgan (†796) — abade denominado o Sábio, amanuense famoso.
Beata Elisabete Bartoloméia Picenardi (1428-1468) — natural de Mântua, pertencia ao ramo feminino da Ordem dos Servos de Santa Maria. Foi beatificada em 1804.
São Falcão (†512) — bispo de Mäastricht.
São Leão de Catânia (703-787) — de presbítero em Ravena foi elevado à sede episcopal da (antiga) cidade do Etna. É cognominado “o Maravilhoso” por causa dos milagres que lhe são atribuídos.
Santo Olcan (†840) — batizado por são Patrício, que o sagrou bispo de Derkan, na Irlanda.
Beato Pedro de Treja (†1304) — franciscano; foi pregador em diversas regiões da Itália. Morreu nas Marcas, em Sirolo.
Santos Potâmios e Nemésio — martirizados em Chipre, em época incerta.
São Sahdost e companheiros (†343) — metropolita de Selêucia, martirizado juntamente com outros 128 cristãos, durante a perseguição movida pelo persa Xapur.
Santos Tirânio, Silvano, Peleu, Nilo e Zenóbio — martirizados em 304, em Tiro.
são Valério — primeiro bispo de Couserans, na França.
Fonte Paulinas

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

19 de Fevereiro - São Gabino


Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia , numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.

Segundo os registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido as tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu, pois o final foi trágico para todos.

Quando começou esta perseguição, verificamos pelos registros encontrados que o padre Gabino, não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo, animando e preparando, os fiéis para o terrível sacrifício que os aguardava. Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada.

Gabino foi torturado, julgado e como não renegou a fé, foi condenado à morte por decapitação. Antes da execução, o mantiveram preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome, sede e frio, durante seis meses, quando foi degolado em 19 de fevereiro de 296, em Roma.

Ele não foi um simples padre, mas sim, um marco da fé e um símbolo do cristianismo. No século V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta, tornou-se uma grande basílica. Em 738, o seu culto foi confirmado durante a cerimônia de traslado das relíquias de São Gabino, para a cripta do altar principal desta basílica, onde repousam ao lado das de sua santa filha.

No século XV, a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e arquiteto Bernini, sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes na cidade do Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

Outros santos e beatos:
Santo Ausíbio — provável primeiro bispo de Solos, em Chipre, sagrado por são Paulo.
São Barbato (612-682) — bispo de Benevento, tomou parte no sexto concílio ecumênico de Constantinopla.
São Beato de Liebana (†789) — monge espanhol de Valcavado, onde escreveu um comentário ao Apocalipse.
Santa Belina de Andreville (†1135) — camponesa francesa morta ao defender a própria virgindade contra a investida de um senhor feudal.
São Bonifácio de Lausanne (†1265) — belga, mestre de teologia em Paris, bispo de Lausanne, renunciou à cátedra episcopal e se retirou ao convento cisterciense de La Cambre.
São Jorge de Lodève (†884) — bispo beneditino.
Beata Lúcia — virgem chinesa martirizada em 1862, decapitada em Kuy-tszheu, aos 49 anos.
São Mansueto (†690) — romano, bispo de Milão, enérgico e sábio pastor; escreveu um tratado contra os hereges.
Santo Odran (†452) — com o sacrifício da própria vida, teria conseguido salvar a de são Patrício.
Santos Públio, Julião, Marcelo e companheiros — martirizados na África, em época incerta.
são Quodvultdeus (†450) — bispo de Cartago; morreu exilado em Nápoles.
São Valério (†450) — bispo de Antibes.
Fonte CNBB

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

18 de Fevereiro - São Flaviano


Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, dadas a sua grande inteligência e boa moral. Quando, porém, o imperador morreu e em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, este deu início à perseguição dos cristãos e, logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.

Ele, porém, não se intimidou e passou a dedicar seus dias a confortar e estimular os cristãos. Morto Constâncio, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais ênfase. Flaviano que já era um sacerdote cristão se destacava muito pela prática radical do Evangelho e por sua defesa contra os hereges.

