sábado, 15 de fevereiro de 2014

16 de Fevereiro - Santo Onésimo

Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir.

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado. No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente. Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.

Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.

Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.

Outros santos e beatos:
Santo Agano (1050-1100) — abade beneditino de Áriola, na Campânia.
Beato Bernardo Scamacca (†1486) — passou de uma vida de libertino para a de expiação e penitência. Nascido em Catânia, tornou-se monge dominicano depois de ferido em duelo.
santos Elias, Jeremias, Isaías, Samuel e Daniel — martirizados em Cesaréia da Palestina, em 309.
São Fustino (†381) — bispo de Bréscia.
Santo Honesto — martirizado em Pamplona, na Espanha, em 270.
São Joanito (750-846) — militar, a seguir eremita, próximo ao monte Olimpo. Venerado pelos gregos em razão de sua luta contra os iconoclastas.
Santa Júlia de Mérida — martirizada junto com santa Eulália, em 304.
Santa Juliana — virgem martirizada provavelmente em Cuma ou nas imediações de Nápoles, em época incerta. Costuma ser retratada em luta contra o diabo, representado por um dragão.
São Juliano e companheiros — martirizados no Egito, em época incerta.
Santa Macrina, a Anciã (†340) — avó paterna de são Basílio e de são Gregório de Nissa. Foi exilada e sofreu em virtude da perseguição movida por Diocleciano e Licínio.
Santa Maria (século I) — é apresentada nos Atos dos Apóstolos como a mãe de João Marcos. Os apóstolos reuniam-se em sua casa.
São Matias de Meaco — terceiro franciscano; martirizado em 1597, com Paulo Miki e companheiros.
Santos Porfírio e Seleuco — martirizados em 309, em Cesaréia da Palestina.
Beato Torello (1201-1281) — nascido na Toscana, em Poppi. Após uma vida desregrada, tomou o hábito de eremita do ramo valumbrosano e durante 60 anos viveu enclausurado em sua cela.
Beato Vicente de Sena (†1442) — tornou-se frade menor franciscano; companheiro de viagem de são Bernardino.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

15 de Fevereiro - São Cláudio Colombiere

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

Outros santos e beatos:
Santa Ágape — virgem martirizada em Terni, em 273, juntamente com o bispo são Valentim.
Beato André Conti (†1302) — de família nobre, tornou-se irmão leigo franciscano. Renunciou ao chapéu cardinalício oferecido pelo papa.
Beato Ângelo de Santo Sepulcro (†1306) — eremita agostiniano, companheiro de são Nicolau de Tolentino, missionário na Inglaterra.
São Cratão e companheiros (†273) — filósofo; convertido por são Valentim de Terni. Sofreu o martírio com este e com os discípulos.
São Decoroso (†692) — bispo de Cápua.
São Drutmare — abade beneditino da Saxônia, no século XI.
Santo Eusébio — eremita da Síria, no século V.
Santo Euseu de Serravalle Sesia — eremita do século XIV; padroeiro dos biscateiros, cujo gênero de trabalho exerceu.
São Farannan (†590) — eremita, discípulo de são Columbano.
São Fausto — abade beneditino do século VI, discípulo de são Bento.
Santa Georgina (†500) — reclusa voluntária nas proximidades de Clermont, em França.
São Gualfredo de Gherardesca (†765) — nascido em Pisa, pai de cinco filhos e de uma filha, fundou a abadia de Palazzolo e, ao lado desta, uma segunda abadia feminina, a fim de abrigar as esposas de todos os que renunciavam à família para se recolher ao mosteiro.
Beato Jordão da Saxônia (†1237) — segundo mestre-geral dos dominicanos, foi o responsável pela propagação da ordem na Alemanha e pelo encaminhamento de santo Alberto Magno à vida religiosa.
São José de Antioquia — diácono martirizado com outros sete companheiros.
Beata Júlia de Certaldo (†1367) — doméstica, ingressou na ordem dos agostinianos; a seguir, viveu como anacoreta nos arredores da igreja de sua terra natal.
São Quinídio (†579) — eremita, mais tarde bispo de Vaison, em França.
Santos Saturnino, Cástulo, Magno e Lúcio — martirizados em 273, junto com seu bispo Valentim, em Terni.
São Severo (†530) — pároco de Antrodoco, nos Abruzos. São Gregório Magno faz menção de seus dotes de taumaturgo.
São Sigefredo (†1045) — bispo beneditino inglês, missionário na Noruega e na Suécia, onde converteu o próprio rei.
Santos Vinaman, Unaman e Sunaman — martirizados em 1040; missionários ingleses na Suécia.

