sábado, 17 de janeiro de 2015

19 de Janeiro - Santo Odilo


Odilo nasceu em 962, na cidade francesa de Auvergne. Seu pai era Beraldo, da nobre família Mercoeur e sua mãe Gerberga. Narra a tradição, que a sua vida espiritual começou na infância, aos quatro anos de idade. Era portador de uma deficiência nas pernas que o impedia de andar. Certa vez, sua governanta o deixou sentado na porta da igreja, enquanto foi falar com o padre. Odilo aproveitou para rezar e se arrastou até o altar, onde pediu à Virgem Maria que lhe concedesse a graça de poder caminhar. Neste instante, sentiu uma força invadir as pernas, ficou de pé e andou até onde estava a empregada, que, junto com o vigário, constatou o prodígio.

Assim que terminou os estudos ingressou no Mosteiro beneditino de Cluny, em 991. Tão exemplar e humilde foi seu trabalho que, quando o abade e santo Maiolo sentiu que sua hora era chegada, elegeu-o seu sucessor, em 994. Este cargo, Odilo ocupou até a morte.

Ele era um homem de estatura pequena e aparência comum, mas possuía uma força de caráter imensa. Soube unir suas qualidades inatas de liderança e diplomacia, com a austeridade da vida monástica e o desejo de fazer reinar Cristo sobre a terra. Desta maneira conseguiu, num período difícil de conflitos entre a Igreja e o Império, realizar a doutrina de paz e fraternidade pregadas no Evangelho. Exerceu sua influência sobre os dois, de modo que se estabeleceu a célebre "trégua de Deus", conseguida, grande parte, por seu empenho.

Como alto representante da Igreja que se tornara, era procurado e consultado tanto pelos ilustres da corte como pelos pobres do povo, atendendo a todos com a mesma humildade de um servo de Cristo. A sua caridade era ilimitada, tanto que, para suprir as necessidades dos famintos e abandonados, chegava a doar as despensas do mosteiro. Até a valiosa coroa, presenteada pelo imperador Henrique II, e os objetos sagrados da Abadia foram vendidos, quando a população se viu assolada pela peste, em 1006. Mesmo assim os recursos foram insuficientes, então, Odilo se fez um mendigo entre os mendigos, passando a pedir doações aos príncipes e à aristocracia rica, repassando para a população flagelada.

No trabalho religioso, aumentou a quantidade dos mosteiros filiados à Abadia de Cluny, que de trinta e sete passaram a ser sessenta e cinco. Naquela época, Cluny se tornou a capital de uma verdadeira reforma monástica, que se difundiu por toda a Europa e, pode-se dizer que Odilo, quinto abade de Cluny, era considerado o verdadeiro chefe da cristandade, porque o papado teve de se envolver com os problemas políticos da anarquia romana.

Em 998, por sua determinação, todos os conventos beneditinos passaram a celebrar "o dia de todas as almas". Data que Roma implantou para todo o mundo católico em 1311, com o nome de "dia de finados". Foi ainda eleito Arcebispo de Lion pelo povo e pelo clero, chegando a ser nomeado pelo Papa João XIX, mas recusou o cargo.

Em 31 de dezembro de 1049, morreu com fama de santidade, no mosteiro de Souvigny, França. O seu culto foi reconhecido pela Igreja e incluído no calendário dos beneditinos de todo o mundo, cuja comemoração passou do dia 2 de janeiro para 19 de janeiro.

Outros santos e beatos:
Santos Mário, Marta, Audíface e Ábaco martirizados em 270. Dificilmente alguém associaria um nome tão corrente quanto o de Mário à memória desse pai de família. Tratava-se de um nobre persa conduzido a Roma para visitar o sepulcro do apóstolo Pedro. Assim que chegou, vendo-se em meio a uma sangrenta perseguição (a do imperador Cláudio), consagrou-se, juntamente com a esposa, Marta, e os filhos, Audíface e Ábaco, à piedosa tarefa de sepultar os cristãos martirizados.
As vicissitudes dessa intrépida família — que, por fim, também pagou com a palma do martírio esse gesto de caridade — não sensibilizaram os revisores do calendário litúrgico, que, em 1960, suprimiram-lhe o culto. Não, porém, a devoção e muito menos o indelével nome de Mário. De qualquer modo, os que trazem esse nome preferem associá-lo ao de Maria, cuja festividade se comemora a 12 de setembro.
Assim, toda a família de Mário foi detida com base na simples acusação de ser cristã. E, embora não sendo — segundo parece — cidadãos romanos, três deles tiveram o privilégio (se assim se pode dizer) de ser decapitados. Marta, por outro lado, foi lançada ao Tibre, morrendo afogada. Encarregaram-se os demais irmãos cristãos de recompor seus restos mortais e sepultá-los no cemitério romano chamado Ad Nymphas.
Enquanto seus nomes e a data do sepultamento são dados como certos, a Passio [Paixão] (que relata seu martírio) remonta ao século VI, revelando notáveis analogias com a Passio [Paixão] de são Valentim — mártir venerado na via Flamínia. Nela se lê que os quatro cristãos, levados à presença do prefeito Flaviano, foram instados em vão a oferecer sacrifício aos deuses.
Era o que exigia o imperador Décio: quando se suspeitava que alguém fosse cristão, impunha-se-lhe um ato de adesão ao culto dos gentios, adorando a estátua do imperador ou queimando incenso diante de um ídolo. A recusa implicava a pena de morte.

