sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

08 de Fevereiro - São Jerônimo Emiliano

Jerônimo Emiliani, de nobre família, nasceu em Veneza, Itália, em 1486. Sua juventude foi bastante tumultuada, com comportamentos mundanos e desregrados. Desde os quinze anos serviu como soldado e durante muito tempo foi mantido como prisioneiro pelo exército imperial de Treviso. Neste período, ele foi envolvido numa forte experiência de conversão. Atormentado pela memória de seus pecados, reconheceu em Cristo Crucificado o amor misericordioso do Pai.

Quando saiu em liberdade, se desfez de toda a fortuna e se consagrou a uma missão muito especial, baseada na revelação da paternidade divina: compartilhar e viver em comunidade com os órfãos, os pobres e os doentes. Assim, em 1531 fundou um instituto de religiosos na cidade de Somasca, Itália. Logo foram chamados de "padres Somascos". Jerônimo Emiliani permaneceu leigo e dedicou sua existência a Deus e à caridade. Seus trabalhos solidários se estendiam aos doentes e miseráveis como também as crianças órfãs e às prostitutas.

A motivação da sua vida espiritual foi o desejo de devolver a Igreja ao estado de santidade das primeiras comunidades cristãs. Este mesmo ideal determinou o modo de organizar a vida das casas que acolhiam os órfãos. O grupo religioso se destacou por proporcionar educação gratuita aos menores abandonados e órfãos. Dos muitos colaboradores que se aproximaram dele, alguns tomaram a decisão de seguir o seu estilo de vida. Assim nascia a Companhia dos Servos dos Pobres.

Prestes a morrer, Jerônimo Emiliani transmitiu a seus discípulos um testamento que sintetizava sua experiência espiritual e representava, ao mesmo tempo, um itinerário de vida cristã: "Segui o caminho do Crucificado, desprezai a iniqüidade, amai-vos uns aos outros e servi aos pobres".

Jerônimo Emiliani faleceu na cidade de Somasca, Itália, no dia 8 de fevereiro de 1537, vitimado pela peste que contraiu servindo aos doentes durante uma epidemia que se alastrou na cidade. Apesar disso cuidou dos enfermos até os últimos momentos de sua vida.

O papa Santo Pio V, em 1568 oficializou a Ordem dos Religiosos de Somasca. Jerônimo Emiliani foi canonizado em 1767 e o dia 8 de Fevereiro escolhido para a sua homenagem. Em 1928, o Papa Pio XI o declarou Padroeiro dos órfãos e das crianças abandonadas.

Outros santos e beatos:
São Cutimano — eremita do século IX, em Sussex.
Santos Dionísio, Emiliano e Sebastião — monges armênios (data incerta).
Santa Elfrida (†714) — abadessa beneditina, filha dos reis da Nortúmbria.
Santo Estêvão de Grandmont (1046 - 1124) — francês de Auvergne. Após uma peregrinação a Bari, quando retornava à França caiu doente em Benevento e esteve sob os cuidados do bispo Milone. Voltando a sua terra natal, fundou em Muret um mosteiro beneditino inspirado no modelo dos que conhecera na Itália.
Santo Honorato de Milão (†570) — bispo durante a época das invasões bárbaras; foi desterrado e morreu no exílio.
Beato Isaías Boner (†1471) — sacerdote agostiniano de Cracóvia.
São João da Mata (1160-1213) — nascido na Provença, fundou a Ordem da Santíssima Trindade, consagrada a obter a liberdade, por meio de resgate, dos prisioneiros que os muçulmanos deportavam para a Tunísia.
São Juvêncio — bispo de Pavia. Enviado a esta cidade pelo bispo de Aquiléia, era discípulo do evangelista são Marcos.
São Meingoldo — viveu no século X, em Huy, na Bélgica.
São Nicécio (†611) — bispo de Besançon.
Santo Onchu (†600) — peregrino e poeta irlandês, grande colecionador de relíquias de santos irlandeses.
São Paulo de Verdum (†649) — foi sagrado bispo após uma experiência de vida eremítica na montanha do Voge, próximo a Tréveris.
São Pedro Ígneo (†1086) — cardeal e bispo valumbrosano, da família dos Aldobrandini, monge juntamente com são João Gualberto. É cognominado “ígneo” por haver passado ileso entre as chamas.
Santa Quinta — matrona egípcia, martirizada em 249; foi arrastada pelas ruas de Alexandria com os pés amarrados a um cavalo.