Fonte: Paulinas

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

14 de Fevereiro - São Cirilo

Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".

Outros santos e beatos:
Santo Abraão (†422) — eremita na Síria, depois bispo de Carras.
Santo Antonino de Sorrento (†830) — abade beneditino no mosteiro de Santo Agripino, é venerado como protetor deste local da Campânia.
Santo Auxêncio da Bitínia (†470) — soldado, depois eremita.
Santos Basso, Antônio e Protólico — martirizados em Alexandria do Egito.
Santos Cirião, Bassiano, Agatão e Moisés — mártires condenados à pira em Alexandria do Egito. No mesmo local, foram decapitados Dionísio e Amônio.
Santo Eleucádio — terceiro bispo de Ravena, no século II.
São João Batista da Conceição (1561-1613) — nascido em Almodovar, na Espanha. Religioso da ordem dos reformados da Santíssima Trindade (descalços), aí promoveu a obra de reconstrução. Canonizado em 1975.
São Marão (†435) — monge eremita. Emprestou o nome à comunidade sírio-católica dos “maronitas”.
São Nostriano (†450) — bispo de Nápoles.
Santos Próculo, Efebo e Apolônio — martirizados em Terni, em 273.
São Teodósio (†554) — bispo de Vaison, na França.

Fonte: Paulinas

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

13 de Fevereiro - São Martiniano

Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo".

Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos. Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã.

Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.

Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. O que logo aconteceu, ela então utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada à Deus.

Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo.

O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.

Outros santos e beatos:
Santas Fosca e Maura martirizadas em 250.Fosca, adolescente de 15 anos, de Ravena, e Maura, sua ama-de-leite, fizeram parte do seleto escol das valentes mulheres que enfrentaram a sangrenta perseguição movida pelos imperadores Décio e Diocleciano.
Catecúmenas do monge Ermolau, das mãos deste receberam o batismo, apesar da ferrenha oposição do pai de Fosca, que não hesitou em denunciá-las ao prefeito Quinciano. Os homens enviados para levá-las à presença do juiz voltaram de mãos vazias: ao lado das duas mulheres — lê-se na Paixão —, viram um anjo com uma espada flamejante desembainhada!
Mais tarde, Fosca e Maura apresentaram-se espontaneamente ao magistrado, proclamaram sem vacilar sua fidelidade a Cristo e também previram o gênero de morte a que seriam condenadas: a decapitação.
Seus corpos — sempre de acordo com a tardia Paixão — foram lançados ao mar e milagrosamente aportaram nas longínquas costas da Tripolitânia, onde mãos piedosas os recolheram e sepultaram nos arredores de Sabrata.
Quando, no século VII, a região foi invadida pelos muçulmanos, os restos mortais foram de lá retirados e postos a salvo por um certo Vital, que os trasladou para a ilha veneziana de Torcello, onde se ergue uma igreja em honra das duas mártires.
Santo Ágabo — profeta do século I, mencionado nos Atos dos Apóstolos.
Santo Aimo (†790) — natural de Milão, fundador do convento feminino de São Vítor.
Beata Arcângela Girlani (1461-1494) — nascida em Monferrato, freira carmelita em Parma, fundadora de um convento em Mântua.
São Dyfnog — galês, viveu no século VII.
Santo Estêvão de Lião (†512) — bispo, atuou entre os borgonheses arianos.
Santo Estêvão de Rieti (†590) — abade; são Gregório Magno o define como homem “culto de espírito”, embora “inculto no falar”.
São Fulcrano (†1006) — asceta, bispo de Lodève, na França.
São Gosberto (†859) — bispo beneditino de Osnäbruck.
Santa Hermenegilda (†700) — filha de santa Sexburga, esposou o rei da Mércia. Ao ficar viúva, juntou-se à mãe no convento de Münster, do qual foi eleita abadessa.
Beato João Lântrua de Triora (1760-1816) — franciscano martirizado na China, onde trabalhou ativamente como missionário.
São Julião de Lião — martirizado na França, em época incerta.
São Lucínio (†618) — bispo de Angers.
São Modomnoc ou Dominc (†550) — discípulo de são Davi de Gales, depois eremita e bispo.
São Paulo Loc (1831-1859) — padre martirizado no Vietnã; canonizado em 1988.
São Polieuto — martirizado em Mitilene, na Armênia; em 259, oficial das tropas romanas sob o governo de Valeriano.
São Tiago de Viterbo (†1308) — eremita agostiniano, teólogo, bispo de Benevento.