Beato André Grego de Peschiera (†1485) — dominicano, denominado o apóstolo das Valtelinas.
Santo Arcôncio — bispo martirizado na França, no século VIII.
Santo Arsênio (959) — primeiro bispo de Corfu.
Santo Bassiano (413) — bispo de Lodi, amigo de santo Ambrósio.
Beato Bernardo de Corleone (1605-1667) — sapateiro e espadachim, como o padre Cristóforo, de Manzoni. Após haver ceifado a vida de um adversário, refugiou-se num convento de capuchinhos, tornou-se frade e expiou sua culpa por meio de duras penitências.
São Canuto IV (†1086) — rei da Dinamarca e mártir, assassinado na igreja por seu irmão. Shakespeare tomou essa história como fonte de inspiração para o enredo de sua tragédia Hamlet.
São Catelo — bispo de Castellammare, no século IX.
São Contesto (†510) — bispo da Normandia.
São Germânico — martirizado em Esmirna, em 156.
Santo Henrique de Upsala — martirizado em 1156, bispo da Suécia e depois da Finlândia, da qual é padroeiro.
São Ludomar (†593) — abade. Passou de pastor a eremita; fundou o mosteiro de Corbion, na França.
Beato Marcelo Spinola y Maestre (1835-1906) — bispo de Sevilha e cardeal. Fundou uma congregação feminina (Servas da Conceição e do Sagrado Coração de Jesus), de vida ativa e contemplativa. Foi beatificado em 1988.
Santa Margarida Bourgeoys (1620-1700) — francesa. Emigrou para o Canadá, onde fundou uma congregação consagrada à formação de jovens. Foi canonizada em 1982.
Santa Messalina de Foligno (†251) — virgem martirizada, juntamente com seu bispo, são Feliciano.
São Natalano († 678) — bispo escocês.
santos Paulo, Gerôncio, Saturnino, Sucesso, Júlio, Cato, Pia e Germana — martirizados em 169.
São Ponciano de Espoleto — martirizado em 169.
São Remígio (†772) — bispo de Ruão, filho natural do rei Carlos Martelo.
Beato Tomás de Cori (1656-1729) — pastor de ovelhas que se tornou frade capuchinho e zeloso pregador no convento de Subiaco.
Fonte Paulinas

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

18 de Janeiro - Santa Margarida da Hungria


Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.

Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.

Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros países, Margarida já era venerada como Santa.

Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.

Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.

Outros santos e beatos:
Santa Prisca (ou Priscila)romana martirizada no século I.Os dados relativos a essa santa — que, segundo a lenda, teria recebido, aos 13 anos, o batismo das mãos do próprio são Pedro — não são historicamente fidedignos. Eis por que, após a nova reforma do calendário litúrgico, seu culto ficou restrito à basílica sobre o Aventino, que leva seu nome. Aliás, uma igreja repleta de significado para os que apreciam deter-se nas penumbras de corredores antigos, que a devoção secular torna ainda mais evolutivos.
Embora as Atas de santa Prisca situem o martírio no século III, na época do imperador Cláudio II, muitos preferem dar mais crédito à tradição (embora de cunho lendário). Segundo esta, santa Prisca teria sido a primeira mulher a testemunhar com o martírio a própria fé em Cristo.
A protomártir romana teria sido decapitada por volta da primeira metade do século I, durante a perseguição desencadeada por Cláudio contra os cristãos. Seus restos mortais teriam sido enterrados nas catacumbas de Priscila. De qualquer modo, a basílica de Santa Prisca, honrada com o título cardinalício, vem mencionada no sínodo romano de 499, atestando, dessa forma, que, desde os primeiros tempos do cristianismo, se recolhia essa devoção como humildes primícias do príncipe dos apóstolos.