Fonte: Paulinas

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

07 de Fevereiro - Pio IX

O Papa Pio IX nasceu na Itália aos 13 de maio de 1792. Seus pais pertenciam à nobreza local e o batizaram com o nome de Giovanni (João) Maria Mastai Ferretti. Em 1809, transferiu-se para Roma a fim de continuar os estudos, sem ter se definido pelo sacerdócio. Sua saúde era muito débil, tanto que, devido a uma enfermidade, teve de abandonar os estudos em 1812, sendo também dispensado do serviço militar obrigatório.

O jovem Mastai teve um encontro com São Vicente Pallotti em 1815, que lhe profetizou o pontificado. Nessa época, João fazia parte da Guarda nobre pontifícia, mas teve que deixá-la por motivo de saúde. A partir daí, a Virgem de Loreto o curou, gradual e definitivamente, da enfermidade.

Mastai resolveu optar pelo estudo eclesiástico em 1816, sendo ordenado sacerdote em 1819. Celebrou sua primeira Missa na igreja de Santa Ana dos Carpinteiros, do Instituto Tata Giovanni, para o qual fora nomeado reitor, permanecendo na função até 1823. Acompanhou o núncio apostólico ao Chile, onde ficou por dois anos.

Aos trinta e seis anos de idade, o sacerdote Giovanni Maria Mastai foi nomeado Bispo e destinado à arquidiocese da cidade de Espoleto, Itália. Durante os anos 1831 e 1832, ocorreram revoluções nas cidades de Espoleto e Ìmola. O então bispo Mastai não quis derramamento de sangue e reparou, os destruidores efeitos da violência, com a paz, concedendo o perdão para todos os envolvidos.

Foi nomeado Cardeal em 1840. Na tarde do dia 16 de junho de 1946, o cardeal Mastai, que fugia de todas as honrarias, foi eleito Papa escolhendo o nome Pio IX. Começou seu governo com um ato de generosidade: concedeu uma anistia para delitos políticos e, já em 1847, promulgou um decreto de ampla e surpreendente liberdade de imprensa.

Entre as realizações do seu pontificado, podemos destacar o restabelecimento da hierarquia católica na Inglaterra, Holanda e Escócia; a condenação das doutrinas galicanas; a definição solene, a 08 de dezembro de 1854, do dogma da Imaculada Conceição; o envio de missionários ao Pólo Norte, Índia, Birmânia, China e Japão; a criação de um Dicastério para as questões relativas aos orientais; a promulgação do "Syllabus errorum", no qual condenou os erros do Modernismo; a celebração, com particular solenidade, do 18.o centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo; a celebração do Concílio Ecumênico Vaticano I , ápice do seu pontificado, iniciado em 1869 e concluído em 1870.

Com a queda de Roma, em 20 de setembro de 1870, e o fim do poder temporal, Pio IX encerrou-se no Vaticano, por se considerar prisioneiro. No dia 07 de fevereiro de 1878, com a sua piedosa morte, chegou ao fim o pontificado mais longo, e um dos mais difíceis da História da Igreja. Pio IX foi um grande Papa, certamente um dos maiores, cumpriu sua missão de "Vigário de Cristo", responsável dos direitos de Deus e da Igreja, foi sempre claro e direto: soube unir firmeza e compreensão, fidelidade e abertura. Com a comprovação de inúmeras graças por intercessão do Papa Pio IX, Giovanni Maria Mastai Ferretti, foi beatificado no ano 2000 pelo Papa João Paulo II, em Roma.

