sábado, 8 de abril de 2023

Santa Maria de Cléofas - santo do dia - 09.04.2023

    





Santa Maria de Cléofas


Maria de Cléofas, também chamada “de Cléopas”, ou ainda “Clopas”. É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de “irmãos do Senhor”, expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.

Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): “E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo”. O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: “Por que procuram o vivo entre os mortos?”

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das “piedosas mulheres” que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e unguentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.

Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Acácio e Demétrio

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sexta-feira, 7 de abril de 2023

São Gastão - santo do dia - 08.04.2023

    





São Gastão


Um dos acontecimentos mais marcantes da França foi, sem dúvida, a conversão do rei Clóvis e dos seus francos. As personagens principais do acontecimento foram São Remígio, que batizou Clóvis e Clotilde, sua esposa. São Gastão teve papel não negligenciável na conversão do soberano franco, de quem foi o catequista.

Seu nome latino é Vedastus. Parece ter nascido em Lomousine, em família nobre. Jovem ainda retirou-se para Lorena, para levar vida retirada e virtuosa. O bispo de Toul chamou-o para o seu escasso clero e o ordenou sacerdote.

Clóvis, tendo vencido os alemães, preparava-se para cumprir seu voto, dirigindo-se para Reims, onde o esperava o bispo Remígio para o batismo. Não quis dar aquele passo, desconhecendo noções básicas de religião, pelo que pediu ao bispo de Toul um catequista, que o instruísse no caminho. O bispo lhe deu Gastão como companheiro de viagem e instrutor religioso. Como que para confirmar a sua missão, Deus concedeu ao jovem sacerdote um milagre, que teria duplo efeito: restituiu a vista a um pobre cego encontrado no caminho, e abriu os olhos do rei estupefato, persuadido da santidade do cristianismo.

Em Reims, após o batismo, o rei Clóvis recomendou a São Remígio o seu catequista. São Remígio o reteve em Reims, onde Gastão se entregou à instrução dos fiéis e à assistência aos pobres, tanto que dentro de pouco tempo são Remígio o consagrou bispo de Arras. Com o rei Clóvis converteram-se muitos francos, mas tal conversão tinha caráter mais político que religioso; os costumes de muitos deles continuavam pagãos. Acontecia, por exemplo, que os banquetes, mesmo os de dignitários da Corte, se transformassem em verdadeiras orgias, sobretudo quando a coroa real passou de Clóvis a Clotário.

Certa vez, o próprio bispo de Arras foi convidado para a mesa do Rei. Gastão aceitou o convite de Clotário. Entrou na sala onde, sobre a mesa preparada, estavam copos cheios de cerveja; antes de assentar-se, abençoou; ao sinal-da-cruz, os copos se quebraram e a cerveja derramou-se sobre a mesa e no chão.

Clotário e os seus cortesãos compreenderam que aquele prodígio significava a condenação dos seus desregramentos. Assim, o cristianismo agia sobre os costumes daqueles povos, mediante o ensinamento dos bispos santos, enquanto as populações eram elevadas do estado de embrutecimento e miséria.

Numa fria noite de fevereiro foi vista uma nuvem luminosa sobre o palácio episcopal. Era justamente o momento da partida de Gastão, que há quarenta anos era bispo de Arras. Ao clero reunido em torno dele recomendou a fé, a esperança e especialmente a caridade. Depois dormiu no Senhor como um antigo patriarca, a 6 de fevereiro de 540.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Edésio, Máxima e Valter de Pontoise

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quinta-feira, 6 de abril de 2023

São João Batista de La Salle - santo do dia - 07.04.2023

    





São João Batista de La Salle


A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de L’Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims.

O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.

Desde pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor. Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.

Mas esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Ainda jovem, tornou-se coroinha e, com dezesseis anos, era nomeado cônego da catedral de Reims. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.

Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinquenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo frequentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.

Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo papa Pio XII.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Ursulina e Guilherme de Scicli.

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quarta-feira, 5 de abril de 2023

São Marcelino de Cartago - santo do dia - 06.04.2023

    





São Marcelino de Cartago


Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto, Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.

Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.

O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.

Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados “sobre a remissão dos pecados”, “sobre o Espírito”, e o mais importante, “sobre a Trindade”, porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Celestino, Catarina de Pallanza e Diógenes

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terça-feira, 4 de abril de 2023

São Vicente Ferrer - santo do dia - 05.04.2023

    





São Vicente Ferrer


Vicente nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Passou a infância e a juventude junto aos padres dominicanos, que tinham um convento próximo de sua casa. Percebendo sua vocação, pediu ingresso na Ordem dos Pregadores (dominicanos) aos dezessete anos.

Vicente estudou em Lérida, Barcelona e Tolosa, doutorando-se em filosofia e teologia, e ordenando-se sacerdote em 1378. Pregador nato, nesse mesmo ano começou sua peregrinação por toda a Europa, durante um período negro da história, quando ocorreu a Guerra dos Cem Anos, quando forças políticas, alheias à Igreja, tinham tanta influência que atuavam até na eleição dos papas.

Assim, quando um italiano foi eleito papa, Urbano VI, as correntes políticas francesas não o aceitaram e elegeram outro, um francês, Clemente VII, que foi residir em Avinhão, na França. A Igreja dividiu-se em duas, ocorrendo o chamado cisma da Igreja ocidental, porque ela ficou sob dois comandos, o que durou trinta e nove anos.

Vicente Ferrer, pregador, já era muito conhecido. Como prior do convento de Valência, teve contato com o cardeal Pedro de Luna, que o convenceu da legitimidade do papa de Avinhão, e Vicente aderiu à causa. Em 1384, o referido cardeal foi eleito papa Bento XIII e habilmente fez do dominicano Vicente seu confessor, sendo defendido por ele até 1416, como fazia Catarina de Sena, sua contemporânea, pelo italiano Urbano VI.

O coração desse dominicano era dotado de uma fé fervorosa, mas passando por uma divisão dessas, e juntando-se o panorama geral da Europa na época: por toda parte batalhas sangrentas, calamidades públicas, fome, miséria, misticismo, ignorância, além da peste negra, que dizimou um terço da população. Tudo isso fez que a pregação de Vicente Ferrer ganhasse a nuance do fatalismo.

Ele andou pela Espanha, França, Itália, Suíça, Bélgica, Inglaterra e Irlanda e muitas outras regiões, defendendo sempre a unidade da Igreja, o fim das guerras, o arrependimento e a penitência, como forma de esperar a iminente volta de Cristo. Tornou-se a mais alta voz da Europa. Pregava para multidões e as catedrais tornavam-se pequenas para os que queriam ouvi-lo. Por isso fazia seus sermões nas grandes praças públicas. Milhares de pessoas o seguiam em procissões de penitência. Dizem os registros da Igreja, e mesmo os que não concordavam com ele, que Deus estava do seu lado. A cada procissão os prodígios e graças sucediam-se e podiam ser comprovados às centenas entre os fiéis.

O cisma da Igreja só terminou quando os dois papas renunciaram ao mesmo tempo, para o bem da unidade do cristianismo. Vicente retirou seu apoio ao papa Bento XIII e, com sua atuação, ajudou a eleger o novo papa, Martinho V, trazendo de novo a união da Igreja ocidental. As nuvens negras dissiparam-se, mas as conversões e as graças por obra de Vicente Ferrer ficarão por toda a eternidade.

Ele morreu no dia 5 de abril de 1419, na cidade de Vannes, Bretanha, na França. Foi canonizado pelo papa Calisto III, seu compatriota, em 1458, que o declarou padroeiro de Valência e Vannes. São Vicente Ferrer foi um dos maiores pregadores da Igreja do segundo milênio e o maior pregador do século XIV.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Catarina Tomás, Zeno, Bv. Mariano de La Mata Aparício

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segunda-feira, 3 de abril de 2023

Santo Isidoro de Sevilha - santo do dia - 04.04.2023

    





Santo Isidoro de Sevilha


Isidoro, o mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, tendo na figura do irmão mais velho, Leandro, o pai que falecera cedo. Diz a tradição que logo que ingressou na escola o menino tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores, mas rapidamente superou tudo com a ajuda da Providência Divina. Formou-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico, e ordenou-se sacerdote.

