sábado, 16 de julho de 2022

Santo Arnulfo de Metz - 18.07.2022 - santo do dia




Santo do dia



Santo Arnulfo de Metz


Hoje a Igreja celebra a memória litúrgica do bispo e monge Santo Arnulfo, padroeiro dos cervejeiros. Responsável por educar um rei nos caminhos da justiça e da fé cristã.

Nascido em Metz, na antiga província romana da Gália – atual França, no ano 582, Arnolfo pertencia a uma importante família nobre e cristã. Pode estudar e se casou com uma aristocrata chamada Doda. Tiveram dois filhos. A região da Gália, na época, era dominada pelos francos, um povo bárbaro, e dividia-se em diversos reinos que guerreavam entre si.

Um desses reinos era a Austrásia, governada pelo rei Teoberto II, para quem Arnolfo trabalhava. Quando o monarca morreu, todos seus descendentes e familiares foram assassinados por ordem de Clotário II, rei franco que desejava incorporar o reino deles a seus domínios.

Mesmo em meio a esse trágico cenário, Arnulfo permanecia um homem de fé inabalável, correto e justo. Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama que Arnolfo como um cristão de boa conduta, fez dele seu conselheiro, confiando também ao santo a educação de seu filho, Dagoberto.

Sob os cuidados de Arnolfo, o príncipe foi educado dentro dos costumes, da piedade e do amor cristão. Esse preparo fez com que Dagoberto, mais tarde ao assumir o trono, se tornasse um dos reis católicos mais justos da história.

Apesar de ser conhecido como um homem impaciente, em seu governo o novo monarca adotou uma postura conciliadora, que evitava conflitos com outros povos e reinos. Tinha também a seu lado os sábios conselhos de Santo Elígio, que assim como Arnulfo havia servido a seu pai, Clotário II.

Apesar de ser casado e possuir família, Arnolfo foi consagrado bispo de Metz, sua cidade natal. Na época a Igreja não tinha ainda um parecer uniforme sobre a questão do celibato, então não era incomum que pais de família pudessem exercer funções eclesiásticas, como o bispado. Havia sido o caso de Santo Agostinho dois séculos antes.

Temendo não ser digno da função de bispo, Arnolfo atirou seu anel no rio Mosela, pedindo a Deus que se o perdoava pelos pecados que havia cometido, faria com que o anel retornasse. E ele retornou, sendo encontrado dentro do ventre de um peixe.

Embora fosse leigo, Arnulfo tornou-se um dos grandes bispos de sua época. Como chefe da diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e Reims.

Seu filho, Clodolfo, também se tornaria bispo e assumiria a diocese de Metz, enquanto seu outro filho, chamado Ansegiso, tornou-se um dos primeiros mestres do palácio da Era Carolíngia – que representou o renascimento da Europa após o conturbado período que se seguiu à queda do Império Romano. Um dos descendentes de Arnolfo seria o grande Carlos Magno.

Santo Arnulfo é considerado o padroeiro dos cervejeiros. Durante uma peste que atingiu a região de Metz, contaminando a água e adoecendo as pessoas que a consumiam, o bispo orientou os fiéis a não mais consumirem as águas contaminadas. Ao invés disso, poderiam substitui-la por cerveja enquanto a doença perdurasse, pois no processo de fabricação da cerveja, o aferventamento e fermentação eliminavam os germes transmissores da enfermidade.

Numa passagem pelas cidades de Oostende e Bruges, na Bélgica, também atingidas pela peste, o santo mergulhou um crucifixo em um tonel de cerveja, assegurando às pessoas que naquele momento a bebida era mais segura para o consumo do que a água.

Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na corte para ingressar em um mosteiro fundado por seu amigo Romarico, que também havia vivido na corte real e deixado essa vida para trás. De maneira serena, Arnulfo viveu o restante de seus dias, dedicando-se à caridade, penitência e oração.

Faleceu no dia 18 de julho de 641, no mosteiro. Assim que a notícia de sua morte chegou à cidade de Metz, a população reclamou o corpo de Arnolfo, depositando-o na basílica que adotou para sempre o nome do santo.

No traslado de seu corpo, vários fiéis que ajudavam a carrega-lo sentiram-se cansados e pararam em uma taverna na cidade de Champignuelles para comprar cerveja.

Descobriram que havia apenas uma garrafa para ser compartilhada entre todos. Enquanto desencasavam e saciavam a sede dividindo a bebida, milagrosamente a quantidade de cerveja não diminuía. Esse feito foi atribuído a Santo Arnolfo, por esse motivo é venerado como padroeiro dos cervejeiros.


