sábado, 29 de julho de 2023

São Pedro Fabro - santo do dia - 02.08.2023

    





São Pedro Fabro


Pedro Fabro nasceu num pequeno vilarejo em Sabóia (França) em 13 de abril de 1506. Filho de pastores de ovelhas, Fabro foi também pastor desde a infância. Criado numa família muito cristã, teve desde cedo grande interesse de aprender, como ele mesmo revelou em seus escritos autobiográficos: “por volta de dez anos, senti o desejo de estudar. Mas era pastor e para tal destinado ao mundo por meus pais. Assim, não podia sossegar e chorava pelo anseio de escola”.

Aprendeu as primeiras letras numa escola modesta próxima à sua casa. Seu mestre, um fervoroso cristão, após iniciar em Pedro o gosto pelas letras, notou a grande inteligência do menino. Passada a formação inicial, o mestre reuniu dinheiro para uma bolsa de estudos para o garoto. Assim, Pedro Fabro pôde ir a Paris continuar os estudos.

Ficou dez anos em Paris e, no ambiente universitário, conheceu seus futuros companheiros de missão: Francisco Xavier e, depois, Inácio de Loyola: “Neste ano [de 1529] veio Inácio para entrar no mesmo colégio de Santa Bárbara e em nosso mesmo cubículo (…). Bendita seja para sempre a divina Providência que ordenou tudo isso para o meu bem e minha salvação.”.

Pedro fez logo amizade com Inácio, que tocou seu coração e foi o grande responsável pela sua conversão. É o próprio Pedro quem revela os pormenores desse encontro: “No princípio eu o ensinava, ou, pelo menos tinha a intenção, mas havia sempre uma particularidade: nossas aulas de repetição terminavam com conversas espirituais, onde meu coração ardia como os dos discípulos de Emaús (Lc 23,13-35). E quando descobri que Inácio era um mestre de espírito, comecei a abrir-lhe minha consciência escrupulosa.”.

Depois de um intenso período de reflexão e oração, Inácio propôs a Fabro seus Exercícios Espirituais e Pedro tornou-se, após a experiência, o primeiro companheiro do futuro santo fundador da ordem dos jesuítas.

Em 1534, Pedro Fabro foi ordenado sacerdote, o primeiro dentre os sete companheiros iniciais da Ordem. Sua missão foi a de propagar a Fé através de um intenso serviço apostólico itinerante: Itália, Alemanha, Espanha, novamente Alemanha, Bélgica, Portugal…

Inicialmente em Parma, Pedro Fabro alojou-se no hospital, recusando hospedagem no palácio do cardeal. Dessa forma, vivia de esmolas. Pedro se colocava a disposição de todos, dia e noite, para ensinar e confessar. Dirigiu os Exercícios aos sacerdotes e promoveu uma grande mudança na vida religiosa em Parma. Diziam que “era como se todo domingo fosse domingo de Páscoa”, tamanha renovação religiosa. No entanto, foi chamado a Roma para nova destinação.

Em Roma, recebeu a missão de integrar a comissão do Dr. Pedro Ortiz, importante eclesiástico, conselheiro de Carlos V. Ortiz foi quem, em 1529, denunciou Inácio de Loyola à Inquisição por suspeita de heresia. No entanto, após fazer os Exercícios Espirituais sob a direção de Loyola em 1538, mudou completamente de opinião sobre a Companhia, tornando-se grande entusiasta e benfeitor da Ordem.

Partiram para a Alemanha em 1540. Ali, Pedro notou que as pessoas se rebelavam contra a Igreja romana não por discordarem das Escrituras, mas pela má conduta dos eclesiásticos. Diante disso, passou a dirigir os Exercícios a teólogos, prelados e a toda a corte.

Em julho de 1541, a comitiva de Ortiz partiu para a Espanha. Fabro teve uma estada curta em território espanhol, pois logo foi mandado de volta às terras germânicas, onde o avanço do protestantismo era grande. Fabro era considerado indispensável na defesa da Fé Católica diante deste cenário.

Obedecendo às ordens dos superiores, Fabro retornou à Alemanha e retomou seu apostolado, principalmente junto ao clero local. O trabalho era enorme, mas, mesmo com pouco pessoal, precisava atender aos chamados dos superiores. O então Superior Geral da Companhia de Jesus recebeu um pedido de D. João III, grande benfeitor da Ordem dos jesuítas, por pessoal qualificado em sua corte. Loyola decidiu enviar Fabro. Depois de um ano em Portugal, Fabro partiu para o trabalho apostólico na Espanha.