Santas Arquelaides, Tecla e Susana — virgens martirizadas em 293. Quando fugiram da Romanha, para subtrair-se à perseguição, foram encarceradas em Nola e decapitadas em Salerno.
Santo Atenógenes — bispo martirizado em Sebaste, na Armênia, sob o reino de Diocleciano. Relata-se que, enquanto era submetido à tortura do fogo, entoou um hino de louvor que os discípulos copiaram, o qual ainda hoje faz parte da liturgia bizantina.
Beata Beatriz II d’Este (†1262) — religiosa beneditina, sobrinha de Beatriz I. Ao ficar viúva, retirou-se ao convento por ela fundado em Ferrara.
beata Cristina Ciccarelli (1481-1543) — religiosa agostiniana, nascida em Lucoli, no vale dos Abruzos, e falecida em Aquiléia, no Friuli.
São Deícola — abade irlandês, conhecido também por muitos outros nomes (Day, Deel, Desle, Dichul). Sucessor de são Columbano, fundou a abadia de Lure, nos Vosges.
São Fácio ou Fázio (1190-1272) — ourives, natural de Verona, fundou em Cremona a primeira Sociedade de Socorro Mútuo. Grande andarilho, cumpria rigorosamente as peregrinações anuais à Itália e à Espanha.
São Leonardo (†593) — discípulo de são Gregório de Tours, ingressou na vida reclusa por volta dos 22 anos.
Santas Liberata e Faustina — virgens, ambas mortas em 580. As duas irmãs da cidade de Como fundaram conjuntamente o convento de Santa Margarida.
Fonte Paulinas

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

17 de Janeiro - Santo Antonio do Deserto ou Antão do Egito


Antonio do Deserto nasceu na cidade de Conam, no coração do antigo Egito, em 251, e batizado com o nome de Antão. Era o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas uma irmã.

Aos vinte anos, com a morte dos pais, herdou todos os bens e a irmã para cuidar. Mas, numa missa, foi tocado pela mensagem do Evangelho em que Cristo ensina a quem quer ser perfeito: "Vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e me segue". Foi exatamente o que ele fez. Distribuiu tudo o que tinha aos pobres, consagrou sua irmã ao estado de virgem cristã e se retirou para um deserto não muito longe de sua casa.

Passou a viver na oração e na penitência, dedicado exclusivamente à Deus. Como, entretanto, não deixava de atender quem lhe pedia orientação e ajuda, começou a ser muito procurado. Por isto, decidiu se retirar ainda para mais longe, vivendo numa gruta abandonada, por dezoito anos. Assim surgiu Antonio do Deserto o único discípulo do santo mais singular da Igreja: São Paulo, o ermitão.

Mas seus seguidores não o abandonavam. Aos cinqüenta e cinco anos, atendeu o pedido de seus discípulos, abandonando o isolamento do deserto. Com isto, nasceu uma forma curiosa de eremitas, os discípulos viviam solitários, cada um em sua cabana, mas todos em contato e sob a direção espiritual de Antonio.

A fama de sua extraordinária experiência de vida santa no deserto, correu o mundo. Passou a ser o modelo do monge recluso e chamado, até hoje, de "pai dos monges cristãos".
Antonio não deixou de ser procurado também pelo próprio clero, por magistrados e peregrinos que não abriam mão de seus conselhos e consolo. Até o imperador Constantino e seus filhos estiveram com ele.

Mas, o corajoso Antonio esteve em Alexandria duas vezes: em 311 e 335. A primeira para animar e confortar os cristãos perseguidos por Diocleciano. E a segunda, para defender seu discípulo Atanásio, que era o bispo, e estava sendo perseguido e caluniado pelos arianos e para exortar os cristãos a se manterem fiéis à doutrina do Concílio de Nicéia de 325.

Ele também profetizou sua morte, depois de uma última visão de Deus com seus santos, que ocorreu aos cento e cinco anos, em 17 de janeiro de 356, na cidade de Coltzum, Egito. Antonio do Deserto ou Antão do Egito, foi colocado no Livro dos Santos para ser cultuado no dia de sua morte. Santo Atanásio foi o discípulo e amigo que escreveu sua biografia, registrando tudo sobre o caráter, costumes, obras e pensamento do monge mais ilustre da Igreja Católica antiga.

As suas relíquias são conservadas na igreja de Santo Antonio de Viennois, na França, onde os seus discípulos construíram um hospital e numerosas casas para abrigar os doentes abandonados. Mais tarde, se tornaram uma congregação e receberam o nome de "Ordem dos Hospedeiros Antonianos", que atravessou os séculos, vigorosa e prestigiada.

