O
santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao
número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo
entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.
São
Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista.
De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era
respeitado por todos no Oriente.
Com
a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso
e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo.
Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a
Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem
prestei culto e reconheço como meu Salvador".
Condenado
à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para
o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável
seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome –
poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas
e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.
Festa da Cátedra de São
Pedro. É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco mais a riqueza do
significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro que se encontra na
Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na
Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais, a cátedra com
toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.
Fundamenta-se na Sagrada
Escritura a autoridade do nosso Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no
capítulo 6, essa pergunta que Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada
um de nós: "E vós, quem dizei que eu sou?" São Pedro,0 em nome dos
apóstolos, pode assim afirmar: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo". Jesus então lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas,
porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que
está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a
minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; eu te darei a
chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu e tudo que
desligares na terra, serás desligado nos céus".
Logo, o fundador e o
fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade
encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e
o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse
carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma
vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.
Enfim, em matéria de fé e de
moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade
ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a
serviço como Pastor e Mestre.
De fato, o Papa está a
serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra
de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos. Não é
autoritarismo, é autoridade que vem do Alto, é referência no mundo onde o
relativismo está crescendo, onde muitos não sabem mais onde está a Verdade.
Nós olhamos para Cristo, para
a Sagrada Escritura, para São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da
Igreja, então temos a segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a
Salvação e espalharmos a Salvação.
Essa vocação é do Papa, dos
Bispos, dos Presbíteros, mas também de todo cristão.
São Pedro Damião, Bispo e
Doutor da Igreja. Nasceu em Ravena, Itália no ano de 1907. Marcado desde cedo
pelo sofrimento porque perdeu os seus pais, foi morar e viver com seu irmão. No
amor e no acolhimento, São Pedro Damião pode discernir a sua vocação.
Oração e penitência, algo que
sempre acompanhou a vida de Pedro Damião; e algo que também precisa nos
acompanhar constantemente.
São Pedro Damião discerniu
sua vocação à vida religiosa e entrou para a Ordem dos Camaldulenses, no
mosteiro de Fonte Avellana, na Úmbria, onde religiosos austeros levavam vida de
eremitas.
Diante das regras e do que
ele via e percebia, era preciso uma renovação a começar por ele. Ao se abrir a
ação do Espírito Santo, ao ser obediente às regras, outros também foram se
ajuntando a Pedro Damião, fundaram outros mosteiros e deram essa contribuição.
A renovação de qualquer
instituição passa pela renovação pessoal, e também é válido para os tempos de
hoje. As reclamações, as acusações, as rebeliões nada renovam, mas a decisão
pessoal, a abertura a Deus, isso sim, pode provocar, como provocou na vida e na
história de São Pedro Damião, uma renovação.
Deus pediu mais, e ele foi
servir de maneira mais próxima a hierarquia da Igreja, sendo conselheiro de um
Papa. Foi Bispo de Óstia, lugar perto de Roma, e também foi escolhido como
Cardeal. Algo que marcou a sua história.
São Pedro Damião, sua própria
vida nos aconselha a oração, a penitência e ao amor que se compromete com a
renovação dos outros, pois a partir da renovação pessoal, nós também ajudamos
na renovação do outro e das instituições.
A Igreja precisa ser renovada
constantemente, para isso somos chamados a nossa renovação pessoal, a conversão
diária. Peçamos a intercessão do santo de hoje que foi Bispo, Cardeal e Doutor
da Igreja.
No ano de 1908, nasceu
Francisco Marto. Em 1910, Jacinta Marto. Filhos de Olímpia de Jesus e Manuel
Marto. Eles pertenciam a uma grande família; e eram os mais novos de nove
irmãos. A partir da primavera de 1916, a vida dos jovens santos portugueses
sofreria uma grande transformação: as diversas aparições do Anjo de Portugal (o
Anjo da Paz) na "Loca do Cabeço" e, depois, na "Cova da
Iria". A partir de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora apareceria por 6
vezes a eles.
O mistério da Santíssima
Trindade, a Adoração ao Santíssimo Sacramento, a intercessão, o coração de
Jesus e de Maria, a conversão, a penitência... Tudo isso e muito mais foi
revelado a eles pelo Anjo e também por Nossa Senhora, a Virgem do Rosário. Na
segunda aparição, no mês de junho, Lúcia (prima de Jacinta e Francisco) fez um
pedido a Virgem do Rosário: que ela levasse os três para o Céu. Nossa Senhora
respondeu-lhe: "Sim, mas Jacinta e Francisco levarei em breve". Os
bem-aventurados vivenciaram e comunicaram a mensagem de Fátima. Esse fato não
demorou muito. Em 4 de abril de 1919, Francisco, atingido pela grave gripe
espanhola, foi uma das primeiras vítimas em Aljustrel. Suas últimas palavras
foram: "Sofro para consolar Nosso Senhor. Daqui, vou para o céu".