Outros santos e beatos:
Santo Amolvino (†750) — abade e bispo beneditino de Lobbes.
Santo Anatólio — bispo de Cahors, em época incerta.
Santo Áugulo ou Augúrio — bispo martirizado nas ilhas britânicas, em 303.
São Crisólio — bispo martirizado no século IV. Procedente da Armênia, foi enviado à Gália como missionário, ao tempo de Diocleciano.
Santo Egídio Maria de São José (1729-1812) — nasceu em Tarento; ingressou na Ordem dos Frades Menores franciscanos e viveu a maior parte de sua vida em Nápoles, onde veio a falecer a 7 de fevereiro. Exerceu com serena alegria as humildes funções de porteiro, cozinheiro e mendicante pelas ruas de Nápoles. Foi canonizado a 2 de junho de 1996.
São Fidélis (†570) — bispo de Mérida, na Espanha.
Santa Juliana de Bolonha (†435) — por acordo mútuo, viveu afastada do marido, que se tornou padre. Ela se consagrou aos quatro filhos e às obras de caridade; santo Ambrósio a exaltou como exemplo de vida cristã.
São Lourenço de Siponto (†546) — bispo. A ele se atribui a construção do santuário de São Miguel do Monte Gargano.
São Lucas, o Jovem (†946) — eremita nas cercanias
de Corinto. Operou muitos milagres, o que lhe valeu o título de taumaturgo.
Beata Maria da Providência (1825-1871) — fundou, por sugestão do cura de Ars, uma congregação feminina em sufrágio das almas do purgatório. Exemplo de paciência nos grandes sofrimentos, foi beatificada em 1957.
São Melânio ou Mellan — bispo irlandês do século VI, eremita na França.
São Moisés (†372) — bispo dos nômades do Sinai.
São Ricardo (†720) — príncipe do Wessex, verdadeiramente rei; segundo antiga lenda, morto em Luca, durante uma peregrinação a Roma. Também seus três filhos são venerados como santos.
São Teodoro, o General — martirizado sob o império de Licínio, de cujo exército era general (= stratelates). Foi torturado e crucificado em Heracléia.
Beato Tomás Sherwood (1551-1578) — londrino; encarcerado e torturado na Torre de Londres. A seguir, executado em Tyburn, sob a acusação de ser fiel à Igreja de Roma e de negar a supremacia da rainha Isabel I.

Fonte: Paulinas

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

06 de Fevereiro - São Paulo Miki e companheiros

Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

Outros santos e beatos:
Santo Amando de Elnone (†675) — nascido em Nantes, viveu como eremita em Bourges. Depois, como bispo missionário, foi pregador em Flandres, Caríntia e Navarra. Fundou muitos mosteiros, entre os quais o de Elnone, perto de Tournai, onde morreu quase centenário.
Santo Antoliano — martirizado em Auvergne, em 265.
Santo Antônio Denyan — trigésimo membro da Ordem Terceira franciscana, crucificado com Paulo Miki em Nagasáqui, em 1597.
São Bartolomeu Laurel — irmão leigo franciscano, nascido no México e queimado vivo em Nagasáqui, em 1622.
Santos Francisco Blanco, espanhol; Francisco de São Miguel, espanhol; Francisco de Nagasáqui, médico japonês — mártires crucificados em Nagasáqui, juntamente com Paulo Miki e o catequista Tiago Kisai, Joaquim Saccakibara, Gabriel de Duisco, João Kisaka, João Soan de Goto, Pedro Sukejiro, o adolescente Tomás, de 15 anos, e Miguel Cozaki, Tomás Xico, japoneses; Gonsalvo Garcia, irmão leigo franciscano português, companheiro de missão, no Japão, de Pedro Batista Blasquez, juntamente com o qual foi crucificado em Nagasáqui — ao mesmo tempo que o franciscano espanhol Martim Loynaz da Ascensão, missionário no México, em Manila, e por fim no Japão; Caio Francisco, soldado japonês, irmão terceiro franciscano; Cosme Takeya, terceiro franciscano.
São Geraldo (†1077) — bispo de Óstia, prior beneditino de Cluny, núncio apostólico, venerado como padroeiro de Velletri.
São Guarino (†1159) — bolonhês, cônego regular agostiniano, cardeal e bispo de Palestrina.
Santa Hildegundes (†1183) — esposa do conde Lotário; ao se tornar viúva, tornou-se religiosa com a filha, em Meer, localidade próxima a Colônia.
São Mel (†490) — primeiro bispo-abade de Armagh, na Irlanda, sobrinho de são Patrício, juntamente com o bispo são Mun, cuja festividade também se comemora neste dia.
Santa Reinilda (†750) — abadessa beneditina do convento de Maaseyk.
Santos Silvano, Lucas e Mócio — martirizados em Emesa, na Fenícia, em 312.
São Tanco (†808) — monge beneditino irlandês, bispo e mártir.
São Teófilo, o Escolástico — martirizado em Cesaréia da Capadócia no ano 300.
São Vedasto (também conhecido pelos nomes de Vaast, Foster e Gastão) (†539) — ativo missionário entre os francos do rei Clóvis e secretário de são Remígio.

