Papa da Igreja, pertencente ao Clero de Roma, o santo viveu
mergulhado num contexto de grande instabilidade, seja por parte das heresias
que rondavam a Igreja, como também por parte externa, da sociedade e do Império
que estava para ruir.
Foi escolhido para sucessor de São Pedro no ano de 468. Um
homem de testemunho e oração, sensível aos ataques internos que a Igreja sofria
por parte do Nestorianismo - que buscava espalhar a mensagem entre os cristãos
de que Cristo não teria nenhum ligação com Deus, negando o mistério da
Encarnação - e também o Monofisismo, onde pregravam como verdade que a natureza
divina suprimiu a natureza humana de Cristo.
Simplício se deparava com essa realidade, mas com
autoridade, cheio do Espírito Santo e em comunhão com o Clero, se tornou cada
vez mais canal da luz, que é Cristo, para essas situações.
São Simplício demonstrou com a vida que vale a pena
caminharmos com o coração fixo na recompensa que o Senhor quer nos dar na
Glória.
São Rosendo nasceu no ano de 907, em Monte Córdova, dentro
de uma família muito religiosa. Seus pais foram o Conde D. Guterre Mendez de
Árias e Santa Ilduara.
Adolescente, passou Rosendo a Mondoñedo, onde seu tio
paterno, Savarico, era bispo. É de presumir que tenha prosseguido os estudos
nalgum mosteiro beneditino.
Em 925, apenas com dezoito anos, sucede ao bispo de
Mondoñedo, sendo muito bem recebido. Esforçou-se por restabelecer e e
consolidar a paz, reconstruindo - ajudado pelos pais - os mosteiros e igrejas
que tinham sofrido com a desordem. Assim serenou e conquistou os abades de toda
a Galiza, que formavam a nobreza eclesiástica; e atraiu a nobreza civil, a que
estava muito ligado pelo sangue. Libertou os escravos dependentes da mitra e
trabalhou para que os outros senhores fizessem o mesmo; ficou sendo o pai de todos
os libertos.
Depois de ser bispo de Mondoñedo, passou a sê-lo de Dume.
Veio a Portugal visitar o mosteiro em que era abadessa sua parente, Santa
Senhorinha. Desejando apresentar uma comunidade-modelo, conseguiu regressar e
edificar um grande mosteiro, depois de um irmão e uma prima lhe terem cedido a
quinta de Villar, na diocese de Orense. Obteve doações de ricos e pobres,
sobretudo da mãe. Ao fim de oito anos de construção, num domingo do ano de 942
inaugurou a casa, que se ficou chamando Celanova: recebeu as felicitações de 11
bispos da Galiza e de Leão; foi saudado por 24 condes; prestaram-lhe homenagem
muitos abades, presbíteros, diáconos e monges; e ouviu os aplausos da multidão.
Ficou abade de Celanova o monge Franquila. E São Rosendo
voltou a Mondoñedo a extinguir rancores, sufocar conspirações, acalmar avarezas
e pacificar famílias. Entre 944 e 948, depois de renunciar o bispado,
retirou-se para Celanova. Mas foi preciso que substituísse alguns parentes
seus, na autoridade que lhes pertencera, pois esses tinham-se revoltado contra
Ordonho III (955). Administrou a diocese de Iria-Compostela pelo ano de 970,
quando a região era assolada por violentas incursões normandas.
Veio a falecer em Celanova, no 1º de março de 977, com
testamento que reflete fé, ciência escriturística, humildade, amor à Ordem
Beneditina, predileção por Celanova e desejo de viver na eternidade como vivera
os seus dias de afadigado peregrinar na terra: "sob a providência de
Deus".
São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na
França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação,
que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as
constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o
convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos
e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu
irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro,
que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com
facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era
justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam
aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor,
justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade,
compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E
em 480 vai para a glória São Lupicino.
Nascido a 1838 em Assis, na Itália, dentro de uma família
nobre e religiosa, recebeu o nome de batismo Francisco, em homenagem a São
Francisco.
Na juventude andou desviado por muitos caminhos, e era dado
a leitura de romances, festas e danças. Por outro lado, o jovem se sentiu
chamado a consagrar-se totalmente a Deus, no sacerdócio ministerial. Mas vivia
'um pé lá, outro cá'. Ou seja, nas noitadas e na oração e penitência.
Aos 18 anos, desiludido, desanimado e arrependido, entrou
numa procissão onde tinha a imagem de Nossa Senhora. Em meio a tantos toques de
Deus, ouviu uma voz serena, a voz da virgem Maria, que dizia que aquele mundo
não era para ele, e que Deus o queria na religião.
Obediente a Santíssima Virgem, na fé, entrou para a
Congregação dos Padres Passionistas. Ali, na radicalidade ao Evangelho, mudou o
nome para Gabriel, e de acordo também com a sua devoção a Nossa Senhora,
chamou-se então: Gabriel da Dores.
Antes de entrar para a Congregação, já tinha a saúde fraca,
e com apenas 23 anos partiu para a glória, deixando o rastro da radicalidade em
Deus.
Em meios as dores, São Gabriel viveu o santo Evangelho.
Nascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio
foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus.
Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a
Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu
para Jerusalém, onde se tratou.
São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado
uma grande fortuna, e já tendo discípulos - que vendo a ele seguir a Cristo,
também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele - ele ordenou que esses
discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde
dar tudo aos pobres.
Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor
o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o 'pão de cada dia', sempre
confiando na Divina Providência.
O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo
em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo.
Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos
fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade,
mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor
e Salvador.
Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé,
nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a
glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.
Santa Valburga nasceu no ano de 710. Era filha de São
Ricardo, rei dos Saxões do Oeste. Santa Valburga tinha dois irmãos: o bispo
Vilibaldo e o monge Vunibaldo. Durante uma peregrinação com seu pai, mãe e
irmãos aos Lugares Santos, Santa Valburga retirou-se numa abadia. E foi ali que
descobriu a beleza do chamado de Deus, consagrando-se inteiramente ao Senhor.
Seu pai veio a falecer durante a viagem de volta dessa peregrinação.
Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com
outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações
recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces
de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e
apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de
evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde
Vunibaldo havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um
feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga
eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois
mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu
a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao
silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos
seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a
região.
Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios
aconteciam com frequência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que
envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e
o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.
Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi
enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao
ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o
seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro
brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o
altar da igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram
enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia
construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O
seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou
brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas
distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.
Celebramos neste dia a santidade de vida do monge Sérgio que
chegou ao martírio devido seu grande amor a pessoa de Nosso Senhor Jesus
Cristo. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo
perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.
Certa vez o santo monge e intercessor foi movido pelo
Espírito Santo para ir à Cesareia, onde lá ele encontrou no centro da praça a
imagem de Júpiter, que era considerado como o maior dos deuses entre os pagãos.
Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com
o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das
necessidades do povo.
Encorajado por Deus, São Sérgio levantou-se para denunciar
as mentiras e anunciar no poder do Espírito Santo o Evangelho. Depois de fazer
um lindo trabalho de evangelização, São Sérgio foi preso e no século IV partiu
para a Glória.