A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Estácio, Frederico de Ultrecht.

Fonte https://franciscanos.org.br/

Reflexão
Arnolfo era um homem de fé inabalável, correto e justo. Numa época onde a disciplina da Igreja ainda estava sendo formada, Arnolfo soube conjugar sua vida pública com seus compromissos com a evangelização. Foi um homem de seu tempo, preocupado com as pessoas. Sempre procurou encontrar soluções humanas e cristãs para os problemas do seu povo. Que nós também saibamos ocupar nosso lugar na sociedade, levando à todos os ambientes a boa nova de Jesus Cristo.
Oração
Deus de amor e misericórdia, que cumulaste são Arnolfo com seus melhores dons, dai-nos seguir seu exemplo e imitar suas ações, levando os homens e mulheres ao compromisso cristão com as questões do tempo atual. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Fonte https://www.a12.com/

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Inácio de Azevedo e companheiros - 17.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


Inácio de Azevedo e companheiros


Beato Inácio de Azevedo e companheiros mártires

Inácio de Azevedo nasceu em Portugal, na cidade do Porto, em 1527. Seus pais, Manuel e Violante, eram descendentes de famílias lusitanas, ricas e poderosas. Desde pequeno foi educado sob preceitos cristãos e recebeu também vasta cultura acadêmica. Aos dezoito anos, tornou-se administrador dos bens da família, pois tinha inteligência acima da média.

Mas sua vocação era a religião. Após um retiro na cidade de Coimbra, entrou para a Companhia de Jesus em 1548. Cinco anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal. Seus estudos eram tão avançados e seus conhecimentos tão extensos que, mesmo sem terminar o curso de teologia, foi nomeado reitor do Colégio Santo Antonio, em Lisboa.

Em 1565, foi escolhido pelos jesuítas para representá-los, em Roma, na eleição do novo geral, que era ninguém menos que o próprio Francisco Borja, hoje santo. Admirado com a capacidade de Inácio, deu-lhe a incumbência de vistoriar as missões jesuítas nas Índias e no Brasil. Tal viagem de inspeção durou três anos.

No Brasil, a evangelização começara havia apenas dezesseis anos, mas o trabalho dos jesuítas dava frutos em profusão. A Companhia de Jesus já estava presente em sete tribos no interior e, no litoral, possuía escolas e seminários.

Ao voltar, Inácio relatou ao geral que o trabalho ia muito bem, mas poderia render ainda mais se houvesse um número maior de missionários. Recebendo autorização do superior, recrutou jesuítas na Espanha e Portugal. Após cinco meses de preparativos, ele e mais trinta e nove companheiros partiram para o Brasil, em 5 de junho de 1570, num navio mercante.

Na mesma data, partiu também uma embarcação de guerra comandada por dom Luis Vasconcelos, governador do Brasil, onde seguiam mais trinta jesuítas. Oito dias depois, os dois navios pararam na ilha da Madeira, para esperar ventos mais fortes e melhor direcionados. O navio de guerra ali permaneceu, mas o capitão do mercante, que era Inácio, resolveu zarpar em direção às ilhas Canárias.

Apesar dos boatos da existência de piratas calvinistas no caminho, que estariam no encalço dos jesuítas, ele não quis ouvir os conselhos de não seguir viagem. Inácio e seus parceiros preferiram permanecer a bordo e não desistir, pois não temiam a morte. Ela, de fato, os encontrou em alto mar. O navio foi atacado pelo corsário calvinista francês Jacques Sourie, que partira de La Rochelle, justamente no encalço dos missionários. O navio foi dominado, os tripulantes e demais passageiros poupados, mas todos os jesuítas foram degolados imediatamente. Era o dia 15 de julho de 1570.

O culto a Inácio de Azevedo e companheiros foi aprovado pelo papa Pio IX em 1854. A festa ocorre no dia do trânsito dos quarenta de jesuítas martirizados pelas mãos de piratas calvinistas. São venerados como os “Mártires do Brasil”.

Fonte https://franciscanos.org.br/

Oração
Deus, nosso Pai, vós sois aquele que tudo vê, tudo escuta, tudo faz, tudo cria, se revelando sem se mostrar. Dai-nos a retidão no falar e no agir, a compaixão no acolher e a dedicação em servir, pois realizar essas coisas é participar das vossas bem-aventuranças. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Fonte https://www.a12.com/

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Santa Maria Madalena Postel - 16.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


Santa Maria Madalena Postel






No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia, França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina, tendo como padrinho aquele rico proprietário.

Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza, estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.

De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças, jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da época, que desconhecia a palavra “pastoral”. Era solicitada sempre pelos mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.

A Revolução Francesa chegou arrasadora, em 1789, declarando guerra e ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas. Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação religiosa estava clara.

A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das Filhas da Misericórdia, em Cherbourg. Ao proferir seus votos, escolheu o nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade. Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, passando a servir como enfermeiras.

Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação. Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo cristão.

Foi beatificada em 1908, e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925. Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia 17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa Maria Madalena Postel.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Vitalino e Hilarino.

Fonte https://www.a12.com/

Oração
Oração a Nossa Senhora do Carmo
A igreja celebra no dia 16 de julho, a memória de  Nossa Senhora do Carmo, flor do Carmelo. Peça uma graça através desta oração:

 
Ó Bendita e Imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo

Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário

Olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa maternal proteção

Fortificai minha fraqueza com vosso poder.

Iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria

Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade

Ornai minha alma com as graças e as virtudes que a torne agradável ao vosso divino Filho

Assisti-me durante a vida.

Consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença

E apresentai-me a Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado

E lá no céu eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda eternidade. Amém.

Fonte https://arqbrasilia.com.br/

quarta-feira, 13 de julho de 2022

São Boaventura de Bagnoregio - 15.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


São Boaventura de Bagnoregio

Bispo, cardeal e Doutor Seráfico da Primeira Ordem (1221-1274). Canonizado por Sixto IV no dia 14 de abril de 1482.

João de Fidanza, filho de João de Fidanza e Maria Ristelli, nasceu em Bagnoregio, do distrito de Viterbo, dos Estados Pontifícios, em 1221. Curou-se na infância de grave doença, depois de uma invocação a São Francisco de Assis feita por sua mãe, a que faz referência o próprio São Boaventura (Sermo de B. Francisco, serm.3).

Pelo ano 1234 seguiu para a Faculdade das Artes, de Paris, onde se graduava pelo ano 1240. Ingressou aos 17 anos na Ordem dos Franciscanos, onde assumiu o nome de Boaventura. Talvez estivesse motivado pela devoção a São Francisco que lhe vinha da infância, e ainda pela admiração a Alexandre de Hales, por quem se deixara orientar doutrinariamente, enfim pelo apreço em que levava o espírito da Ordem, como se infere de suas mesmas palavras.

A teologia a estudou provavelmente sob Alexandre de Hales (+ 1245), porque o chama de pai e mestre. Boaventura principia o magistério em 1248 como bacharel bíblico, com o Comentário ao Evangelho de S. Lucas; conforme os estatutos da Universidade, dois anos depois, como bacharel sentenciário, explicaria a Sentenças, o que teria feito, então, em 1250 e 1251; na mesma sequência deveria chegar ao doutorado em teologia em 1253. Frente às dificuldades criadas então aos religiosos, parece que Boaventura só conseguiu o reconhecimento do título em 1257.

Mas, abandonou exatamente, então, o magistério, passando então ao posto de Geral da Ordem franciscana; tinha 36 anos. Dedicou-se à causa da Ordem, à sua espiritualidade e à pregação em geral. Em 1273 foi feito cardeal e bispo de Albano.

Exerceu especiais incumbências no Concílio de Lyon, quando foi conseguida a união com a Igreja Grega (6-7-1274), a qual todavia foi precária. Oito dias após o Concílio faleceu o cardeal (14-7-1274). Foi canonizado em 1482 e declarado doutor da Igreja em 1587.

Boaventura chegara mais cedo a Paris que São Tomás; enquanto o primeiro se graduava em artes em Paris em 1240, Tomás chegará a Paris em 1245, para seguir em 1248 para Colônia. Boaventura completa o tirocínio para a conquista do grau de mestre em 1253, Tomás, que retornara a Paris, lecionou ali de 1252 a 1259, depois seguindo para a Itália (1259-1268).

Cessou, porém o magistério de Boaventura em 1257. Entretanto Boaventura não paralisou as suas preocupações intelectuais. Foi a um tempo, um homem de estudo, de ação e além de místico. Não participou das controvérsias tomistas de 1270, mas apoiou tacitamente a oposição, que era agostiniana.