Fonte: Paulinas

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

05 de Fevereiro - Santa Águeda (Ágata)

Pouco se sabe sobre a vida de Santa Águeda ou Ágata como também era chamada. Ela era italiana, nasceu por volta do ano 230 na Catânia, pertencia à uma família nobre e rica.

Muito bela, ainda na infância prometeu se manter casta para servir a Deus, na pobreza e humildade. Não quebrar essa promessa lhe custou a vida, porque o governador da Sicília se interessou pela casta jovem e a pediu em casamento. Águeda, recusou o convite, expondo seus motivos religiosos. Enraivecido, o político a enviou ao tribunal que a entregou a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como isso não aconteceu, ela foi entregue aos carrascos para que fosse morta, por ser cristã.

As torturas narradas pelas quais passou a virgem são de arrepiar e estarrecer. Depois de esbofeteada e chicoteada, Águeda foi colocada sobre chapas de cobre em brasa e posteriormente mandada de volta à prisão.

Neste retorno, ela teve a graça de "ver" o Apóstolo São Pedro, o que a revitalizou na fé. Seus carrascos que esperavam vê-la fraquejar em suas convicções se surpreenderam com sua firmeza na fé, por isso a submeteram à outras cruéis torturas, desta vez com o desconjuntamento dos ossos e o dilaceramento dos seios. Foi arrastada por sobre cacos de vidros e carvões em brasa.

Depois de passar por esses tormentos, foi conduzida ao cárcere e ali morreu, enquanto rezava pedindo à Deus para parar a erupção do vulcão Etna, que iniciara bem na hora do seu martírio. Assim que ela expirou o vulcão se aquietou e as lavas cessaram. Até hoje o povo costuma pedir a sua intercessão para protegê-lo contra a lava do vulcão Etna, sempre que este começa a ameaça-los. Santa Águeda é invocada contra os perigos do incêndio.

O martírio de Águeda aconteceu durante o império de Décio, no seu terceiro consulado, no ano de 251. Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, e uma das mais conhecidas mártires do cristianismo dos primeiros séculos. Apenas Roma chegou a ter doze igrejas dedicadas à ela.

Outros santos e beatos:
Santo Abraão (†348) — bispo de Arbel, na Assíria, e mártir.
Santa Ágata Hildegarda (†1024) — esposa do duque da Caríntia; suportou pacientemente os maus-tratos do marido, até o momento em que conseguiu que ele se convertesse.
Santo Agrícola (†420) — bispo de Tongres.
Santos Albino e Genuíno — dois bispos do século VII, respectivamente de Bressanone e de Sabion.
Santo Avito de Vienne (†250) — bispo sucessor do pai, são Esíquio. Na família há outro santo, seu irmão Apolinário, bispo de Valença.
São Bertolfo (†705) — pagão húngaro, emigrou para Flandres. Converteu-se ao cristianismo, ordenou-se sacerdote e tornou-se abade em Renty.
São Filipe de Jesus (1597) — mártir franciscano, crucificado junto com outros cristãos em Nagasáqui. Nasceu na Cidade de México, de pais espanhóis.
Santo Indracht (†710) — irlandês martirizado ao regressar de uma peregrinação a Roma em companhia da irmã, santa Domingas.
São Leão Carasumo — martirizado em Nagasáqui, em 1597. Convertido ao cristianismo, foi o primeiro japonês a fazer parte da Ordem Terceira franciscana.
São Luís Ibarchi (1585-1597) — décimo segundo japonês a ser admitido nos franciscanos; crucificado com 25 companheiros em Nagasáqui.
São Modesto (†722) — bispo beneditino da Caríntia.
São Vódalo ou Vodo (†725) — monge irlandês, missionário na Gália.

Fonte: Paulinas

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

04 de Fevereiro - Santo André Corsini

Um sonho anunciou o inicio da vida religiosa de Santo André Corsini, outro sonho anunciou seu fim. O primeiro quem o teve foi sua mãe. O outro, que lhe indicou a data da morte, sonhou ele próprio. André nasceu em Florença, na Itália, em 1301, filho de família nobre e famosa. Antes de o dar à luz, sua mãe sonhou que seu filho nascia lobo, mas se transformava em cordeiro ao entrar numa igreja carmelita.