Outros santos e beatos:
Santos Antônio, Merulo e João — beneditinos do século VI. Tiveram como mestre são Gregório Magno, no mosteiro deste, em Célio.
Santos Áquila e Amoe — anacoretas do século IV, no Egito, denominados “flores do deserto” pelos gregos.
Santos Espeusipo, Elasipo, Meleusipo e Leonila — três irmãos e a avó, martirizados em 175.
Santos Genolfo e Genito — monges do século III, em Celle-sur-Naton, na França.­
São Juliano Sabas, o Velho (†337) — eremita na Mesopotâmia. Foi o sustentáculo da comunidade cristã durante a perseguição movida por Juliano, o Apóstata. São João Crisóstomo é seu biógrafo.
Santa Mildgitha (†676) — freira beneditina, filha de santa Ermenburga.
São Ninnid — abade irlandês do século VI; um dos 12 apóstolos da Irlanda.
São Pior (†395) — cenobita egípcio, discípulo do abade santo Antão.
São Richimire (†715) — abade beneditino, fundou um mosteiro perto de Le Mans.
Beata Rosalina de Villeneuve (†1329) — freira cartuxa na Provença, favorecida por extraordinários dons divinos.
São Sulpício, o Piedoso (†647) — bispo, destemido protetor dos fracos; a ele foi dedicada a igreja parisiense de Saint Sulpice.
Fonte Paulinas

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

16 de Janeiro - São Marcelo I


No início do ano 304 com a morte do Papa Marcelino, a Igreja viveu um longo e confuso período de sua história, recheado de incertezas e de perseguições, que a desorganizou, inclusive internamente. Neste quadro, apareceu a singela figura de Marcelo I, confundido por muitos anos com o próprio Marcelino pois, alguns biógrafos acreditaram que eram a mesma pessoa e outros historiadores afirmaram, que ele havia sido apenas um padre. Vejamos como tudo se esclareceu e a relevância deste Papa e Santo, para a Igreja.

Os anos trezentos, também para o Império Romano não foram nada agradáveis, pois já se delineava a sua queda histórica. O imperador Diocleciano que se mostrava um tirano insensato e insano, também já não governava por si mesmo, era comandado pelo "vice" Gelásio. Foi a mando dele, que Diocleciano decretou a mais feroz, cruel e sangrenta perseguição aos cristãos, estendida para todos dos domínios do Império. E continuou, após a sua morte, sob o patrocínio do novo imperador Maxêncio.

A Cátedra de São Pedro vivia num período de "vicatio", como é chamado o tempo de ausência entre a eleição legítima e a entrada de um novo pontífice. Foi uma época obscura e de solavancos para toda a Igreja, que agonizava com a confusão generalizada provocada pelas heresias e pelos "lapsis", esta figura sombria que surgira em conseqüência das perseguições.

Em 27 de maio de 308, foi eleito o Papa Marcelo I, um presbítero de origem romana, humilde, generoso, de caráter firme e fé inabalável. Ele assumiu a direção da Igreja, após quatro anos da morte do seu predecessor e se ocupou da difícil tarefa de sua reorganização.

O seu pontificado, ao contrário do que se imaginava, ficou muito bem atestado pelas fontes da época. Nestes relatos se constatou o comportamento pós-perseguição que a Igreja teve com os "lapsis" ou "renegados", como eram chamados os cristãos que, por medo, haviam publicamente renunciado a Fé em Cristo.

A esse respeito, existe o registro de um elogio feito ao papa Marcelo I pelo papa Damásio I em 366, com muita justiça. Enquanto muitos bispos do Oriente pediam a excomunhão destes cristãos, especialmente para os que faziam parte do clero, ele se mostrou rigoroso mas menos radical. Severo, decidiu que a Igreja iria acolhê-los, depois de um período de penitência. Também, determinou que nenhum concílio podia ser convocado sem a prévia autorização do papa.

Mas acabou sendo preso por ordem do imperador Maxêncio, que o exilou e obrigou a trabalhar na sua própria igreja, a qual fôra transformada em estábulo. Morreu em conseqüência dos maus tratos recebidos, no dia 16 de janeiro de 309.

A Igreja declarou Marcelo I santo e mártir da fé, para ser festejado nesta data . As suas relíquias estão guardadas na Cripta dos Papas no cemitério de Santa Priscila, em Roma.