A obra literária de S. Boaventura é relativamente grande, principalmente tendo em consideração que lecionou apenas 10 anos (1248-1257), de quando datam os livros do tipo escolar. São de interesse filosófico:


Comentários sobres as Sentenças (c. 1248-1255);
Quaestiones disputates, sendo 7 De scientia christi, 8 de Mysterio Trinitatis, 4 de perfectione evangelica;
Itinerarium mentis ad Deum (1259);
Breviloquium (antes de 1257);
De reductione artium ad theologiam;
e os tratados sobre os Tópicos, Meteoros, e De generatione de Aristóteles.

Deixou também numerosos sermões e escritos de natureza mística. São Boaventura morreu no dia 15 de julho do ano de 1274.

ORAÇÃO – Concedei-nos, Pai todo-poderoso, que, celebrando a festa de São Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e imitemos sua ardente caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Justa, Rosália e Charbel.

Fonte https://franciscanos.org.br/


Reflexão
Frei Boaventura escreveu: "É bastante aos homens receber a graça de amar a Deus. Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais do que um professor de teologia". Dotado de bom senso, prático e especulativo ao mesmo tempo, Boaventura soubera enxertar no sólido tronco franciscano os rebentos das novas gerações. A caridade é o fundamento da doutrina teológica que frei Boaventura ensinou com sua palavra e escritos. Possamos nós também cultivar a virtude da caridade fraterna.
Oração
Senhor Jesus, fazei que minha alma tenha fome de Vós, Pão dos anjos, Alimento das almas santas, Pão nosso de cada dia, cheio de força, de toda a doçura e sabor, e de todo o suave deleite. Ó Jesus, a quem os anjos desejam contemplar, tenha sempre o meu coração fome de Vós, e o interior de minha alma transborde com a doçura do vosso sabor; tenha sempre sede de Vós, fonte de vida, manancial de sabedoria e de ciência, rio de luz eterna, torrente de delícias, abundância da Casa de Deus. Amém.

Fonte https://www.a12.com/

terça-feira, 12 de julho de 2022

São Camilo de Léllis - 14.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


São Camilo de Léllis


Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no Sul da Itália.

Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.

Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.

Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.

O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.

Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.

Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.

Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.

Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com “mão de ferro” e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.

Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Francisco Solano e Gaspar de Bene

Fonte https://franciscanos.org.br/

Reflexão
A bula da canonização enaltece a virtude da caridade em são Camilo. A caridade chegou-lhe ao extremo por ocasião da peste em Roma. Embora doente e sofrendo dores horríveis no pé, ia de casa em casa, procurando, socorrendo e consolando os pobres doentes. Numerosos são os casos, em que foi visto levando às costas os doentes ao hospital, onde os tratava com o maior carinho.
Oração
Ó São Camilo, que imitando Jesus Cristo, destes a vida pelos vossos semelhantes, dedicando-vos aos enfermos, socorrei-me na minha doença, aliviai minhas dores, fortalecei meu ânimo, ajudai-me a aceitar os sofrimentos, para purificar-me dos meus pecados. Amém!

Fonte https://www.a12.com/

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Santo Henrique - 13.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


Santo Henrique






Henrique, primogênito do duque da Baviera, nasceu num belíssimo castelo às margens do rio Danúbio, em 973, e recebeu o mesmo nome do seu pai. Veio ao mundo para reinar, desfrutando de todos os títulos e benesses que uma corte imperial pode proporcionar ao seu futuro soberano, com os luxos e diversões em abundância. Por isso foi uma grata surpresa para os súditos verem que o jovem se resguardou da perdição pela esmerada criação dada por sua mãe.


Seu pai, antes conhecido como “o briguento”, abriu seu coração à orientação da esposa, católica fervorosa, que anos depois seu apelido foi mudado para “o pacífico”. Assim, seus filhos receberam educação correta e religiosamente conduzida nos ensinamentos de Cristo. Um dos irmãos de Henrique, Bruno, foi o primeiro a abandonar o conforto da corte para tornar-se padre e, depois, bispo de Augusta. Das irmãs, Brígida fez-se monja e Gisela, bem-aventurada da Igreja, foi mulher do rei Estêvão da Hungria, também um santo.

O príncipe Henrique, na idade indicada, foi confiado ao bispo de Ratisbona, são Wolfgang, e com ele se formou cultural e espiritualmente. A tradição germânica diz que, certa noite, Henrique sonhou com o seu falecido diretor espiritual, são Wolfgang, que teria escrito na parede do quarto do príncipe: “Entre seis”. Henrique julgou que morreria dali a seis dias, o que não ocorreu. Depois, achou que a morte o alcançaria dali a seis meses. Isso também não aconteceu. Mas, seis anos após o sonho, ele assumiu o trono da Alemanha, quando da morte de seu pai.