Até os dezessete anos André viveu sem preocupações morais ou espirituais, cercado de vícios e dando seguidos desgostos aos pais. Com essa idade, ao encontrar a mãe chorando por tudo que ele aprontava, André percebeu que estava no caminho errado. Ela lhe contou sobre o sonho e o rapaz, caindo em si, chorou com ela e prometeu se corrigir.

Prometeu e cumpriu, procurou uma igreja carmelita, iniciou-se na Ordem e começou nova vida. Concluiu os estudos religiosos em Paris, ordenou-se sacerdote e, ainda em vida, operou vários prodígios, portador que era do dom da cura e da profecia. Curou um tumor maligno que ameaçava levar um primo para a morte e previu o destino de um menino, que batizou.

Seus feitos o levaram a ser nomeado bispo de Fiesoli, em Florença, Itália. No entanto, ele recusou o cargo e se escondeu para não ter de assumi-lo. Mas, uma criança de apenas seis anos revelou seu esconderijo, dizendo ser a vontade de Deus que ele encabeçasse a diocese e, assim, o convenceu a aceitar essa tarefa apostólica.

Durante os anos em que ali atuou, foi amado pelo povo e respeitado pelas autoridades. André conseguiu apaziguar divergências mortais entre inimigos e até aproximar a aristocracia e o povo, missão que recebeu do Papa Urbano V e desempenhou com louvor.

Na noite de Natal de 1372 teve um desmaio e recebeu, em sonho, a notícia de que morreria em 6 de janeiro. A partir daí foi dominado por uma febre que não mais o deixou até que a profecia se cumpriu.

Foi sepultado na igreja dos Carmelitas de Florença, onde suas relíquias podem ser veneradas, ainda hoje. Santo André Corsini é o padroeiro da cidade de Florença e a Igreja designou o dia 04 de fevereiro para a sua festa litúrgica.

Outros santos e beatos:
Santos Aquilino, Gemínio, Gelásio, Magno e Donato — martirizados no século III, no Forum Sempronii.
Santo Aventino de Chartres (†520) — bispo, irmão de são Solênio.
Santo Aventino de Troyes (†538) — eremita francês.
Santo Eldado (ou Aldate) — bispo de Gloucester, no século VI; muitas igrejas foram edificadas na Inglaterra, em sua honra.
Santo Eutíquio — martirizado no século IV, sob o governo de Diocleciano.
São Filéias e companheiros — martirizados em 307. Foi bispo de Têmuis, no baixo Egito; decapitado com outros fiéis de sua diocese, entre os quais são Filoromo, cuja festa se comemora neste dia.
Santo Isidoro de Pelúsio (†450) — abade egípcio.
São José de Leonissa (1556-1612) — missionário capuchinho na Turquia, onde padeceu encarceramento e torturas.
São Liephard — bispo inglês martirizado em 640.
São Modan — abade irlandês do século VI.
São Nicolau Estudita (†863) — abade no mosteiro de Estúdio, em Constantinopla; foi perseguido pelos hereges.
São Nitardo — mártir beneditino, monge em Corbie, Saxônia; foi companheiro de santo Oscar.
santo Obício de Niardo (†1204) — cavaleiro de Bréscia; ao se converter, tornou-se monge penitente.
Beato Rabano Mauro (776-856) — bispo beneditino, abade na famosa abadia de Fulda e arcebispo de Mogúncia. Sábio eminente, escritor erudito, mas sobretudo generoso para com os pobres.
São Remberto (†888) — monge em Flandres; missionário na Escandinávia, foi companheiro de santo Oscar e depois bispo de Hamburgo.
São Teófilo, o Penitente (†538) — arcediago na Cilícia.
São Vicente de Troyes (†546) — bispo em 536.

São Vulgis (†760) — abade beneditino francês e bispo.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

03 de Fevereiro - São Brás

A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, onde é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.

O prodígio atribuído à ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa, e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.

Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste , isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.

Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.

O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.

Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e alí os fieis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.

Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como dissemos, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.