Durante sua atividade como jesuíta, Pedro Fabro percorreu toda a Europa ocidental à pé ou em lombo de mula. Foram anos de grande entrega e árduo trabalho. Já com a saúde debilitada, Fabro recebeu nova ordem: a de regressar a Roma para assistir, como teólogo, ao Concílio de Trento ao lado dos companheiros Lainez e Salmerón. Apesar da dificuldade da viagem, Fabro conseguiu chegar a Roma no dia 17 de julho de 1546.

As dificuldades e as expectativas com essa viagem, que viria a ser a última de Pedro Fabro, foram descritas por ele mesmo em uma carta datada de 31 de julho, destinada ao seu amigo e companheiro de missão nas terras ibéricas, António Araoz. É por meio desta carta que percebemos que, apesar de prostrado pela febre, Fabro acreditava que logo se recuperaria: “Há uns dias, Antônio, escrevi a Mestre Lainez, Mestre Salmerón e Mestre Jayo, que já estão no Concílio, que me juntaria a eles dentro de mais uns dias, quando me recupere. Pois, como em outras ocasiões, já passará… Estou certo que estas febres passarão…”.

No entanto, as febres não passaram. No mesmo dia 31, Fabro pediu um confessor. Morreu no dia seguinte, prostrado pela febre e, em seu leito, encontraram a referida carta. Tinha exatos 40 anos.

De caráter amável e suave, Fabro foi responsável por um grande número de vocações nestes anos iniciais da Companhia de Jesus. Sua palavra era persuasiva e tinha grande poder de conversão. Quando interpelado por um jovem jesuíta sobre como conseguia converter tantas pessoas, mesmo os mais céticos, ele respondeu: “Quando vós encontrares pessoas, mesmo soldados, estejais persuadido de que eles são melhores do que vós. Então, vós os conquistareis para Cristo”.

Mesmo diante do protestantismo crescente, Fabro propunha um diálogo amistoso e conciliador: “Creio que, daqui para frente, as relações com os luteranos devam fazer-se numa conversação fresca e serena e que comecemos a buscar as coisas em que coincidimos, de modo a ganhar-lhes bom ânimo de reformar suas vidas e ser seguidores de Nosso Senhor,com mais ardor apostólico e zelo das almas”.

Pedro Fabro foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1872 e canonizado pelo Papa Francisco em 2013. Ao canonizar São Pedro Fabro, o Papa Francisco ressaltou o caráter piedoso, simples e bondoso do santo jesuíta e seu “atento discernimento interior”.


“Fabro era um «homem modesto, sensível, de profunda vida interior e dotado do dom de estabelecer relações de amizade com pessoas de todas as categorias» (Bento XVI, Discurso aos jesuítas, 22 de Abril de 2006). Contudo, era também um espírito inquieto, hesitante, nunca satisfeito. Sob a guia de Santo Inácio, aprendeu a unir a sua sensibilidade irrequieta mas também dócil, diria requintada, com a capacidade de tomar decisões. Era um homem de grandes desejos: assumiu os seus desejos, reconheceu-os. Aliás, para Fabro, é precisamente quando se apresentam situações difíceis que se manifesta o verdadeiro espírito que move a ação (cf. Memorial, 301). Uma fé autêntica exige sempre um desejo profundo de mudar o mundo. Eis a pergunta que nos devemos fazer: temos também nós grandes visões e estímulos? Somos também nós audazes? O nosso sonho voa alto? O zelo devora-nos (cf. Sl 69, 10)? Ou somos medíocres e satisfazemo-nos com as nossas programações apostólicas de laboratório? Recordemo-nos sempre disto: a força da Igreja não habita em si mesma nem na sua capacidade organizativa, mas esconde-se nas águas profundas de Deus. E estas águas agitam os nossos desejos e os desejos alargam o coração. É o que diz Santo Agostinho: rezar para desejar e desejar para alargar o coração. Precisamente nos desejos Fabro podia discernir a voz de Deus. Sem desejos nada se conclui e é por isto que se devem oferecer ao Senhor os próprios desejos. Nas Constituições diz-se que «se ajuda o próximo com os desejos apresentados a Deus nosso Senhor» (Constituições, 638).