Assim, em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, que na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via estremecido por agitações político-religiosas e sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com mão de ferro o posto, mas em seu primeiro ato oficial já pode ter uma idéia dos conflitos que viriam.

Era costume o patriarca, assim que assumia, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele enviou então um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e concórdia. O primeiro-ministro mandou o pão abençoado de volta, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não pertenciam a ele, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Tanto o imperador quanto o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.

Flaviano enfrentou várias dissidências que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese.

Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso Isto mesmo, maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua deposição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e ali mesmo torturado tão cruelmente que ele não agüentou e, logo depois, veio a falecer vítima delas, no dia 18 de fevereiro de 449.

Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde a verdade foi restabelecida. Aceitavam-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana e os contrários foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano foi reabilitada e ele declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã. O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

Outros santos e beatos:
Santo Angilberto (740-814) — abade beneditino em Saint-Riquier. Anteriormente exercera várias funções públicas na corte de Carlos Magno, onde gozava de prestígio também como poeta.
São Caralampo e companheiros — martirizados em 203, na Ásia Menor, sob o governo de Septímio Severo.
São Colman de Lindisfarne (†676) — bispo inglês, retirou-se à Irlanda, onde fundou um mosteiro, após ter sido abade em Lindisfarne.
Santo Engelberto (1186-1225) — príncipe-prelado. Como aceitou essa nomeação do imperador, foi excomungado. Uma vez readmitido à vida civil, foi nomeado bispo de Colônia, onde se distinguiu pelo zelo pastoral. Assassinado por ter sido um destemido propugnador dos direitos da Igreja, é venerado como mártir.
Santos Leão e Paregório — martirizados em Patara, na Lícia, em 260.
beato Martinho — catequista chinês martirizado em 1862, juntamente com o beato João Pedro Néel (comemorado neste dia), a quem acolheu em sua casa.
São Teotônio (1086-1166) — espanhol formado em Coimbra, em Portugal, onde ingressou na ordem dos cônegos regulares agostinianos. Nela se distinguiu pelo fervor e zelo pastoral.
Fonte Paulinas

domingo, 15 de fevereiro de 2015

17 de Fevereiro - Santo Aleixo Falconieri


Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi.

Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade.

Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito.

Aleixo possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira da estrada. Sua vida foi austera e
sincera de eremita penitente. As roupas eram as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal.

Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini. Ele transformou aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero, que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri.

Em 1304, quando a Santa Sé aprovou oficialmente a "Ordem dos Servidores de Maria" apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino, que lhe oferecia uma coroa de ouro.

Com cento e dez anos, ele morreu sereno no dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário. Ele foi beatificado oito anos antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos, para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.

Outros santos e beatos:
São Bento de Cagliari (†1112) — bispo beneditino na província da Sardenha, após ter sido monge em São Saturnino, para onde retornou no fim da vida, quando renunciou a suas funções episcopais.
São Constábile (1060-1124) — abade beneditino, fundou a cidade de Castellabate, na Campânia, de onde é padroeiro.
Santos Donato, Secundino, Rômulo e companheiros — martirizados em Portogruaro, em 304.
Santo Evermundo (†1178) — missionário na Alemanha, bispo de Ratzenburgo.
São Finano de Lindisfarne (†661) — monge irlandês, bispo e missionário na Inglaterra.
São Fintan (†603) — irlandês, discípulo de são Columbano, eremita e a seguir abade de Clonenagh.
São Fortchern — bispo de Trim, no século VI, depois eremita.
São Guevroc — abade de Loc-Kirec, na Bretanha, no século VI.
Beato Guilherme Richardson (†1603) — martirizado em Tyburn.
São Juliano de Cesaréia — martirizado em 308, na Palestina; originário da Capadócia.
Santo Habet-Deus — bispo de Luna, na Toscana, martirizado no ano 500, venerado em Sarzana.
São Lomman (†450) — bispo de Trim; ao que parece, sobrinho de são Patrício.
Beato Lucas Belludi (1200-1285) — discípulo de são Francisco, colaborador de santo Antônio de Pádua.
São Policrônio — bispo martirizado na Babilônia, no século IV.
são Silvino (†720) — bispo beneditino, convertido depois de uma vida pouco edificante; mais tarde, infatigável missionário na França.
São Teódulo — martirizado em 309, na Palestina; crucificado por ordem do governador local.
Fonte Paulinas

sábado, 14 de fevereiro de 2015

16 de Fevereiro - Santo Onésimo


Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.

Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.

Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.

Outros santos e beatos:
Santo Agano (1050-1100) — abade beneditino de Áriola, na Campânia.
Beato Bernardo Scamacca (†1486) — passou de uma vida de libertino para a de expiação e penitência. Nascido em Catânia, tornou-se monge dominicano depois de ferido em duelo.
santos Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel — martirizados em Cesaréia da Palestina, em 309.
São Fustino (†381) — bispo de Bréscia.
Santo Honesto — martirizado em Pamplona, na Espanha, em 270.
São Joanito (750-846) — militar, a seguir eremita, próximo ao monte Olimpo. Venerado pelos gregos em razão de sua luta contra os iconoclastas.
Santa Júlia de Mérida — martirizada junto com santa Eulália, em 304.
Santa Juliana — virgem martirizada provavelmente em Cuma ou nas imediações de Nápoles, em época incerta. Costuma ser retratada em luta contra o diabo, representado por um dragão.
São Juliano e companheiros — martirizados no Egito, em época incerta.
Santa Macrina, a Anciã (†340) — avó paterna de são Basílio e de são Gregório de Nissa. Foi exilada e sofreu em virtude da perseguição movida por Diocleciano e Licínio.
Santa Maria (século I) — é apresentada nos Atos dos Apóstolos como a mãe de João Marcos. Os apóstolos reuniam-se em sua casa.
São Matias de Meaco — terceiro franciscano; martirizado em 1597, com Paulo Miki e companheiros.
Santos Porfírio e Seleuco — martirizados em 309, em Cesaréia da Palestina.
Beato Torello (1201-1281) — nascido na Toscana, em Poppi. Após uma vida desregrada, tomou o hábito de eremita do ramo valumbrosano e durante 60 anos viveu enclausurado em sua cela.
Beato Vicente de Sena (†1442) — tornou-se frade menor franciscano; companheiro de viagem de são Bernardino.
Fonte Paulinas

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

15 de Fevereiro - São Cláudio Colombiere


Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

Outros santos e beatos:
Santa Ágape — virgem martirizada em Terni, em 273, juntamente com o bispo são Valentim.
Beato André Conti (†1302) — de família nobre, tornou-se irmão leigo franciscano. Renunciou ao chapéu cardinalício oferecido pelo papa.
Beato Ângelo de Santo Sepulcro (†1306) — eremita agostiniano, companheiro de são Nicolau de Tolentino, missionário na Inglaterra.
São Cratão e companheiros (†273) — filósofo; convertido por são Valentim de Terni. Sofreu o martírio com este e com os discípulos.
São Decoroso (†692) — bispo de Cápua.
São Drutmare — abade beneditino da Saxônia, no século XI.
Santo Eusébio — eremita da Síria, no século V.
Santo Euseu de Serravalle Sesia — eremita do século XIV; padroeiro dos biscateiros, cujo gênero de trabalho exerceu.
São Farannan (†590) — eremita, discípulo de são Columbano.
São Fausto — abade beneditino do século VI, discípulo de são Bento.
Santa Georgina (†500) — reclusa voluntária nas proximidades de Clermont, em França.
São Gualfredo de Gherardesca (†765) — nascido em Pisa, pai de cinco filhos e de uma filha, fundou a abadia de Palazzolo e, ao lado desta, uma segunda abadia feminina, a fim de abrigar as esposas de todos os que renunciavam à família para se recolher ao mosteiro.
Beato Jordão da Saxônia (†1237) — segundo mestre-geral dos dominicanos, foi o responsável pela propagação da ordem na Alemanha e pelo encaminhamento de santo Alberto Magno à vida religiosa.
São José de Antioquia — diácono martirizado com outros sete companheiros.
Beata Júlia de Certaldo (†1367) — doméstica, ingressou na ordem dos agostinianos; a seguir, viveu como anacoreta nos arredores da igreja de sua terra natal.
São Quinídio (†579) — eremita, mais tarde bispo de Vaison, em França.
Santos Saturnino, Cástulo, Magno e Lúcio — martirizados em 273, junto com seu bispo Valentim, em Terni.
São Severo (†530) — pároco de Antrodoco, nos Abruzos. São Gregório Magno faz menção de seus dotes de taumaturgo.
São Sigefredo (†1045) — bispo beneditino inglês, missionário na Noruega e na Suécia, onde converteu o próprio rei.
Santos Vinaman, Unaman e Sunaman — martirizados em 1040; missionários ingleses na Suécia.
Fonte Paulinas