Jacinta Marto, modelo de amor
que acolhe, acolheu a dor na grave enfermidade, tendo até mesmo que fazer uma
cirurgia sem anestesia. Tudo aceitou e ofereceu, como Nossa Senhora havia lhe
ensinado, por amor a Jesus, pela conversão dos pecadores e em reparação aos
ultrajes cometidos contra o coração imaculado da Virgem Maria. Por conta da
mesma enfermidade que atingira Francisco, em 20 de fevereiro de 1920, ela
partiu para a Glória. No dia 13 de maio do ano 2000, o Papa João Paulo II
esteve em Fátima, e do 'Altar do Mundo' beatificou Francisco e Jacinta, os mais
jovens beatos cristãos não-mártires. Beatos Francisco e Jacinta, rogai por nós!
O santo de hoje viveu em
Placência, na Itália, lugar onde casou-se também. Um homem de muitos bens, dado
aos divertimentos e à caça. Numa ocasião de caçada, acidentalmente provocou um
incêndio, prejudicando a muitas pessoas.
Ele então fugiu, e a polícia prendeu
um inocente, que não sabendo se defender, estava prestes a ser condenado e
executado.
Quando Conrado soube disso,
se apresentou como responsável pelo incêndio e se propôs a vender todos os bens
para reconstruir tudo o que o incêndio destruiu.
A partir daí, ele e sua
esposa começaram a fazer uma caminhada séria e profunda no Cristianismo,
buscando a vontade de Deus.
No discernimento dessa
vontade, o casal fez o 'voto josefino'. Ambos se consagraram a Deus para
viverem o celibato. Ela foi para um convento e ele retirou-se para um alto
monte vivendo por quarenta anos como um eremita. Na oração e na intimidade com
Deus, se ofertou a muitos. A muitos que hoje causam prejuízos para si e para os
outros.
Nascido em Ganfei, Portugal,
no ano de 1082, São Teotônio recebeu uma ótima formação. Primeiramente, junto a
um convento beneditino de Coimbra; depois, ao ser assumido por seu tio
Crescêncio, Bispo de Coimbra, ele foi correspondendo à graça de Deus em sua
vida. Com a morte do tio, dirigiu-se para Viseu, onde terminou seus estudos
básicos e recebeu o dom da ordenação sacerdotal.
Homem de oração e penitência,
centrado no mistério da Eucaristia, e peregrino, fez duas viagens à Terra
Santa, que muito marcaram a sua história, até que os cônegos de Santo Agostinho
pediram que ele ficasse ali como um dirigente, mas, em nome da obediência, ele
não poderia fazê-lo, uma vez que já ocupava o cargo de prior da Sé de Viseu. No
retorno, abriu mão deste serviço e se dedicou ainda mais à evangelização.
Ele já era conhecido e
respeitado por muitas autoridades. Inclusive, o rei Afonso Henriques e a
rainha, dona Mafalda, por motivos de guerra, acabaram retendo muitos cristãos e
ele foi interceder em prol desses cristãos. Muitos foram liberados, mas o santo
foi além. Como já tinha fundado, a pedido de amigos, a Nova Ordem dos Cônegos
Regulares sob a luz da Santa Cruz, aos pés do Mosteiro, ele não só acolheu
aqueles filhos de Deus, mas também pôde mantê-los como um verdadeiro pai. No
mosteiro, ele era um pai, um prior não só por serviço e autoridade, mas um
exemplo refletindo a misericórdia do mistério da cruz do Senhor, refletindo o
seu amor apaixonado pelo mistério da Eucaristia.
Mariano e devoto dos Santos
Anjos, ele despojou-se e se retirou em contemplação e intercessão. Foi assim
que, em 18 de fevereiro, esse grande santo português, em 1162, partiu para a
glória.
Peçamos a intercessão de São
Teotônio para que possamos glorificar a Deus pela obediência, sempre
voltando-nos para os mais pequeninos.
Interessante percebermos o
contexto do surgimento desta ordem. No século XII e XIII, predominava uma
burguesia anticristã na vivência, porque dizer que é cristão, que é católico,
não é difícil, mas vivenciar e testemunhar o amor a Cristo, à Igreja e aos pobres,
só com muito esforço e muita graça do Senhor.
Providencialmente, Deus, em
sua misericórdia, foi suscitando vários santos como verdadeiros caminhos da fé
e da felicidade, como os sete santos de hoje que fundaram a Ordem dos Servos de
Maria. Eles pertenciam ao grupo de burgueses, até que foram se aproximando de
um grupo de oração que se reunia com uma imagem de Nossa Senhora e ali oravam.
Aqueles jovens foram se aproximando e a graça de Deus foi conquistando o
coração deles.
Foram sete a dar um passo de
radicalidade. Abandonaram o luxo, os cavalos, as festas, e foram viver uma vida
monástica como sinal de santidade naquela sociedade em decadência. Com exceção
de Alessio, que ficou como irmão religioso, os demais tornaram-se sacerdotes.
Mas todos eles, como um só sinal de que ser servo de Cristo e da Virgem Maria,
é preciso ter muito amor.
Oração, penitência e renúncia
são percebidos na vida dos santos. Essas coisas são comuns, porque brotam da
vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e estão presentes no Evangelho que a Igreja
de Cristo prega.
Sete santos fundadores da
Ordem dos Servitas, rogai por nós!