Fabro sentia o desejo verdadeiro e profundo de «ser dilatado por Deus»: estava completamente centrado em Deus, e por isto podia ir, em espírito de obediência, muitas vezes também a pé, por todas as partes da Europa, para dialogar com todos com doçura e anunciar o Evangelho. Mas pode-se pensar na tentação, que talvez nós possamos ter e que tantos sentem, de relacionar o anúncio do Evangelho com golpes inquisitórios, de condenação. Não, o Evangelho anuncia-se com doçura, com fraternidade, com amor. A sua familiaridade com Deus levava-o a compreender que a experiência interior e a vida apostólica caminham sempre juntas. Escreve no seu Memorial que o primeiro movimento do coração deve ser o de «desejar o que é essencial e originário, ou seja, que o primeiro lugar seja deixado à solicitude perfeita de encontrar Deus nosso Senhor» (Memorial, 63). Fabro sente o desejo de «deixar que Cristo ocupe o centro do coração» (Memorial, 68). Só estando centrados em Deus é possível orientar-se rumo às periferias do mundo! E Fabro viajou ininterruptamente também nas fronteiras geográficas a ponto que dele se dizia: «parece que nasceu para não se deter em parte alguma» (MI, Epistolae I, 362). Fabro sentia-se arder pelo desejo intenso de comunicar o Senhor. Se nós não tivermos o seu mesmo desejo, então precisamos de nos deter em oração e, com fervor silencioso, pedir ao Senhor, por intercessão do nosso irmão Pedro, que nos fascine de novo: aquele fascínio do Senhor que levava Pedro a todas estas «loucuras» apostólicas.

[…] Como escrevia São Pedro Fabro, «nunca procuremos nesta vida um nome que não se reate ao de Jesus» (Memorial, 205). E peçamos a Nossa Senhora para podermos estar com o seu Filho.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Santo Afonso Maria de Ligório - santo do dia - 01.08.2023

    





Santo Afonso Maria de Ligório

Fundador da Congregação do Santíssimo Redentor – Padres e Irmãos Redentoristas

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, escritor, poeta, musicista, Doutor da Igreja, foi fundador de uma das mais ativas e numerosas congregações religiosas: os Padres Redentoristas. Nasceu perto de Nápoles, Itália, em 1696, filho de uma das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Do pai herdara uma vontade férrea, inteligência viva e perspicaz, enquanto que a mãe plasmou seu coração para a fé a bondade.

Ainda pequeno, recebeu do Santo São Francisco de Jerônimo, da Companhia de Jesus, a seguinte profecia: “Esta criança, não morrerá antes dos 90 anos; será bispo e realizará maravilhas na Igreja de Deus”. Enquanto seu pai o preparava nos estudos acadêmicos e científicos, sua mãe preocupava-se em educá-lo nos caminhos da fé e do cristianismo. Ele cresceu um cristão fervoroso e, com apenas dezesseis anos de idade, doutorou-se em direito civil e eclesiástico.

Passou a advogar e atender no fórum de Nápoles, porém jamais abandonou sua vida espiritual, que era muito intensa. Sempre foi muito prudente, nunca advogou para a Corte, atendia a todos, ricos ou pobres, com igual empenho. Porém atendia, em primeiro lugar, os pobres, que não tinham como pagar um advogado, não por uma questão moral, mas porque era cristão.

Depois de dez anos, tornara-se um memorável e bem-sucedido advogado, cuja fama chegara aos fóruns jurídicos de toda a Itália. Entretanto, por exclusiva interferência política, perdeu uma causa de grande repercussão social, ocasionando-lhe uma violenta desilusão moral. A experiência do mundo e a forte corrupção moral já eram objeto de suas reflexões, após esse acontecimento decidiu abandonar tudo e seguir a vida religiosa.

O pai, a princípio, não concordou, mas, vendo o filho renunciar à herança e aos títulos de nobreza, com alegria no coração, aceitou sua decisão. Afonso concluiu os estudos de teologia, sendo ordenado sacerdote aos trinta anos, em 1726. Escolheu o nome de Maria para homenagear o Nosso Redentor por meio da Santíssima Mãe, aos quais dedicava toda a sua devoção, e agora também a vida.