Outros santos e beatos:
Santos Bernardo, Pedro, Otão, Acúrsio e Adauto — franciscanos martirizados em 1220, no Marrocos, aonde são Francisco os enviara em missão junto aos muçulmanos. Tal foi a comoção, que um jovem português decidiu fazer-se franciscano para imitar-lhes o exemplo, mas uma tempestade o lançou nas praias da Sicília — este será o futuro santo Antônio de Pádua.
Beato Conrado de Mondsee — abade beneditino na Áustria, martirizado em 1145.
São Dunchadh O’Braoin (†988) — anacoreta, depois abade em Clonmacnois.
São Ferréolo — bispo de Grenoble, martirizado em 670.
São Fulgêncio (†633) — bispo, irmão dos santos Isidoro, Leandro e Florentina de Servilha.
São Furseu (†1648) — abade beneditino, fundou mosteiros na Irlanda, sua pátria, e a seguir na Inglaterra e na França. É citado por são Beda.
Santo Henrique (†1127) — monge e eremita dinamarquês.
Santo Honorato de Arles (350-429) — originário da Lorena, de família romana. Ao converter-se, abraçou a vida monástica; mais tarde, em 426, foi-lhe imposta a consagração episcopal.
Santo Honorato de Fondi (século VI) — abade beneditino, fundou a abadia de Fondi.
Beata Joana de Bagno di Romagna (†1105) — irmã leiga camaldulense em Santa Lúcia, próximo a Bagno.
Santa Liberata (século V) — irmã de santo Epifânio e de santa Honorata de Pavia.
São Melâncio (†305) — bispo de uma pequena cidade localizada entre o Egito e a Palestina. Foi encarcerado e depois exilado, durante as desordens promovidas pelos arianos.
Santa Priscila (século I) — viúva de Acílio Glábrio. Teria hospedado são Pedro em sua própria casa de campo, perto das catacumbas que trazem seu nome.
São Tiago de Tarantasia (†429) — bispo de origem síria, missionário na Savóia e primeiro bispo de Tarantasia.
São Ticiano (†645) — talvez bispo de Oderzo, na região vêneta.
São Trivieiro (†550) — eremita, viveu próximo a Thérouannes; venerado em Lião.
São Valério (†435) — bispo de Sorrento, arrebatado da solidão da ermida.
Fonte Paulinas

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

15 de Janeiro - São Plácido


A vida de Plácido está ligada à do seu primo Mauro, também chamado de Amaro, por várias circunstâncias. Primeiro, porque ambos aos sete anos de idade foram entregues, pelos pais ao amigo Bento de Nórcia, celebrado pela Igreja como o "pai dos monges ocidentais", para serem oblados à Cristo. Depois, porque Amaro o salvou da morte, na infância. Nesta ocasião, Bento, teve uma visão onde Plácido se afogava dentro de um lago, por isto mandou o pequeno Amaro correr para impedir o acidente. De fato, ele o salvou prodigiosamente, andando sobre as águas e o retirando com vida. Porém, após se tornarem sacerdotes, suas vidas se separam, e de maneira distinta cada um testemunhou sua fé em Cristo. Vejamos a trajetória de Plácido.

Plácido nasceu no ano de 514, em Roma. Os pais, nobres e ricos, eram Tertulo e Faustina, e os irmãos se chamavam Eutíquio, Flávia e Vitório. Plácido foi entregue a são Bento, que o tomou como discípulo e lhe dispensou um afeto paterno. O menino cresceu bondoso e assimilou os ensinamentos do Evangelho e o espírito ecumênico da mensagem beneditina. Tornou-se sacerdote e foi enviado para a cidade italiana de Messina, na Sicilia, para construir um mosteiro, do qual foi eleito o abade. Plácido o construiu fora dos muros da cidade. Ao lado do mosteiro ele também construiu uma igreja, dedicada a são João Batista.

Plácido, certa vez, recebeu a visita de seus irmãos, os três saudosos, decidiram ir para Messina, onde ficaram por um longo período, hospedados no mosteiro. Até que em setembro de 541, os árabes sarracenos, invadiram o mosteiro, destruindo tudo e matando os monges que encontravam pela frente. Depois, se voltaram contra os quatro irmãos, que seriam poupados se renegassem o seu Deus. Plácido falou por todos: "jamais trairemos a fé em Cristo e por isto estamos prontos para morrer". Foram arrastados até a praia vizinha e brutamente mortos, tendo as cabeças decepadas. Os corpos foram recolhidos pelos monges sobreviventes e sepultados na igreja semidestruída.

Este mosteiro e a igreja foram destruídos e reconstruídos várias vezes por conta destes bárbaros. Só em 1099, a paz voltou a reinar na Sicília, com a sua expulsão definitiva . O então imperador Rugero, católico, mandou reconstruir tudo. No final da construção do grande edifício, o mosteiro foi elevado à condição de Priorado Geral. Mas o fato sensacional, ocorreu em 1588, quando o superior do mosteiro,vendo que o interior da igreja não tinha ventilação nem luz, mandou abrir três grandes portas. Para isto, tiveram que deslocar o altar maior, e foi aí que encontraram as relíquias dos quatro irmãos. A festa foi grande porque ao retirarem o corpo de são Plácido surgiu de improviso uma fonte de água puríssima, que os devotos atribuíram como milagrosa.