Outros santos e beatos:
Santo Oscar ou Anscário primeiro bispo de Hamburgo (†865)
É cognominado o apóstolo da Europa do Norte.Monge beneditino de Corbie — autêntico viveiro de santos missionários na Europa dos séculos de obscuridade —, foi o primeiro missionário enviado à Dinamarca, onde converteu o rei Haroldo. Graças a isso, tornou-se mais fácil a introdução do cristianismo nessas regiões; daí, passou a pregar o Evangelho na Suécia, onde também converteu o rei Olavo e muitos de seus súditos. Concluiu sua laboriosa vida à testa da diocese de Hamburgo.

Santa Caellain — freira irlandesa do século VI.
São Calerino (†250) — ordenado diácono por são Cipriano em Cartago, sua terra natal; venerado como mártir por haver padecido torturas durante uma visita a Roma.
São Deodato — monge beneditino francês do século VIII.
Santo Elinardo (†1237) — venerado como santo pelos cistercienses, entre os quais viveu como monge, após levar uma vida frívola em Paris, como menestrel da corte.
Beato Estêvão Bellesini de Trento (1774-1840) — monge da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, mestre de noviços. A seguir, pároco no santuário mariano de Genazzano. Morreu entre as vítimas de uma epidemia de cólera.
Santos Félix, Sinfrônio ou Semprônio, Hipólito e companheiros — mártires africanos do século III.
São Filipe de Vienne (†578) — bispo de Vienne, na França.
Santa Iá ou Ia — virgem irlandesa e mártir em 450. Missionária na Cornualha, onde foi martirizada com outros companheiros de missão.
São Lialdago — bispo martirizado em 980, na Jutlândia.
São Libério (†1050) — monge beneditino em Portonuovo, nos arredores de Ancona.
Santos Lourenço, Inácio e Celerina — mártires africanos, tios do diácono Calerino.
São Lourenço, o Iluminador (†576) — de origem síria; fundou um mosteiro perto de Espoleto. Mais tarde, bispo desta cidade. Fundou a célebre abadia de Farfa, nos montes Sabinos.
Santos Lupicínio e Félix — bispos de Lião, no século V.
Santa Margarida da Inglaterra (†1192) — nasceu na Hungria, de mãe inglesa; religiosa cisterciense em Sauve Benite, em França.
Beato Mateus de Agrigento (†1450) — frade franciscano da Ordem dos Observantes; teve como companheiro são Bernardino de Sena. Renunciou à direção da arquidiocese de Agrigento e retirou-se ao convento franciscano de Palermo.
Beato Odorico de Pordenone (1285-1331) — missionário franciscano no Tibete e na China durante 16 anos.
Beato Simão Fidati de Cássia (†1348) — eremita agostiniano, escritor (autor do De gestis Domini Salvatoris) e pregador.
Santos Tigrido e Remédio — bispos de Gap, em França, no século VI.

Santa Vereburga — duas são as santas com esse nome: a primeira, viúva, falecida em 785, fundadora do convento de Bardney; a segunda, religiosa beneditina, falecida em 699, venerada em Chester.
Fonte: Paulinas

sábado, 1 de fevereiro de 2014

02 de Fevereiro - Maria Domenica Mantovani

Maria Domenica, primogênita de quatro irmãos, nasceu em Castelletto de Brenzone, em Verona, no dia 12 de novembro de 1862. Teve nos seus pais João Batista Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de trabalhadores simples, piedosos e dignos.

Freqüentou apenas a escola primária, por causa da pobreza da família. Mas a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade e grande senso prático. Desde criança mostrou sua vocação religiosa e incentivada pelo avô, dedicava-se à oração e a tudo o que se referia a Deus. Casa, escola e igreja foram os campos que forjaram o seu caráter.

Maria Domenica tinha quinze anos, quando chegou o novo pároco Padre José Nascimbeni, mais tarde também beatificado. Desde então ele se tomou o seu diretor espiritual, que intuindo seu temperamento generoso, a forte vontade de prosseguir na vida da perfeição, conduziu-a seguro e lúcido, para as mais altas conquistas espirituais. Ela foi a sua primeira colaboradora nas muitas atividades paroquiais. Dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres. Inscrita na Pia União das Filhas de Maria, foi sempre fiel na observância do Regulamento, tornando-se espelho e modelo para suas companheiras.

Assim, aos vinte e quatro anos no dia da Virgem Imaculada da Conceição, aos 8 de dezembro de 1886, na presença do pároco, emitiu os voto de perpétua virgindade, dedicando-se completamente à Deus e empenhando-se no auxílio ao pároco em todas as suas iniciativas pastorais.