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

14 de Fevereiro - São Cirilo


Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".

Outros santos e beatos:
Santo Abraão (†422) — eremita na Síria, depois bispo de Carras.
Santo Antonino de Sorrento (†830) — abade beneditino no mosteiro de Santo Agripino, é venerado como protetor deste local da Campânia.
Santo Auxêncio da Bitínia (†470) — soldado, depois eremita.
Santos Basso, Antônio e Protólico — martirizados em Alexandria do Egito.
Santos Cirião, Bassiano, Agatão e Moisés — mártires condenados à pira em Alexandria do Egito. No mesmo local, foram decapitados Dionísio e Amônio.
Santo Eleucádio — terceiro bispo de Ravena, no século II.
São João Batista da Conceição (1561-1613) — nascido em Almodovar, na Espanha. Religioso da ordem dos reformados da Santíssima Trindade (descalços), aí promoveu a obra de reconstrução. Canonizado em 1975.
São Marão (†435) — monge eremita. Emprestou o nome à comunidade sírio-católica dos “maronitas”.
São Nostriano (†450) — bispo de Nápoles.
Santos Próculo, Efebo e Apolônio — martirizados em Terni, em 273.
São Teodósio (†554) — bispo de Vaison, na França.
Fonte Paulinas

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

13 de Fevereiro - São Martiniano


Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo".

Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos. Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã.

Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.

Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. Ela, então, utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada a Deus.

Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo.

O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.

Outros santos e beatos:
Santas Fosca e Maura martirizadas em 250.Fosca, adolescente de 15 anos, de Ravena, e Maura, sua ama-de-leite, fizeram parte do seleto escol das valentes mulheres que enfrentaram a sangrenta perseguição movida pelos imperadores Décio e Diocleciano.
Catecúmenas do monge Ermolau, das mãos deste receberam o batismo, apesar da ferrenha oposição do pai de Fosca, que não hesitou em denunciá-las ao prefeito Quinciano. Os homens enviados para levá-las à presença do juiz voltaram de mãos vazias: ao lado das duas mulheres — lê-se na Paixão —, viram um anjo com uma espada flamejante desembainhada!
Mais tarde, Fosca e Maura apresentaram-se espontaneamente ao magistrado, proclamaram sem vacilar sua fidelidade a Cristo e também previram o gênero de morte a que seriam condenadas: a decapitação.
Seus corpos — sempre de acordo com a tardia Paixão — foram lançados ao mar e milagrosamente aportaram nas longínquas costas da Tripolitânia, onde mãos piedosas os recolheram e sepultaram nos arredores de Sabrata.
Quando, no século VII, a região foi invadida pelos muçulmanos, os restos mortais foram de lá retirados e postos a salvo por um certo Vital, que os trasladou para a ilha veneziana de Torcello, onde se ergue uma igreja em honra das duas mártires.

Santo Ágabo — profeta do século I, mencionado nos Atos dos Apóstolos.

Santo Aimo (†790) — natural de Milão, fundador do convento feminino de São Vítor.

Beata Arcângela Girlani (1461-1494) — nascida em Monferrato, freira carmelita em Parma, fundadora de um convento em Mântua.

São Dyfnog — galês, viveu no século VII.