A igreja e o mosteiro foram totalmente destruídos, em 1918, quando ocorreu o maior terremoto de Messina. Mas as relíquias de são Plácido já estavam guardadas pelos beneditinos na Cripita da Capela do mosteiro de Montecassino, onde também estão as de seu primo.

A Igreja, em 1962, determinou que os dois primos sejam festejados no mesmo dia 15 de janeiro. Entretanto, o culto a são Plácido é muito intenso e os devotos o celebram também em 5 de outubro, data que lhe era dedicada anteriormente.

Outros santos e beatos:
São Macário, o Grande eremita (300-390.Contam-se no calendário 14 santos com esse nome.O santo deste dia é assinalado pelo qualificativo “Grande”, ou mais modestamente, pela justaposição do adjetivo “o Velho”, pois é o mais famoso e o primeiro na seqüência cronológica.
Nasceu no alto Egito, em um ambiente muito propício para a vida solitária de um eremita. Desde a mocidade, Macário amou a solidão e, para entregar-se tranquilamente à oração e à meditação, fez construir uma cabana num local afastado.Para ganhar o próprio sustento, ou melhor, para não ficar sem trabalho — visto que o ócio é o pai de todos os vícios — tecia cestas e tapetes, enquanto guardava as ovelhas no campo.
Entretanto, um adolescente tão sério despertava curiosidade nas pessoas, ou quiçá também apetência pela vida devota; por esse motivo, Macário decidiu refugiar-se em pleno deserto. A seguir, continuou os estudos preparatórios para o sacerdócio, a fim de poder celebrar a eucaristia nas inumeráveis colônias monásticas que, atraídas por seu exemplo, cresciam ao redor cada vez mais.
Mas o deserto não constituiu uma muralha segura para defendê-lo dos ataques perpetrados pelos hereges arianos. Por isso, teve de passar a senilidade no exílio, ou seja, longe da comunidade cenobítica por ele fundada.

Santo Efísio(†303.Martirizado na época de Diocleciano. É objeto de muita veneração na Sardenha, particularmente em Cagliari, onde, a cada dia 1o de maio, seu martírio é relembrado com uma solene procissão, denominada “o 1o de maio cagliaritano”.
As Atas de seu martírio configuram um relato assaz imaginoso, redigido pelo padre Mauro, que se declara testemunha ocular das torturas cruéis infligidas ao santo. Embora não fidedigna, essa crônica concorreu para perpetuar o caráter popular da devoção a esse santo, fornecendo matéria para saborosas e pitorescas reconstituições literárias.

Santo Alexandre, o Insone (†430) — abade fundador dos denominados monges insones gregos, pois se revezavam noite e dia para cantar.
São Blatmaco — abade irlandês martirizado em 823 pelos dinamarqueses pagãos, que procurara evangelizar.
São Bonito — bispo beneditino (623-710), foi governador de Provença; renunciou ao episcopado para se tornar monge.
Santo Eugípio (†511) — sacerdote africano, companheiro de missão de são Severino de Nórica.
Beato Francisco Ferdinando Capillas (1606-1648) — dominicano espanhol, missionário na China, onde foi martirizado.
Santo Habacuc — profeta do século VII a.C., durante o período do cativeiro. Na Terra Santa, muitas igrejas foram construídas em sua honra. Trata-se do profeta que dirige muitas perguntas a Deus. Ao ver seu povo oprimido em terra estrangeira, indaga: “Como o podeis punir por mãos de gente ímpia e idólatra?”. Mas, por fim, entrega-se a um ato de fé e de abandono completo a Deus salvador.
santo Isidoro, o Egípcio (404) — sacerdote egípcio. Tomou a defesa de seu bispo, santo Atanásio, contra os arianos, e, por seu turno, precisou defender-se da acusação de heresia, levantada contra ele por são Jerônimo.
São Malard (†650) — bispo de Chartres.
Santas Maura e Brita — virgens martirizadas no século IV; são mencionadas por são Gregório de Tours.
São Máximo de Nola (†251) — bispo de Nola. Foi obrigado a refugiar-se nas montanhas durante a perseguição movida contra ele por Décio; são Félix, sacerdote de sua diocese, recolheu-o já quase morto pela fome.
Santa Mida (também conhecida como Ita ou Meda) — virgem irlandesa muito popular, morta em 750. Sua vida é rica de episódios pitorescos.
São Miquéias — profeta do século VIII a.C.; profetizou o nascimento de Cristo em Belém.
São Paulo de Tebas (230-342) — nobre egípcio, refugiou-se no deserto, onde permaneceu até a morte. De tempos em tempos recebia a visita de santo Antão. Costuma-se representá-lo junto com um pássaro que lhe traz a refeição.
São Públio de Zeugma (†380) — sírio, abade de uma numerosa comunidade.
Fonte Paulinas

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

14 de Janeiro - Pedro Donders


Pedro Donders nasceu em 27 de outubro de 1809, no sul da Holanda . Seus pais, Arnoldo e Petronila, tiveram dois filhos que sobrevieram a mortalidade infantil da época. Pedro, era o mais velho e muito doente; Martino, era o caçula e deficiente.

