quinta-feira, 1 de junho de 2023

São Bonifácio - santo do dia - 05.06.2023

    





São Bonifácio


Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa. Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.

Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes. Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.

Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé. Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.

Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda. No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.

Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho. São Bonifácio é venerado como o “Apóstolo da Alemanha”. Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Fernando de Portugal e Círia.

Fonte https://franciscanos.org.br/

quarta-feira, 31 de maio de 2023

São Francisco Caracciolo - santo do dia - 04.06.2023

    





São Francisco Caracciolo


Ascânio Caracciolo era um italiano descendente, por parte de mãe, de santo Tomás de Aquino, portanto, como ele, tinha vínculos com a elite da nobreza. Nasceu próximo de Nápoles, na Vila Santa Maria de Chieti, em 13 de outubro de 1563. A família, muito cristã, preparou-o para a vida de negócios e da política, em meio às festas sociais e aos esportes.

Na adolescência, decidiu pela carreira militar. Mas foi acometido por uma doença rara na pele, parecida com a lepra e incurável também. Quando todos os tratamentos se esgotaram, Ascânio rezou com fervor a Deus, pedindo que ele o curasse e prometendo que, se tal graça fosse concedida, entregaria a sua vida somente a seu serviço. Pouco depois a cura aconteceu.

Cumprindo sua determinação, tinha então vinte e dois anos, foi para Nápoles, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Começou seu trabalho junto aos “Padres Brancos da Justiça”, que se dedicavam ao apostolado dos encarcerados, doentes e pobres abandonados.

Entretanto, Deus tinha outros planos para ele. Na organização dos “Padres Brancos” havia um outro sacerdote que tinha exatamente o seu nome: Ascânio Caracciolo, só que era mais velho. Certo dia de 1588, o correio cometeu um erro, entregando uma carta endereçada ao Ascânio mais velho para o mais jovem, no caso ele. A carta fora escrita pelo sacerdote João Agostinho Adorno e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. E ambos se dirigiam ao velho Ascânio Caracciolo para pedir que colaborasse com a fundação de uma nova Ordem, a dos “Clérigos Regulares Menores”, dando alguns detalhes sobre o carisma que desejavam implantar.

O jovem Ascânio percebeu que a nova Ordem vinha ao encontro com o que ele procurava e foi conversar com os dois sacerdotes. Depois os três se isolaram no mosteiro dos camaldulenses, para rezar, jejuar e pedir a luz do Espírito Santo para a elaboração das Regras. Ao final de quarenta dias, com os regulamentos prontos, Ascânio propôs que fosse incluído um quarto voto, além dos três habituais de pobreza, obediência e castidade: o de não aceitar nenhum posto de hierarquia eclesiástica. O voto foi aceito e incorporado à nova Ordem.

Quando a comunidade contava com doze integrantes, os três foram ao papa Xisto V pedir sua aprovação, concedida no dia 1o de junho de 1588. Um ano depois, Ascânio vestiu o habito dos Clérigos Regulares Menores tomando o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, no qual se espelhava.

Eles pretendiam estabelecer-se em Nápoles, mas o papa sugeriu que fossem para a Espanha, região que carecia de novas Ordens. Porém, ao chegarem em Madri, o rei não permitiu a sua fundação. Voltaram para Nápoles. Nessa ocasião morreu Adorno, que era o prepósito-geral da Ordem, tarefa que Francisco Caracciolo assumiu com humildade até morrer.

Fiel ao pedido do papa, não desistiu da Espanha, para onde voltou outras vezes. Entre 1595 e 1598, Francisco fundou, em Valadolid, uma casa de religiosos; em Alcalá, um colégio; e, em Madri, um seminário, no qual foi mestre dos noviços. Mais tarde, retornou para a Casa-mãe em Nápoles, que fora transferida para Santa Maria Maior devido ao seu rápido crescimento.

Foram atividades intensas de que seu corpo frágil logo se ressentiu. Adoeceu durante uma visita aos padres do Oratório da cidade de Agnone e morreu, aos quarenta e quatro anos de idade, em 4 de junho de 1608. Canonizado em 1807 pelo papa Pio VII, são Francisco Caracciolo foi consagrado co-padroeiro de Nápoles em 1840.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Filippo Smaldone, Quintino, Daciano e Saturnina.

Fonte https://franciscanos.org.br/

São Carlos Lwanga - santo do dia - 03.06.2023

    





São Carlos Lwanga


O povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas davam-se de forma violenta, principalmente por meio do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros missionários encontrassem, ali, enorme oposição, que lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas.

A pregação começou por Uganda, em 1879, onde conseguiu chegar a “Padres Brancos”, congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono em 1886.

O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos.

Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e prepararam-se para um final trágico. Nenhum desses jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados.

Era o dia 3 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais, com alguns sendo queimados vivos.

Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado “Padroeiro da Juventude Africana” em 1934. Trinta anos depois, o papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Clotilde, Olívia, Juan Diego Cuauhtlatoatzin

Santos Marcelino e Pedro - santo do dia - 02.06.2023

    





Santos Marcelino e Pedro


Os santos de hoje foram mártires por causa do amor a Jesus e pertenceram ao clero romano no século IV, quando era grande perseguição contra a Igreja de Cristo por parte do Imperador Diocleciano. Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.

Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.

Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.

Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.

Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.

Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.

Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Erasmo e Blandina.