Fonte: Paulinas

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

12 de Fevereiro - Santa Eulália

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saiam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram leva-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

Outros santos e beatos:
Santo Antônio Cáuleas (829-901) — patriarca de Cons-tantinopla, sucessor de Fócio, a cujo cisma tentou pôr cobro.
São Bento Revelli (†900) — eremita beneditino na ilha de Gallinara; a seguir, bispo de Albenga.
Santos Damião e Damião — dois mártires: um na França, outro em Roma, em época incerta.
Santo Etelvaldo (†740) — abade na Escócia; em seguida, bispo de Lindisfarne.
São Gaudêncio de Verona (†456) — bispo sepultado na Basílica de Santo Estêvão.
São Goslino (†1153) — segundo abade do Convento de São Solutore, próximo a Turim.
São Julião, o Hospitaleiro — popular na Idade Média. Segundo um relato lendário, visto ter provocado por engano a morte dos próprios pais, foi a Roma com a esposa para pedir a absolvição. No caminho de volta, construiu uma hospedaria nas margens de um rio; por isso é invocado como padroeiro dos barqueiros.
São Ludano (†1202) — peregrino escocês, falecido na Alsácia.
São Melécio (†381) — bispo armênio de Sebaste; a seguir, patriarca de Antioquia, várias vezes enviado ao exílio pelos arianos.
São Modesto (†304) — diácono martirizado na Sardenha, venerado em Benevento, local o qual foram conduzidos seus despojos em 785.
Santos Modesto e Amônio — martirizados em Alexandria do Egito, em época incerta.
Santos Modesto e Juliano — martirizados em 160, respectivamente em Cartago e Alexandria do Egito.
Beatos Tomás de Foligno, Antônio da Saxônia, Gregório de Traú, Nicolau, o Húngaro, e Ladislau de Poscega — franciscanos martirizados, na aldeia de Vidin, na península balcânica, em 1369.
Santa Umbelina (1092-1135) — abadessa beneditina, irmã caçula de são Bernardo. Visto ter tido um convívio conjugal não muito edificante, depois de visitar o irmão na abadia de Claraval, solicitou o consentimento do marido para entrar no convento das beneditinas negras de Jully-les-Nonnais. Logo foi eleita abadessa. Morreu asssitida pelo santo irmão.

Fonte: Paulinas

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

11 de Fevereiro - São Castrense

Castrense viveu no século V, era cristão e bispo de Cartagine, atual Tunísia, África. Durante a invasão dos Vândalos, comandados pelo rei Genserico, ele foi lançado ao mar, junto com outros sacerdotes e fiéis, dentro de um velho navio desprovido de velas, remos e leme. Com certeza, o intuito era que morressem afogados, mas milagrosamente ele sobreviveu, desembarcando na costa italiana, próxima a Nápolis.

Pelos registros, ele retomou sua missão apostólica e logo se tornou bispo de Castel Volturno. Depois, de acordo com o antiqüíssimo "Calendário Marmóreo" de Nápolis, ele também foi eleito bispo de Sessa, aceitando a difícil tarefa de conduzir os dois rebanhos, os quais guiou com amor e zelo paternal. Castrense era humilde e carismático, penitente e caridoso, durante a sua vida patrocinou dois episódios prodigiosos, registrados nos arquivos da Igreja: libertou um homem possesso pelo demônio e salvou um navio cheio de passageiros de uma grande tempestade.

Assim, a fama de santidade já o acompanhava, quando morreu como mártir de Jesus Cristo, em 11 de fevereiro de 450, em Sessa, Nápolis. Logo passou a ser venerado pela população em toda Campânia e em muitas outras cidades, inclusive na África.

As relíquias do Santo, foram transferidas, antes do século XII, de Sessa para Cápua e depois por determinação de Guilherme II o Bom, último rei normando da Sicília, foram enviadas para Monreale. Em 1637, foram transladadas para a Capela anexa à Catedral de Monreale, em uma urna de prata com uma placa onde se pode ler "São Castrense, eterno baluarte da cidade de Monreale".

