Anton, para nós Antonio, nasceu na humilde e cristã família
Schwartz, no dia 28 de fevereiro de 1852, em Baden, Áustria, quarto de treze
filhos. Seu pai era um simples operário, sem profissão definida, enquanto sua
mãe cuidava da casa e dos filhos, que estudavam na escola paroquial daquela
cidade.
Aos quinze anos, ficou órfão de pai, vivendo uma grave crise
pessoal, que durou dois anos. Em 1869, recuperado, foi estudar na escola
popular gratuita dos padres piaristas. Lá, conheceu a obra do fundador, são
José Calazans, tornando-se um seu devoto extremado.
Mas três anos depois as atividades das escolas pias e da
própria Ordem foram suspensas na Áustria. Para completar sua formação,
ingressou no seminário diocesano, pois queria seguir a vida religiosa. Nessa
época, passou por duas graves enfermidades, ambas curadas, segundo ele, por
intercessão de Nossa Senhora.
Em 1875, ordenou-se sacerdote e assumiu o segundo nome.
Padre Antônio Maria Schwartz foi capelão por quatro anos, depois viajou para
Viena, para promover assistência espiritual aos doentes nos hospitais das Irmãs
da Misericórdia de Schshaus. Além disso, começou a orientar, na religião, os
operários e os jovens aprendizes em formação profissional. Tomando como base
suas raízes humildes, percebeu as necessidades desses operários.
Para proporcionar-lhes apoio e orientação, fundou a
"União dos Aprendizes Católicos sob a Proteção de São José Calasanz",
empreendendo uma intensa atividade pastoral. Sem, contudo, abandonar a
assistência que prestava aos doentes nos hospitais.
Após quatro anos, pediu ao cardeal de Viena que apoiasse
essa Obra, mas o cardeal mostrou que não tinha recursos para financiá-la. Por
isso padre Antônio Maria adoeceu literalmente, tanto que precisou dos cuidados
das irmãs da Misericórdia. Dois anos. Esse foi o tempo necessário para o
cardeal dar seu apoio e sua ajuda, permitindo que ele ficasse apenas com o
apostolado junto aos operários e aprendizes.
Padre Antônio Maria recuperou o entusiasmo e, com total
dedicação, em 1888, fundou o "Artesanato cristão", um jornal para os
artesãos e operários, que escreveu, durante um longo tempo, sozinho. Também
buscou e conseguiu os meios para construir a primeira "igreja para os
operários de Viena", um templo humilde e escondido pelas casas populares.
Foi nessa igreja que, para melhor assisti-los, fundou a "Congregação dos
Pios Operários", adotando as Regras de são José de Calasanz, ainda hoje
florescente.
Ele vivificou sua Obra com valentia cristã durante quarenta
anos. O "Apóstolo Operário de Viena", que dividia opiniões,
permaneceu sempre fiel a si mesmo e à Igreja de Cristo. Seus passos foram
corajosos e chegou ao Parlamento, para conseguir lugares de formação
profissional para os jovens e para o justo repouso dominical dos operários.
Morreu em 15 de setembro de 1929, em Viena, Áustria. O papa
João Paulo II proclamou-o bem-aventurado Antônio Maria Schwartz em 1998,
designando a data da morte para a homenagem litúrgica.
Fonte: Paulinas