O santo de hoje viveu o lema “Antes morrer do que pecar”.
Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842, Domingos
conheceu muito cedo Dom Bosco e participou do Oratório – lugar de formação
integral - onde seu coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora Auxiliadora.
Pequeno na estatura, mas gigante na busca de corresponder ao
chamado à santidade, foi um ícone da alegria de ser santo. Um jovem comum, que
buscava cumprir os seus deveres e amava a vida de oração.
Com a saúde fragilizada, faleceu com apenas 15 anos.
Neste dia, lembramos a vida de João Cidade que depois de
viver longa aventura distante de Deus, aventurou-se ao Evangelho e hoje, é
aclamado como São João de Deus, o patrono dos hospitais.
João nasceu em Évora, Portugal, em 1495; com oito anos fugiu
de casa e foi para a Espanha, onde fez obras e vivenciou inúmeras aventuras.
Começou João suas histórias, cuidando do rebanho, depois com os estudos
tornou-se administrador, mas encantado pelo militarismo, tornou-se soldado e
combateu na célebre batalha de Pávia, onde saiu vitorioso ao lado de Carlos V.
Certa vez foi morar em Granada e lá abriu um pequeno negócio
de livros, sendo que, ao mesmo tempo, passou a ouvir o grande santo pregador
João de Ávila, que no Espírito Santo suscitou a conversão radical de João. Do
encontro com Cristo, começou sua maior aventura, que consistiu em construir com
Cristo uma história de santidade.
Renunciou a si mesmo, assumiu a cruz e se colocou
radicalmente nos caminhos de Jesus, quando no distribuir os bens aos pobres, e
acabou sendo lançado num hospital de loucos por parte dos conhecidos, já que
João começava a ter inúmeras atitudes voluntariamente estranhas, que visavam
não o manicômio, mas a penitência pela humilhação.
Como tudo concorre para o bem dos que amam a Deus, acabou
sendo providencial o tempo que João passou sofrendo naquele hospital, pois
diante do tratamento desumano que davam para os pobres e doentes mentais, o
Senhor suscitou no coração de João o carisma para lidar com os doentes na
caridade e gratuidade.
Desta forma, São João, experimentando a vida na Providência,
passou a acolher numa casa alugada, indigentes e doentes, depois entregou-se ao
cuidado exclusivo num hospital fundado por ele em Granada (Espanha) e assistido
por um grupo de companheiros que, mais tarde, constituíram a Ordem Hospitalar
de São João de Deus, o qual entrou no céu em 1550.
Numa perseguição que se desencadeou em Cartago, foram presos
nesta cidade cinco catecúmenos, entre os quais uma escrava chamada Felicidade e
uma mulher, ainda nova e de posição, chamada Perpétua. A primeira estava
grávida de oito meses e a segunda tinha uma criança de peito. Receberam o
batismo enquanto estavam presas.
Permitiram a Perpétua que levasse consigo o filho para o
cárcere. Chegado o interrogatório, ambas confessaram abertamente a fé e foram
condenadas a ser lançadas às feras no aniversário do imperador Geta. A mãe foi
então separada do seu filhinho. "Deus permitiu que ele não voltasse a
pedir o peito e que ela não fosse mais atormentada com o leite", escreveu
Perpétua no diário que foi fazendo até o dia da sua morte. Narra em seguida uma
visão em que lhe apareceu seu irmão Dinócrates, ao sair do Purgatório graças às
suas orações, e outra em que lhe foi prometida a assistência divina no último
combate.
Felicidade receava que, devido ao seu estado, não lhe
permitissem morrer com a companheira, mas, três dias antes dos espetáculos
públicos, deu à luz. Como as dores do parto lhe arrancassem gritos, um dos
carcereiros observou-lhe: "Se tu te lamentas já dessa maneira, que será
quando fores lançada às feras?". "Hoje sou eu que sofro, respondeu a
escrava; nesse dia, sofrerá por mim Aquele por quem eu sofro". Deu à luz
uma menina que foi adotada por uma mulher cristã.
Perpétua e Felicidade entraram alegremente no anfiteatro com
os três companheiros. Envolveram-nas numa rede e entregaram-nas às arremetidas
duma vaca furiosa. O povo cansou-se depressa de ver torturar as duas jovens
mães, uma das quais ia perdendo o leite, e pediu que se acabasse com aquele
espetáculo. Abraçaram-se então pela última vez. Felicidade recebeu o golpe de
misericórdia impavidamente. Perpétua caiu nas mãos dum gladiador desastrado que
falhou o golpe, "tendo-se visto ela própria na necessidade de dirigir
contra o pescoço a mão trêmula do gladiador inexperiente". Estes martírios
deram-se na era de 203.