Santo Estêvão de Lião (†512) — bispo, atuou entre os borgonheses arianos.

Santo Estêvão de Rieti (†590) — abade; são Gregório Magno o define como homem “culto de espírito”, embora “inculto no falar”.

São Fulcrano (†1006) — asceta, bispo de Lodève, na França.

São Gosberto (†859) — bispo beneditino de Osnäbruck.

Santa Hermenegilda (†700) — filha de santa Sexburga, esposou o rei da Mércia. Ao ficar viúva, juntou-se à mãe no convento de Münster, do qual foi eleita abadessa.

Beato João Lântrua de Triora (1760-1816) — franciscano martirizado na China, onde trabalhou ativamente como missionário.

São Julião de Lião — martirizado na França, em época incerta.

São Lucínio (†618) — bispo de Angers.

São Modomnoc ou Dominc (†550) — discípulo de são Davi de Gales, depois eremita e bispo.

São Paulo Loc (1831-1859) — padre martirizado no Vietnã; canonizado em 1988.

São Polieuto — martirizado em Mitilene, na Armênia; em 259, oficial das tropas romanas sob o governo de Valeriano.

São Tiago de Viterbo (†1308) — eremita agostiniano, teólogo, bispo de Benevento.
Fonte Paulinas

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

12 de Fevereiro - Santa Eulália


Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

Outros santos e beatos:
Santo Antônio Cáuleas (829-901) — patriarca de Cons-tantinopla, sucessor de Fócio, a cujo cisma tentou pôr cobro.

São Bento Revelli (†900) — eremita beneditino na ilha de Gallinara; a seguir, bispo de Albenga.

Santos Damião e Damião — dois mártires: um na França, outro em Roma, em época incerta.

Santo Etelvaldo (†740) — abade na Escócia; em seguida, bispo de Lindisfarne.

São Gaudêncio de Verona (†456) — bispo sepultado na Basílica de Santo Estêvão.

São Goslino (†1153) — segundo abade do Convento de São Solutore, próximo a Turim.

São Julião, o Hospitaleiro — popular na Idade Média. Segundo um relato lendário, visto ter provocado por engano a morte dos próprios pais, foi a Roma com a esposa para pedir a absolvição. No caminho de volta, construiu uma hospedaria nas margens de um rio; por isso é invocado como padroeiro dos barqueiros.

São Ludano (†1202) — peregrino escocês, falecido na Alsácia.

São Melécio (†381) — bispo armênio de Sebaste; a seguir, patriarca de Antioquia, várias vezes enviado ao exílio pelos arianos.

São Modesto (†304) — diácono martirizado na Sardenha, venerado em Benevento, local o qual foram conduzidos seus despojos em 785.

Santos Modesto e Amônio — martirizados em Alexandria do Egito, em época incerta.

Santos Modesto e Juliano — martirizados em 160, respectivamente em Cartago e Alexandria do Egito.

Beatos Tomás de Foligno, Antônio da Saxônia, Gregório de Traú, Nicolau, o Húngaro, e Ladislau de Poscega — franciscanos martirizados, na aldeia de Vidin, na península balcânica, em 1369.

Santa Umbelina (1092-1135) — abadessa beneditina, irmã caçula de são Bernardo. Visto ter tido um convívio conjugal não muito edificante, depois de visitar o irmão na abadia de Claraval, solicitou o consentimento do marido para entrar no convento das beneditinas negras de Jully-les-Nonnais. Logo foi eleita abadessa. Morreu assistida pelo santo irmão.
Fonte Paulinas

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

11 de Fevereiro - São Castrense


Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis.

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiqüíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.

Assim, a fama de santidade já o acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.

As relíquias do Santo, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale".

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região.

Mas ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória. Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito graças são alcançadas por sua intercessão.