Desde então, colocou seus muitos talentos a serviço do Povo de Deus, evidenciando ainda mais os da bondade, da caridade, da fé em Cristo e do conforto espiritual que passava a seus semelhantes. Em suas pregações, Afonso Maria usava as qualidades da oratória e colocava sua ciência a serviço do Redentor. As suas palavras eram um bálsamo aos que procuravam reconciliação e orientação, por meio do confessionário, ministério ao qual se dedicou durante todo o seu apostolado. Aos que lhe perguntavam qual era o seu lema, dizia: “Deus me enviou para evangelizar os pobres”.

Para viver plenamente o seu lema, em 1732, fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, ou dos Padres Redentoristas, destinada, exclusivamente, à pregação aos pobres, às regiões de população abandonada, sob a forma de missões e retiros. Ele mesmo viajou por quase todo o sul da Itália pregando a Palavra de Deus e a devoção a Maria, entremeando sua atividade pastoral com a de escritor de livros ascéticos e teológicos. Com tudo isso, conseguiu a conversão de muitas pessoas.

Em 1762, obedecendo à indicação do papa, aceitou ser o bispo da diocese de Santa Águeda dos Godos, diante da qual permaneceu durante treze anos. Portador de artrite degenerativa deformante, já paralítico e quase cego, retirou-se ao seu convento, onde completou sua extensa e importantíssima obra literária, composta de cento e vinte livros e tratados. Entre os mais célebres estão: “Teologia moral”; “Glórias de Maria”, “Visitas ao SS. Sacramento”; além do “Tratado sobre a oração”. Foi historiador, apologeta, pregador, poeta e exímio musicista. A devoção popular muito deve às suas canções por ele escritas e musicadas. Até hoje no tempo de Natal, é comum escutar o seu “Tu Scendi dalle Stelle” – Tu desces das estrelas.

Depois de doze anos de muito sofrimento físico, Afonso Maria de Ligório morreu aos noventa e um anos, no dia 1º de agosto de 1787, em Nocera dei Pagani, Salerno, Itália. Canonizado em 1839, foi declarado doutor da Igreja em 1871. O papa Pio XII proclamou santo Afonso Maria de Ligório Padroeiro dos Confessores e dos Teólogos de Teologia Moral em 1950. A Igreja deu-lhe o título de Doutor zelosíssimo.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Esperança e Caridade.

Fonte https://franciscanos.org.br/

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Santo Inácio de Loyola - santo do dia - 31.07.2023


    




Santo Inácio de Loyola


Fundador da Companhia de Jesus

Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de batismo, nasceu numa família cristã, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia, da província basca de Guipuzcoa, na Espanha, no ano de 1491. O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os equestres, seus preferidos.

Em 1506, a família Lopez de Loyola estava a serviço de João Velásquez de Cuellar, tesoureiro do reino de Castela, do qual era aparentada. No ano seguinte, Iñigo tornou-se pajem e cortesão no castelo desse senhor. Lá, aprimorou sua cultura, fez-se um exímio cavaleiro e tomou gosto pelas aventuras militares. Era um homem que valorizava mais o orgulho do que a luxúria.

Dez anos depois, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.

Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça. Incentivado por uma de suas irmãs, que cuidava dele, não voltou mais aos livros que antes adorava, passando a ler somente livros religiosos. Já curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi, então, à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas.

Durante um ano, de 1522 a 1523, viveu retirado numa caverna em Manresa, como eremita e mendigo, o tempo todo em penitência, na solidão e passando as mais duras necessidades. Lá, durante esse período, preparou a base do seu livro mais importante: “Exercícios espirituais”. E sua vida mudou tanto que do campo de batalhas passou a transitar no campo das ideias, indo estudar filosofia e teologia em Paris e Veneza.

Em Paris, em 15 de agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral.

Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.

A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. A sua festa é celebrada, na data de sua morte, nos quatro cantos do planeta onde os jesuítas atuam. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922.

ACOMPANHE TAMBÉM O ESPECIAL SOBRE SANTO INÁCIO DE LOYOLA

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Fábio e Demócrito.

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quinta-feira, 27 de julho de 2023

São Pedro Crisólogo - santo do dia - 30.07.2023


    




São Pedro Crisólogo


Pedro Crisólogo, Pedro “das palavras de ouro”, pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu.

Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena. Também defendeu a autoridade do papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Essa heresia, vinda do Oriente, propagava-se perigosamente, mas foi resolvida nos concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, conferiu-lhe outro título, o de doutor da Igreja, concedido em 1729 pelo papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje, é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Everaldo Hanse e Julita.

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quarta-feira, 26 de julho de 2023

Santa Marta - santo do dia - 29.07.2023


    




Santa Marta


As Escrituras contam que, em seus poucos momentos de descanso ou lazer, Jesus procurava a casa de amigos em Betânia, local muito agradável há apenas três quilômetros de Jerusalém. Lá moravam Marta, Lázaro e Maria, três irmãos provavelmente filhos de Simão, o leproso. Há poucas, mas importantíssimas citações de Marta nas Sagradas Escrituras.

É narrado, por exemplo, o primeiro momento em que Jesus pisou em sua casa. Por isso existe a dúvida de que Simão fosse mesmo o pai deles, pois a casa é citada como se fosse de Marta, a mais velha dos irmãos. Mas ali chegando, Jesus conversava com eles e Maria estava aos pés do Senhor, ouvindo sua pregação. Marta, trabalhadora e responsável, reclamou da posição da irmã, que nada fazia, apenas ouvindo o Mestre. Jesus aproveita, então, para ensinar que os valores espirituais são mais importantes do que os materiais, apoiando Maria em sua ocupação de ouvir e aprender.

Fala-se dela também quando da ressurreição de Lázaro. É ela quem mais fala com Jesus nesse acontecimento. Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, o meu irmão não teria morrido. Mas mesmo agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Deus dará”.

Trata-se de mais uma passagem importante da Bíblia, pois do evento tira-se um momento em que Jesus chora: “O pranto de Maria provoca o choro de Jesus”. E o milagre de reviver Lázaro, já morto e sepultado, solicitado com tamanha simplicidade por Marta, que exemplifica a plena fé na onipotência do Senhor.

Outra passagem é a ceia de Betânia, com a presença de Lázaro ressuscitado, uma prévia da última ceia, pois ali Marta serve a mesa e Maria lava os pés de Jesus, gesto que ele imitaria em seu último encontro coletivo com os doze apóstolos.

Esta nobre hospedeira do Senhor queria que sua irmã também se dedicasse a Ele, pois lhe parecia que nada no mundo era demais para servir a um hóspede tão importante. Depois da ascensão do Senhor, quando os discípulos se dispersaram, ela, seu irmão Lázaro, sua irmã Maria Madalena e também o beato Maximino – que os havia batizado, e ao qual ela tinha sido confiada pelo Espírito Santo – foram, junto com muitos outros, colocados pelos infiéis num navio sem remos, velas, lemes e alimentos. Conduzidos por Deus, chegaram a Marselha. De lá, foram a Aix-en-Provence, onde converteram a população local.

A bem-aventurada Marta era muito eloquente e simpática com todos.

Havia naquela época na região do Ródano, na floresta entre Arles e Avignon, um dragão metade animal, metade peixe, mais gordo que um boi, mais comprido que um cavalo, com dentes cortantes como espadas e pontiagudos como cornos, munido de cada lado de dois escudos. Ele se escondia no rio para afundar barcos e matar todos os que por ali passavam. A pedido do povo, Marta foi até a floresta, onde o encontrou comendo um homem, jogou nele água benta e mostrou-lhe uma cruz. Instantaneamente vencido, imóvel, como uma ovelha, Marta o amarrou com seu cinturão e ele foi morto pelo povo com golpes de lanças e pedradas.

O dragão era chamado pelo povo de Tarascono, e em memória disso o lugar ainda é conhecido por Tarascon, em vez de Nerluc, como antes. Foi aí que a bem-aventurada Marta passou a viver, com a concordância de seu mestre Maximino e de sua irmã, entregando-se a orações e jejuns ininterruptos. Mais tarde, depois de ter reunido um grande número de seguidoras, ela ali levantou uma grande basílica em honra da bem-aventurada Maria sempre virgem.

Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262, e o dia escolhido foi 29 de julho. Ela se difundiu e o povo cristão passou a celebrar santa Marta como a padroeira do lar, das cozinheiras, donas de casa, faxineiras, casas de hóspedes, hoteleiros, lavadeiras e das irmãs de caridade.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Olavo, Beatriz de Roma.