As mais recentes informações sobre este Santo de origem africana, datam de 1881, e foram encontradas durante as escavações arqueológicas na gruta de Calvi, próximas de Monreale. São pinturas do século VII que retratam o bispo Castrense, nas duas dioceses e ao lado de outros mártires da mesma época e região.

Mas ainda hoje encontramos o efeito da sua presença na Catânia, seja na pequena região que leva o nome de São Castrense, seja nas diversas igrejas e no convento feminino beneditino erguido ao lado da Catedral, sendo tudo dedicado à sua memória. Inclusive nas manifestações de sua devoção quando da comemoração de sua passagem no dia 11 de fevereiro. Data oficializada pela Igreja, quando reconheceu o seu martírio e declarou o bispo Castrense, Santo e padroeiro da cidade de Monreale. Neste dia a sua estátua segue em procissão da Catedral de Monreale, indo para a de Sessa e retornando após o culto litúrgico. Dizem os devotos que durante este trajeto muito graças são alcançadas por sua intercessão.

Outros santos e beatos:
Santo Adolfo (1185-1224) — bispo cisterciense de Osnabrück, na Alemanha, conhecido como “o esmoler dos pobres”.
Santo Ardagno (†1058) — décimo terceiro abade do mosteiro beneditino de Tournus, na França.
São Bento de Aniane (750-821) — saiu da corte de Carlos Magno para o mosteiro de Saint-Siene. Fundou a abadia de Kornelimünster, nas proximidades de Aquisgrana, a qual serviu de modelo para as de São Caedmon (†680) — trabalhador braçal e poeta anglo-saxão; irmão leigo beneditino.
São Calógero (†130) — bispo de Ravena.
São Desidério (†608) — bispo de Vienne; foi perseguido pela rainha Brunilde, que ordenou sua morte. É venerado como mártir.
Santa Gobnet — abadessa do convento de Ballyvouney, no século VI.
São Gregório II (669-731) — papa a partir das funções de bibliotecário, galgou o sólio pontifício. Promoveu as missões na Alemanha, para onde enviou são Bonifácio, restabeleceu abadias, opôs-se à heresia iconoclasta, retardou o avanço dos lombardos na Itália.
São Jonas — eremita do século IV, companheiro de são Pacômio, no Egito.
São Lázaro de Milão (†450) — arcebispo, defendeu a cidade contra os invasores ostrogodos.
Santos Prisco, Castrense, Tamaro, Rósio, Heráclio, Secundino, Adjutor, Marcos, Augusto, Elpídio, Canião e Vindônio — Prisco, bispo africano, juntamente com seus companheiros, fora deixado em pleno mar num barco sem remos, mas a corrente marítima o teria lançado à Itália meridional, onde os Santos deste dia atuaram como missionários e pastores de almas.
Santos Saturnino, Emérito, Maria, Dativo, Félix, Ampélio e outros 40 companheiros — martirizados na África, em 304; entre estes, Tecla, Rogaciano, a jovem e corajosa Vitória e o pequeno Hilarião.
São Severino (†550) — eremita; a seguir, bispo de Seotempeda, localidade que, por sua causa, tomou o nome de Marca de São Severino, na província de Ancona.
Santa Teodora (†867) — imperatriz, esposa do herege Teófilo. Após a morte deste, restabeleceu o culto das imagens e terminou seus dias no convento.

Fonte: Paulinas

domingo, 9 de fevereiro de 2014

10 de Fevereiro - Santa Escolástica

O nome de Santa Escolástica, irmã de São Bento, nos leva para o século V, para o primeiro mosteiro feminino ocidental, fundamentado na vida em comum, conceito introduzido na vida dos monges por ele. Foi o primeiro a orientar para servir a Deus não "fugindo do mundo" através da solidão ou da penitência itinerante, como os monges orientais, mas vivendo em comunidade duradoura e organizada, e dividindo rigorosamente o próprio tempo entre a oração, trabalho ou estudo e repouso.