Quando o Padre Nascimbeni, depois de se aconselhar com o Bispo, decidiu fundar uma nova família religiosa, encontrou em Maria Domenica a sua principal colaboradora e que se tornou sua co-fundadora; junto com outras três jovens. As quatro fizeram um breve noviciado junto às Terciárias Franciscanas de Verona e em 1892, emitiram a profissão, iniciando em Castelletto o novo Instituto chamado " Pequenas Irmãs da Sagrada Família", cujo nome se tornou o indicativo da orientação apostólica e espiritual da nova congregação.

Maria Domenica Mantovani mudou o nome para Maria Josefina da Imaculada e foi escolhida como primeira superiora da casa, cargo que exerceu até a morte. Ela contribuiu muito na elaboração das Constituições e na formação das Irmãs. Colaboração que foi determinante para o desenvolvimento e expansão do Instituto. Sua obra completou a do Fundador, de tal forma que se confundiam. A ação dele era intensa, forte, enérgica; a dela era delicada, escondida, embora também firme. Ambas se apoiavam em eloqüentes exemplos e pacientes esperas.

Depois da morte do Fundador, em 1922, Maria Domenica continuou a guiar o Instituto, com ânimo, prudência, grande entrega a Deus e profundo senso de responsabilidade. E teve a graça de ver a aprovação canônica definitiva das Constituições e do Instituto, antes de morrer. Soube assim que a obra teria continuidade com as mil e duzentas Irmãs espalhadas por cento e cinqüenta casas filiais na Itália, Suíça, Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas atividades apostólicas e caritativas.

Aos setenta e dois anos de idade Madre Maria Josefina da Imaculada faleceu depois de breve enfermidade, no dia 02 de fevereiro de 1934. Sepultada no cemitério de Castelletto de Brenzone; desde 1987 seu corpo incorrupto foi transladado para o mausoléu, já ocupado pelo Fundador, no interior da Casa-mãe do Instituto, naquela cidade. O Papa João Paulo II beatificou Maria Domenica Mantovani em 2003, destinando sua festa para o dia de seu transito.

Outros santos e beatos:
Santo Adalbaldo (†652) — de família nobre pela estirpe e santidade, autêntico viveiro de santos. Com efeito, foram santos a mãe, Gertrudes de Hamage, a esposa Rictrudes, bem como seus quatro filhos, Maurontes, Clotsinda, Eusébia e Adalsinda. Ele, assassinado pelos parentes de sua esposa, é venerado também como mártir.
Santa Adeloga (†745) — abadessa beneditina na abadia por ela fundada em Kitzingen, da Francônia.
Santo Aproniano — martirizado em 304. Converteu-se quando arrastava ao tribunal são Sisínio; ambos receberam a mesma condenação.
São Bruno e companheiros — martirizados em 880, em Ebsdorf, na Saxônia, onde tiveram de enfrentar o exército dos invasores normandos.
Santa Catarina de Ricci (1522-1590) — religiosa dominicana de Florença; teve o privilégio de presenciar as cenas da Paixão de Cristo, em meio a seus freqüentes êxtases.
São Columbano (†959) — eremita irlandês.
São Cornélio — centurião da coorte itálica, batizado por são Pedro em Cesaréia. Segundo a tradição, teria sido o primeiro bispo desta cidade.
São Flósculo (†480) — bispo de Orléans.
Santa Joana de Lestonnac (1556-1640) — fundadora de uma congregação para educar moças. Ao enviuvar aos 47 anos, depois de uma breve experiência entre as religiosas cistercienses, consagrou-se à própria instituição religiosa, que rapidamente se difundiu por toda a França. Foi canonizada em 1949.
São Lourenço de Cantuária (†619) — bispo beneditino enviado por são Gregório Magno para evangelizar a Inglaterra. Foi submetido a maus-tratos pelo rei Edibaldo, vindo este por fim a converter-se.
São Marcardo (†880) — bispo beneditino; um dos mártires de Ebsdorf.
São Teodorico (†880) — bispo martirizado em Ebsdorf.

São Teófano Vénard — sacerdote missionário no Vietnã e no Tonquim, onde foi martirizado; canonizado em 1988.