Pedro tinha seis anos de idade, quando sua mãe morreu e diante dessa circunstância precisou deixar os estudos para ajudar seu pai, já muito idoso, na renda familiar. Depois por causa de sua saúde frágil não foi aceito no serviço militar, mas sua vocação era o sacerdócio.Também devido a sua condição física, escassa capacidade intelectual e pobreza material, não permitiam que seguisse o seu chamado. Entretanto Pedro insistia com seu pároco que o ajudava , até que conseguiu que o recebessem no seminário, mais como empregado do que como noviço.

Pedro se interessava pelas missões e depois de ser rejeitado pelos Jesuítas, Redentoristas e Franciscanos, acabou ingressando no Seminário diocesano. No ano de 1839 o Seminário foi visitado pelo Prefeito Apostólico do Suriname, Guiana Holandesa, buscando ajuda para seu território de missão que estava numa situação muito crítica. Dos seminaristas, apenas Pedro Donders se ofereceu. Em 5 de junho de 1841 foi ordenado sacerdote. Um ano mais tarde chegou em Paramaribo, uma região selvagem quatro vezes maior que a Holanda. Era seu campo de missão.

Os primeiros catorze anos foram dedicados à formação dos catequistas, das crianças e às visitas pastorais entre os escravos das fazendas holandesas. Era enorme a distância religiosa e moral, tanto entre os brancos como entre os negros. A rotina de padre Pedro iniciava nas primeiras horas da madrugada quando rezava a Santa Missa e se entregava às orações, depois saia para visitar as famílias.

Em 1856 recebeu o encargo da pastoral dos enfermos, dedicando-se especialmente aos leprosos de Batávia, local oficial para os leprosos, onde existiam mais de quatrocentos enfermos de ambos os sexos e com todos os tipos de lepra. Nesta tarefa, nenhum capelão resistia mais de um ano. Ele ficou quase trinta, sempre à inteira disposição dos miseráveis. Não se contentava somente com palavras piedosas. Fazia de tudo. Principalmente aos pacientes terminais. Suspendia os corpos para dar-lhes de beber e lavava com zelo aquilo que nenhum ser humano gostaria de ver: um corpo humano quase decomposto, mas, vivo!

Em 1865 chegaram os Missionários Redentoristas no Suriname, com a missão de continuar os trabalhos de evangelização. Os quatro holandeses sacerdotes diocesanos poderiam optar em voltar para a Holanda. Dois sacerdotes regressaram. Padre Pedro decidiu ficar e pediu seu ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor, professando os votos em 1867.

No final do ano 1886, pela última vez, padre Pedro visitou todos os seus enfermos. Atendeu as confissões de todos e lhes deu a Santa Comunhão. Um ano depois no dia 14 de janeiro de 1887, morreu de uma grave enfermidade renal. Santamente terminou sua vida e apostolado de oração e trabalho contínuo e de muitos sofrimentos.

O Papa João Paulo II proclamou Beato Pedro Donders em 1982, designando o dia de sua morte para as honras litúrgicas.

Outros santos e beatos;
Santo Barbásimas e companheiros — martirizados em 346. Barbásimas, bispo de Selêucia, na Pérsia, juntamente com seus 16 companheiros de cárcere, foi barbaramente torturado. Em seguida, foram todos condenados ao patíbulo.
são Dácio — bispo de Milão, morto em 552. Teve de abandonar a cidade quando esta caiu em poder dos ostrogodos arianos.
São Deusdedit (†664) — anglo-saxão, bispo de Cantuária, em 655.
Santos Isaías, Sabas e companheiros — martirizados em 309. Eram monges que viviam no monte Sinai; foram massacrados pelos árabes pagãos.
São Malaquias, profeta (século V a.C.) — último dentre os 12 profetas menores, continuou os trabalhos de reforma religiosa empreendidos por Esdras e Neemias, depois da reconstrução do templo e do reinício do serviço litúrgico. Ele, de fato, exproba os sacerdotes por oferecerem vítimas impuras a Deus, em sacrifício; condena os matrimônios com os idólatras e os divórcios freqüentes; exorta o povo à observância da lei e anuncia o retorno de Elias.
Santos mártires de Raithu — 43 eremitas, que viviam nas cercanias do mar Vermelho, mortos em 510 por etíopes selvagens.
São Sabas da Sérvia — bispo (1176-1235); filho caçula do rei, fez-se monge no monte Atos. Também seu pai lhe seguiu o exemplo, trocando a coroa pelo hábito monacal. Sabas foi designado arcebispo da Sérvia, desempenhando habilmente suas funções; promoveu a construção de muitas igrejas.
Fonte Paulinas