Outros santos e beatos:
Santo Adolfo (1185-1224) — bispo cisterciense de Osnabrück, na Alemanha, conhecido como “o esmoler dos pobres”.
Santo Ardagno (†1058) — décimo terceiro abade do mosteiro beneditino de Tournus, na França.
São Bento de Aniane (750-821) — saiu da corte de Carlos Magno para o mosteiro de Saint-Siene. Fundou a abadia de Kornelimünster, nas proximidades de Aquisgrana, a qual serviu de modelo para as de São Caedmon (†680) — trabalhador braçal e poeta anglo-saxão; irmão leigo beneditino.
São Calógero (†130) — bispo de Ravena.
São Desidério (†608) — bispo de Vienne; foi perseguido pela rainha Brunilde, que ordenou sua morte. É venerado como mártir.
Santa Gobnet — abadessa do convento de Ballyvouney, no século VI.
São Gregório II (669-731) — papa a partir das funções de bibliotecário, galgou o sólio pontifício. Promoveu as missões na Alemanha, para onde enviou são Bonifácio, restabeleceu abadias, opôs-se à heresia iconoclasta, retardou o avanço dos lombardos na Itália.
São Jonas — eremita do século IV, companheiro de são Pacômio, no Egito.
São Lázaro de Milão (†450) — arcebispo, defendeu a cidade contra os invasores ostrogodos.
Santos Prisco, Castrense, Tamaro, Rósio, Heráclio, Secundino, Adjutor, Marcos, Augusto, Elpídio, Canião e Vindônio — Prisco, bispo africano, juntamente com seus companheiros, fora deixado em pleno mar num barco sem remos, mas a corrente marítima o teria lançado à Itália meridional, onde os Santos deste dia atuaram como missionários e pastores de almas.
Santos Saturnino, Emérito, Maria, Dativo, Félix, Ampélio e outros 40 companheiros — martirizados na África, em 304; entre estes, Tecla, Rogaciano, a jovem e corajosa Vitória e o pequeno Hilarião.
São Severino (†550) — eremita; a seguir, bispo de Seotempeda, localidade que, por sua causa, tomou o nome de Marca de São Severino, na província de Ancona.
Santa Teodora (†867) — imperatriz, esposa do herege Teófilo. Após a morte deste, restabeleceu o culto das imagens e terminou seus dias no convento.
Fonte Paulinas

domingo, 8 de fevereiro de 2015

10 de Fevereiro - Santa Escolástica


O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges. São Bento foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso.

Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.

Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o seu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa.

Outros santos e beatos:
Santos André e Apônio — martirizados no século I, em Belém; durante essa perseguição, o próprio apóstolo são Tiago Maior encontrou a morte.

Santa Austreberta — religiosa beneditina (630-704), superiora do convento de Abbeville, na França.

Santa Baldegunda (†580) — superiora de Saint-Croix de Poitiers.

Beata Clara Angolanti de Rímini (1282-1346) — depois de uma vida pouco edificante, converteu-se. Viúva do segundo matrimônio, tornou-se terciária franciscana, fundou um convento, mas não se considerou digna de vestir o hábito religioso. Impôs-se tão duras penitências, que os próprios contemporâneos julgaram ter havido excessos.

São Desiderato ou Desiré — bispo de Clermont, no Auvergne, no século VI.

Santo Erlulfo — missionário escocês na Alemanha; bispo martirizado em 830.

Beato Eusébio (†1501) — embaixador espanhol junto à Sereníssima; abandonou tudo, tornando-se camaldulense em Murano.

Beato Hugo de Fosses (†1164) — discípulo de são Norberto, fundador dos premonstratenses, ao qual sucedeu como abade e superior geral da ordem.

Beato Pagano (1423) — monge da abadia siciliana de São Nicolau da Arena, depois de um longo período como eremita.

São Protádio (†624) — bispo de Besançon.

Beato Sálvio (†962) — superior do mosteiro beneditino de Albelda, na Espanha.

São Silvano — bispo de Terracina (época incerta).

Santa Sótera — jovem romana martirizada em 304.

São Trunvino (†704) — nomeado bispo dos pictos por são Teodoro.

Santos Zótico, Irineu, Jacinto, Amâncio e companheiros — dez soldados martirizados em Roma, em 120, sepultados na via Labicana.
Fonte Paulinas