Tudo isso contribuiu muito para que trabalhasse na conversão dos visigodos arianos, a começar pelo próprio rei. Isidoro também foi o responsável pela conversão dos judeus espanhóis. Tornou-se arcebispo e sucedeu a seu irmão Leandro, em Sevilha, durante quase quatro décadas. Logo no início do seu bispado, Isidoro organizou núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecidas bibliotecas e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem seus tempos livres ao estudo e às boas leituras.

Depois, retirou-se para um convento, onde poderia praticar suas obrigações religiosas e também se dedicar intensamente aos estudos. Por seus profundos conhecimentos, presidiu o II Concílio de Sevilha, em 619, e o IV Concílio de Toledo, em 633, do qual saíram leis muito importantes para a Igreja, de modo que a religiosidade se enraizou no país. Por isso foi chamado de “Pai dos Concílios” e “mestre da Igreja” da Idade Média.

Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu.

Ele nos deixou uma obra escrita sobre cultura, filosofia e teologia considerada a mais valorosa do século VII. Nada menos que uma enciclopédia, com vinte e um volumes, chamada Etimologias, considerada o primeiro dicionário escrito, um livro com a biografia dos principais homens e mulheres da Bíblia, regras para mosteiros e conventos, além de muitos comentários acerca de cada um dos livros da Bíblia, estudo que mais lhe agradava.

Dante Alighieri cita Isidoro de Sevilha em seu livro A divina comédia, no capítulo do Paraíso, onde vê “brilhar o espírito ardente” nesse teólogo. Em 1722, o papa Bento XIV proclamou santo Isidoro de Sevilha doutor da Igreja, e seu culto litúrgico confirmado para o dia de sua morte.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Platão, o monge e Pedro de Poitiers

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domingo, 2 de abril de 2023

São Xisto I - santo do dia - 03.04.2023

        





São Xisto I


Houve cinco papas com o nome de Xisto. Os três primeiros foram canonizados. São Xisto I exerceu o sumo pontificado provavelmente entre 115-129.

O imperador Trajano, no final do seu reinado, julgou que devia diminuir a própria política de perseguição nos combates ao cristianismo, também porque a “infâmia” de ser cristão servia, mais frequentemente, para resolver atritos políticos ou familiares do que para dirimir questões religiosas.

Tal clima de “tolerância” disfarçada, que não mudou nem mesmo os métodos e as perseguições, prosseguiu até no governo do imperador Adriano, o qual escreveu ao procônsul da Ásia: “Se um faz as acusações e demonstra que os cristãos estão operando contra as leis, então a culpa deve ser punida segundo a sua gravidade. Mas se alguém se aproveita deste pretexto para caluniar, então é este último que deve ser punido”.

Nessa realidade, elegeu-se Xisto I, filho de pastores romanos, que se tornou o sétimo sucessor do trono de são Pedro, em 115. Seu governo combateu com veemência as doutrinas maléficas dos gnósticos, ou seja, os princípios da existência seriam transmitidos através do “conhecimento revelado” por inúmeras potências celestes, que feriam todos os fundamentos da religião de Cristo.

A este papa deve-se a introdução de muitas normas disciplinares de culto litúrgico. Proibiu as mulheres de tocarem o cálice sagrado e a patena, que é o pratinho de metal, dourado ou prateado, usado para depositar a hóstia consagrada. Instituiu o convite aos fiéis para cantarem o sanctus junto com o celebrante, durante a missa. Introduziu a água no rito eucarístico e determinou que a túnica ou corporal fossem feitos de linho.

O papa Xisto I morreu durante a perseguição do imperador Adriano, em 125. Estava próximo de Roma, visitando a diocese de Frosinone, provavelmente onde sofreu o suplício, pois foi enterrado na acrópole de Alatri. A sua celebração foi mantida no dia 3 de abril, como sempre foi reverenciado pelos devotos alatrianos, que guardam as suas relíquias na igreja da catedral da cidade.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Irene, Gandolfo de Binasco

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