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São Nazário e São Celso - santo do dia - 28.07.2023


    




São Nazário e São Celso


Nazário é o mesmo que Nazareno, que significa “consagrado”, “puro”, “discreto”, “florido” ou “guardião”. Celso, “excelso”, elevou-se acima de si mesmo, pois pela força de sua vontade superou sua pouca idade.

Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era cristã. O pai era um pagão e chamava-se Africano. A mãe, de nome Perpétua, era uma católica fervorosa. Enquanto ele desejava tornar o filho um sacerdote a serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente a Deus, no seguimento de Cristo, por isso o educou dentro da religião católica. Assim, com apenas nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu.

Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália.

Assim, foi para a Gália, hoje França, sempre pregando a palavra de Cristo. Em Cimiez, próximo de Nice, depois de converter uma nobre e rica senhora e seu filho, um adolescente de nome Celso, ela confiou o jovem a Nazário, que o fez seu discípulo inseparável. Juntos, percorreram os caminhos da Gália, deixando para trás cidades inteiras convertidas, pois, durante as suas pregações, aconteciam muitos milagres na frente de todos os presentes.

Depois, foram para Treves, atualmente Trier, na Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã que se tornou tão famosa que os dois acabaram sendo denunciados e presos. Condenados à morte, foram jogados na confluência dos rios Sarre e Mosel. E novo milagre ocorreu: em vez de afundar, os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram mais matá-los, apenas os expulsaram do país.

Nazário e Celso foram, então, para Milão, onde mais uma vez viram-se vítimas da perseguição pagã, imposta pelo imperador Nero. Presos e condenados, desta vez foram decapitados em praça pública.

Passados mais de dois séculos, em 396, os corpos dos dois mártires foram encontrados pelo próprio bispo de Milão, Ambrósio, também venerado pela Igreja. Durante suas orações, teve uma visão, que lhe indicou o local da sepultura de Nazário. Mas, para surpresa geral, a cabeça do mártir estava intacta, com os cabelos e a barba preservados, e ainda dela escorria sangue, como se fora decapitado naquele instante. A revelação foi mais impressionante porque, durante as escavações, também encontraram o túmulo do jovem discípulo Celso, martirizado junto com ele.

Também foi por inspiração de santo Ambrósio que esta tradição chegou até nós, pois ele a contou a são Paolino de Nola, seu discípulo e biógrafo. As relíquias de são Nazário e são Celso foram distribuídas às igrejas de várias cidades da Itália, França, Espanha, Alemanha, África e Constantinopla. Dessa maneira, a festa dos dois santos difundiu-se por todo o mundo católico, sendo celebrados no dia em que santo Ambrósio teve a revelação: 28 de julho.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Sansão, Eustádio e Décio.

Fonte https://franciscanos.org.br/

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terça-feira, 25 de julho de 2023

São Celestino I - santo do dia - 27.07.2023


    




São Celestino I


O papa Celestino I, eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira que passou para a história, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.

Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamavam de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, Santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.

Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.

Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como “Mãe de Deus” e não apenas “mãe do homem”, como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.

O papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão, determinou que São Cirilo, bispo de Alexandria, dirigisse o Concílio, que se iniciou em 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.

Este foi seu último documento oficial, expedido na data de 15 de março de 432, que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817, suas relíquias foram colocadas na basílica de Santa Praxedes, e uma parte delas enviadas para a catedral de Mantova.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Pantaleão, Natália, Aurélio de Córdova e Maria Madalena Martinengo.

Fonte https://franciscanos.org.br/

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segunda-feira, 24 de julho de 2023

Sant’Ana e São Joaquim - santo do dia - 26.07.2023

    





Sant’Ana e São Joaquim


Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha também. Os motivos são óbvios, pois os judeus esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias.

Assim, toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vamos encontrar o casal.

Mas Ana e Joaquim não desistiram. Rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana engravidou. Não se sabe muito sobre a vida deles, pois passaram a ser citados a partir do século II, mas pelos escritos apócrifos, que não são citados na Bíblia, porque se entende que não foram inspirados por Deus. E eles apenas revelam o nome dos pais da Virgem Maria, que seria a Mãe do Messias.

No Evangelho, Jesus disse: “Dos frutos conhecereis a planta”. Assim, não foram precisos outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.

Maria, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus.

A princípio, apenas Sant’Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Pastor, Sinfrônio, Olímpio e Exupéria.