Escolástica e Bento, irmãos gêmeos, nasceram em Nórcia, região central da Itália, em 480. Eram filhos de nobres, o pai Eupróprio ficou viúvo quando eles nasceram, pois a esposa morreu durante o parto. Ainda jovem Escolástica se consagrou a Deus com o voto de castidade, antes mesmo do irmão, que estudava retórica em Roma. Mais tarde, Bento fundou o mosteiro de Monte Cassino criando a Ordem dos monges beneditinos. Escolástica, inspirada por ele, fundou um mosteiro, de irmãs, com um pequeno grupo de jovens consagradas. Estava criada a Ordem das beneditinas, que recebeu este nome em homenagem ao irmão, seu grande incentivador e que elaborou as Regras da comunidade.

São muito poucos os dados da vida de Escolástica, e foram escritos quarenta anos depois de sua morte, pelo o santo papa Gregório Magno, que era um beneditino. Ele recolheu alguns depoimentos de testemunhas vivas para o seu livro "Diálogos" e escreveu sobre ela apenas como uma referência na vida de Bento, mais como uma sombra do grande irmão, pai dos monges ocidentais.

Nesta página expressiva contou que, mesmo vivendo em mosteiros próximos, os dois irmãos só se encontravam uma vez por ano, para manterem o espírito de mortificação e elevação da experiência espiritual. Isto ocorria na Páscoa e numa propriedade do mosteiro do irmão. Certa vez, Escolástica foi ao seu encontro acompanhada por um pequeno grupo de irmãs, quando Bento chegou também acompanhado por alguns discípulos. Passaram todo o dia conversando sobre assuntos espirituais e sobre as atividades da Igreja.

Quando anoiteceu, Bento, muito rigoroso às Regras disse à irmã que era hora de se despedirem. Mas Escolástica pediu que ficasse para passarem a noite, todos juntos, conversando e rezando. Bento se manteve intransigente dizendo que deveria ir para suas obrigações. Neste momento ela se pôs a rezar com tal fervor que uma grande tempestade se formou com raios e uma chuva forte caiu a noite toda, e ele teve de ficar. Os dois irmãos puderam conversar a noite inteira. No dia seguinte o sol apareceu, eles se despediram e cada grupo voltou para o seu mosteiro. Essa seria a última vez que os dois se veriam.

Três dias depois, em seu mosteiro Bento recebeu a notícia da morte de Escolástica, enquanto rezava olhando para o céu, viu a alma de sua irmã, penetrar no paraíso em forma de pomba. Bento mandou buscar o seu corpo e o colocou na sepultura que havia preparado para si. Ela morreu em 10 de fevereiro de 547, quarenta dias antes que seu venerado irmão Bento. Escolástica foi considerada a primeira monja beneditina e Santa, pela Igreja que escolheu o dia de sua morte para as homenagens litúrgicas.

Outros santos e beatos:
Santos André e Apônio — martirizados no século I, em Belém; durante essa perseguição, o próprio apóstolo são Tiago Maior encontrou a morte.
Santa Austreberta — religiosa beneditina (630-704), superiora do convento de Abbeville, na França.
Santa Baldegunda (†580) — superiora de Saint-Croix de Poitiers.
Beata Clara Angolanti de Rímini (1282-1346) — depois de uma vida pouco edificante, converteu-se. Viúva do segundo matrimônio, tornou-se terciária franciscana, fundou um convento, mas não se considerou digna de vestir o hábito religioso. Impôs-se tão duras penitências, que os próprios contemporâneos julgaram ter havido excessos.
São Desiderato ou Desiré — bispo de Clermont, no Auvergne, no século VI.
Santo Erlulfo — missionário escocês na Alemanha; bispo martirizado em 830.
Beato Eusébio (†1501) — embaixador espanhol junto à Sereníssima; abandonou tudo, tornando-se camaldulense em Murano.
Beato Hugo de Fosses (†1164) — discípulo de são Norberto, fundador dos premonstratenses, ao qual sucedeu como abade e superior geral da ordem.
Beato Pagano (1423) — monge da abadia siciliana de São Nicolau da Arena, depois de um longo período como eremita.
São Protádio (†624) — bispo de Besançon.
Beato Sálvio (†962) — superior do mosteiro beneditino de Albelda, na Espanha.
São Silvano — bispo de Terracina (época incerta).
Santa Sótera — jovem romana martirizada em 304.
São Trunvino (†704) — nomeado bispo dos pictos por são Teodoro.
Santos Zótico, Irineu, Jacinto, Amâncio e companheiros — dez soldados martirizados em Roma, em 120, sepultados na via Labicana.

Fonte: Paulinas