A santidade é uma graça que o Espírito Santo quer dar a todos,
porém, é Ele que vai no tempo d'Ele manifestando para o mundo este dom dado a
quem luta diariamente. Por exemplo, Santa Rosa - que lembramos neste dia -
muito cedo começou a externar atitudes extraordinárias de coragem e amor ao
Senhor.
Nasceu em Viterbo, no ano de 1233, numa pobre e humilde
família; quando tinha apenas três anos conta-se que pela sua oração Jesus
reviveu uma tia. Com sete anos, Rosa pegou uma forte doença que acabou sendo um
meio para sua vida de consagração, pois Nossa Senhora apareceu a ela,
restituindo sua saúde e chamando-a à uma total entrega de vida.
Santa Rosa, antes mesmo de alcançar idade, resolveu
livremente vestir um hábito franciscano, já que sua meta era entrar na Ordem de
Santa Clara de Assis. Menina cheia do Espírito Santo, não ficou parada diante
dos hereges cátaros, que semeavam a rejeição às autoridades.
Com apenas doze anos, era instrumento eficaz nas mãos do Pai
Celeste, por isso anunciava o Evangelho e denunciava as artimanhas de satanás.
Banida pelo imperador, continuou profetizando. Com o falecimento do imperador,
ela voltou como heroína para Viterbo. Mesmo sem ser aceita com dezesseis anos
pelas Irmãs Clarissas, Santa Rosa perseverou no caminho da santidade e, aos
dezoito anos, foi acometida de uma doença que a levou para a Eterna Morada de
Deus.
O santo de hoje nasceu no século XVII, e muito cedo descobriu
seu chamado a uma consagração total. Pensou na vida sacerdotal, mas percebeu
que muitos buscavam o sacerdócio somente para obter honras e dignidades.
João José discerniu melhor, e descobriu que Deus o queria um
religioso. Assim, partiu para a vida eremítica, segundo a Ordem de São Pedro de
Alcântara. Ele viveu uma vida de oração profunda, se alimentando e dormindo
somente o necessário.
Recebendo a confiança de seus superiores, foi enviado para
Piemonte, em Ávila, para começar um novo mosteiro. E de maneira braçal, iniciou
a construção. Com sua perseverança, a Providência Divina e a ajuda do povo,
construiu o mosteiro.
Recebeu de Deus o dom dos milagres, e muitos o buscavam.
João José da Cruz sempre apresentava o Senhor Jesus e levava o povo à oração.
Mesmo sendo patrono da juventude da Lituânia, o santo de
hoje é modelo para todas as idades. Seu nome significa 'comandar'. De fato, com
a graça de Deus e muito esforço, foi comandando ao longo de sua vida, todo o
pensar, todo falar, todo o querer para Deus.
Filho do rei da Polônia e de família católica, Casemiro
nasceu no ano de 1454. Com a ajuda da oração, da penitência, da direção
espiritual e até do Papa do seu tempo, ele pôde discernir que seu chamado não era
suceder ao seu pai. Renunciou ao trono, mas não deixou de ser solidário à
realidade paterna, às necessidades do reino, sendo braço direito no governo de
seu pai.
Teve toda uma vida de ascese e sacrifício, sendo modelo para
a juventude.
Os santos de hoje foram mártires no século III. São Marino
era oficial romano, mas sobretudo, cristão. Já tinha feito seu caminhar com
Cristo, estando em constante aprofundamento. No Império, não era reconhecido
como cristão, e nem era possível uma evangelização aberta. Mas com sua vida,
seu jeito profissional de ser, comunicava a verdade e o amor. Era cogitado para
ocupar uma posição chave: a de centurião romano na Cesareia.
Outros queriam esse cargo, e sabiam que ele era cristão. Por
isso, um deles levantou uma lei antiga,onde para assumir o cargo era preciso
antes sacrificar aos deuses. Imediatamente, Marino revelou publicamente que não
poderia fazer isso e professou sua fé. Pela admiração que muitos tinham por
ele, não o mataram na hora. Deram a ele três horas para escolher entre
apostatar da fé ou morrer.
Ao sair do pretório, encontrou-se com o bispo Teotecno que o
levou à igreja e, apontando-lhe para uma espada e para o Evangelho, o motivou a
fazer uma escolha digna de cristão. O oficial livremente abraçou o Evangelho.
Passado o tempo, as autoridades o quiseram ouvir. Marino
permaneceu fiel por amor a Cristo e à Igreja e acabou sendo degolado. Isto no
ano de 260.
De repente, Astério se aproximou do corpo, cobriu-o e
enterrou o oficial. Ele sabia que isso poderia levá-lo ao martírio também. E
foi o que aconteceu.
O testemunho deles nos convida a evangelizarmos a partir da
nossa vida, e em todos os lugares da sociedade, e a nunca renunciarmos nossa
fé, mesmo que o martírio nos espere.