Fonte https://franciscanos.org.br/

segunda-feira, 29 de maio de 2023

São Justino - santo do dia - 01.06.2023


    




São Justino


São Justino, filósofo e mártir, é o mais importante dos padres apologetas do século II. A palavra «apologeta» faz referência a esses antigos escritores cristãos que se propunham defender a nossa religião das graves acusações dos pagãos e dos judeus, e difundir a doutrina cristã de uma maneira adaptada à cultura de seu tempo. Deste modo, entre os apologetas se dá uma dupla inquietude: a propriamente apologética, defender o cristianismo nascente («apologia» em grego significa precisamente «defesa»); e a de proposição «missionária», que busca expor os conteúdos da fé em uma linguagem e com categorias de pensamento compreensíveis aos contemporâneos.

Justino havia nascido ao redor do ano 100, na antiga Siquém, em Samaria, na Terra Santa; buscou a verdade durante muito tempo, peregrinando pelas diferentes escolas da tradição filosófica grega. Por último, como ele mesmo conta nos primeiros capítulos de seu «Diálogo com Trifon», misterioso personagem, um ancião com o qual se havia encontrado na praia do mar, primeiro entrou em crise, ao demonstrar-lhe a incapacidade do homem para satisfazer unicamente com suas forças a aspiração ao divino. Depois lhe indicou nos antigos profetas as pessoas às quais tinha de dirigir-se para encontrar o caminho de Deus e a «verdadeira filosofia». Ao despedir-se, o ancião lhe exortou à oração para que lhe fossem abertas as portas da luz.

A narração simboliza o episódio crucial da vida de Justino: ao final de um longo caminho filosófico de busca da verdade, chegou à fé cristã. Fundou uma escola em Roma, onde iniciava gratuitamente os alunos na nova religião, considerada como a verdadeira filosofia. Nela, de fato, havia encontrado a verdade e, portanto, a arte de viver de maneira reta. Por este motivo, foi denunciado e foi decapitado por volta do ano 165, sob o reinado de Marco Aurélio, o imperador filósofo a quem Justino havia dirigido sua «Apologia».

As duas «Apologias» e o «Diálogo com o judeu Trifon» são as únicas obras que nos restam dele. Em seu conjunto, a figura e a obra de Justino marcam a decidida opção da Igreja antiga pela filosofia, pela razão, ao invés da religião dos pagãos. Com a religião pagã, de fato, os primeiros cristãos rejeitaram acirradamente todo compromisso. Eles a consideravam como uma idolatria, até o ponto de correr o risco de ser acusados de «impiedade» e de «ateísmo». Em particular, Justino, especialmente em sua «Primeira Apologia», fez uma crítica implacável da religião pagã e de seus mitos, por considerá-los como «desorientações» diabólicas no caminho da verdade.

A filosofia representou, contudo, a área privilegiada do encontro entre paganismo, judaísmo e cristianismo, precisamente no âmbito da crítica à religião pagã e a seus falsos mitos. «Nossa filosofia…»: com estas palavras explícitas, chegou a definir a nova religião outro apologeta contemporâneo a Justino, o bispo Meliton de Sardes («História Eclesiástica», 4, 26, 7).

De fato, a religião pagã não seguia os caminhos do «Logos», mas se empenhava em seguir os do mito, apesar de que este era reconhecido pela filosofia grega como carente de consistência na verdade. Por este motivo, o ocaso da religião pagã era inevitável: era a lógica consequência do afastamento da religião da verdade do ser, reduzida a um conjunto artificial de cerimônias, convenções e costumes.

Justino, e com ele outros apologetas, firmaram a tomada de posição clara da fé cristã pelo Deus dos filósofos contra os falsos deuses da religião pagã. Era a opção pela verdade do ser contra o mito do costume. Algumas décadas depois de Justino, Tertuliano definiu a mesma opção dos cristãos com uma sentença lapidária que sempre é válida: «Dominus noster Christus veritatem se, non consuetudinem, cognominavit — Cristo afirmou que era a verdade, não o costume» («De virgin. Vel». 1,1).

Nesse sentido, deve-se levar em conta que o termo «consuetudo», que utiliza Tertuliano para fazer referência à religião pagã, pode ser traduzido nos idiomas modernos com as expressões «moda cultural», «moda do momento».

Em uma época como a nossa, caracterizada pelo relativismo no debate sobre os valores e sobre a religião — assim como no diálogo inter-religioso –, esta é uma lição que não se deve esquecer. Com este objetivo, e assim concluo, volto a apresentar-vos as últimas palavras do misterioso ancião, que se encontrou com o filósofo Justino na margem do mar: «Reza, antes de tudo, para que te sejam abertas as portas da luz, pois ninguém pode ver nem compreender, se Deus e seu Cristo não lhe concedem a compreensão» («Diálogo com Trifon» 7, 3).

Fonte: Catequese do Papa Bento XVI

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Cândida e Herculano de Piegaro

Fonte https://franciscanos.org.br/

Nossa Senhora da Visitação - santo do dia - 31.05.2023

    





Nossa Senhora da Visitação


Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.

A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejava desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.

A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera “vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus”. (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.

O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do “Magnificat”, rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milênios.

Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basiléia em 1441.

Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino.

Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colônia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que atuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava.

Em 1978, a Madre Maria Vincenza Minet foi chamada pelo Senhor para fundar uma congregação de religiosa sob o carisma de Nossa Senhora da Visitação. Com o apoio do Bispo de Assis, nesta cidade da Itália nasceu as Servas da Visitação em 1978, para abrirem missões a fim de atender as necessidades dos mais pobres e marginalizados em todos os continentes. Hoje, além da Itália, atuam na Polônia, Filipinas, África e Brasil.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Câncio, Petronila de Roma e Pascásio.

Fonte https://franciscanos.org.br/