domingo, 11 de janeiro de 2015

13 de Janeiro - Santo Hilário de Poitiers


Bispo e doutor da Igreja (315-368).Muitas são as analogias entre esse santo batalhador e seu contemporâneo santo Agostinho.
Como este, era filho de família abastada e já pai de uma menina (chamada Abre) quando se converteu ao cristianismo, após um acidentado percurso rumo à fé, que o levou da leitura dos filósofos neoplatônicos à meditação sobre as páginas da Bíblia. Nesta ele encontrou resposta para as perguntas que fazia a si mesmo desde a juventude sobre os fins do homem e a natureza da alma.
Como Agostinho, também foi aclamado bispo pelo povo. Sua ação pastoral teve de voltar-se imediatamente para o campo da ortodoxia, ao combater o crescente avanço da heresia ariana. Nesse embate, contou com a colaboração do jovem Martinho, o futuro bispo de Tours.
Os arianos, que recebiam o apoio do imperador Constâncio, conseguiram que este o condenasse ao exílio. Deportado para a Frígia, Hilário teve a oportunidade de se aprimorar, tomando contato com a grande tradição dos padres orientais. Aprendeu grego, podendo assim se abeberar nas fontes da teologia patrística.
Mas também na Frígia começou a desagradar aos arianos, que o expediram a Poitiers, onde ele escreveu De Trinitate, ou melhor, De fide adversus arianos, tratado que o tornou célebre e lhe valeu o título de doutor da Igreja, outorgado em 1851.
Polemista e arguto teólogo, era ao mesmo tempo bom pastor de almas e compassivo com a ovelha perdida. Consagrou-se também, com efeito, aos bispos e padres que, tendo aderido à heresia, reconheceram os próprios erros e foram reintroduzidos em suas sedes episcopais e paróquias.

Outros santos ou beatos:
Santo Agrício (†333) — bispo de Tréveris. Santa Helena, mãe de Constantino, ter-lhe-ia dado a túnica de Jesus, também conhecida como o Manto Sagrado de Tréveris.
Santo André — bispo de Tréveris, onde foi martirizado em 235.
São Berno (†927) — abade beneditino,*  natural da Borgonha, famoso pelos grandes serviços prestados à Igreja e por sua intensa atividade pastoral e reformadora.
Santo Énogat (†631) — bispo da sede episcopal bretã de Aleth.
Santos Ermilos e Estratônico — martirizados em 315. Foram afogados no Danúbio, nas cercanias de Belgrado, durante o império de Licínio.
Santa Glafira de Amaséia — morta em 324. Pôs-se em fuga para preservar a própria virgindade; foi apanhada e levada de volta à casa do imperador Licínio, de quem era escrava, para ser martirizada. Morreu durante a viagem.
Beato Godofredo de Kappenberg (1097-1127) — jovem conde de Kappenberg, na Vestfália. Ao conhecer São Norberto, despojou-se de seus bens, cedeu o castelo ao santo, que o transformou em abadia, e fez-se monge. Imitaram seu exemplo a esposa, duas filhas e um tio.
Santos Gumercindo e Servídio — espanhóis martirizados em 852, por um califa árabe.
São Leôncio de Cesaréia (†337) — um dos padres do Concílio de Nicéia, chamado “anjo de paz” pelos gregos. Bispo de Cesaréia, recebeu grandes elogios de santo Atanásio.
Santos mártires de Roma — são numerosos os cristãos que foram martirizados em Roma. Aqueles cuja memória é celebrada nesta data são 40 soldados martirizados em 262, na via Labicana.
São Potito — martirizado em Parthenope,**  em época imprecisa.
Beata Verônica de Binasco (1445-1497) — virgem. Ingressou aos 22 anos no convento agostiniano de Milão; viveu 39 anos como religiosa mendicante. Analfabeta, teve o privilégio de ser instruída diretamente pela Virgem, que numa visão lhe indicou o caminho a seguir para alcançar a santidade: pureza de coração, paciência e meditação diária na Paixão de Jesus. Também teve o dom da profecia e disso fez uso para predizer dia e hora da própria morte.
São Vivêncio (século V) — palestinense, acompanhou santo HiIário, quando este voltou a Poitiers; foi seu auxiliar, depois se fez eremita.
Fonte Paulinas