Por causa dos laços familiares, acabou sendo coroado também imperador de Roma, sendo consagrado pelo papa Bento VIII. Henrique II não poderia ter comandado o povo com mais sabedoria, humildade e cristandade do que já tinha. Promoveu a reforma do clero e dos mosteiros. Regeu a população com justiça, bondade e caridade, frequentando com ela a santa missa e a eucaristia. Convocou e presidiu os concílios de Frankfurt e Bamberg. Realizou ainda muitas outras obras assistenciais e sociais.

Ao mesmo tempo que defendia o povo e a burguesia contra os excessos de poder dos orgulhosos fidalgos, estabeleceu a paz com Roberto, rei da França. Com o fim da guerra, reconstruiu templos e mosteiros, destinando-lhes generosas contribuições para que se desenvolvessem e progredissem. Enfim, ao lado da esposa Cunegundes, agora santa, concedeu à população incontáveis benefícios sociais e assistenciais, amparando os mais necessitados e doentes. O casal chegou a fazer voto eterno de castidade, para que, com mais firmeza de espírito, pudessem dedicar-se apenas a fazer o bem ao próximo.

Henrique II morreu em 13 de julho de 1024 e foi sepultado em Bamberg. Foi canonizado em 1152, pelo papa Eugênio III. Talvez o rei são Henrique II seja um dos santos mais queridos da Alemanha, ao lado de sua esposa.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Henrique I, Angelina de Marsciano e Joel.
Fonte https://franciscanos.org.br/

Oração
Deus misericordioso, concede-nos pela intercessão de Santo Henrique, inundados da docilidade de teu espírito, proclamemos no mundo, por palavras e obras, o Evangelho do Amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Fonte https://www.a12.com/

domingo, 10 de julho de 2022

São João Gualberto - 12.07.2022 - santo do dia




Santo do dia


São João Gualberto


João Gualberto, membro da ilustre e nobre família dos Visdomini, nasceu por volta do ano 1000 na Itália, na região da Toscana, em Florença. João Gualberto, segundo filho dos Visdonini, nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, Gualberto e dona Villa. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai os fez perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.

Ainda jovem, cheio de energia e fortemente abalado emocionalmente pelo assassinato de seu irmão Ugo, assume com determinação e obstinação o empenho de vingar e defender a honra ultrajada de sua família.

Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto saía armado e com seus homens à procura do inimigo. Na Sexta-Feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.

Contam os biógrafos que, ouvido seu pedido em nome do Senhor, João Gualberto jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante, foi à igreja de São Miniato, onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato. E foi ali que João Gualberto ouviu o chamado: “Vem e segue-me”. Depois desse prodígio, ocorrido na presença de muitos fiéis, uma grande paz invadiu sua alma e ele abandonou tudo para ingressar no mosteiro beneditino da cidade.

Nos anos seguintes, João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Só então aprendeu a ler e a escrever, pois para um nobre de sua época o mais importante era saber manusear bem a espada. Adquiriu o dom da profecia e dos milagres, sendo muito considerado por todos. Em 1035, com a morte do abade, ele foi eleito por unanimidade o sucessor, mas renunciou de imediato quando soube que o monge tesoureiro havia subornado o bispo de Florença para escolhê-lo como o novo abade.

Indignado, passou a denunciá-los e combate-los, auxiliado por alguns monges. Mas as ameaças eram tantas que decidiu sair do mosteiro.

João Gualberto foi para a floresta dos montes Apeninos, numa pequena casa rústica encontrada na montanha Vallombrosa, sobre o verde Vale do Arno, seguido por alguns monges. O local começou a receber inúmeros jovens em busca de orientação espiritual, graças à fama de sua santidade. Foi assim que surgiu um novo mosteiro e uma nova congregação religiosa, para a qual João Gualberto quis manter as Regras dos monges beneditinos.

No início, o papa aceitou com reserva a nova comunidade, mas depois a Ordem dos Monges Beneditinos de Vallombrosa obteve aprovação canônica. Dali os missionários, regidos pelas Regras da Ordem Beneditina reformada, se espalharam para evangelizar, primeiro em Florença, depois em várias outras cidades da Itália.

Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às Regras da Ordem, João Gualberto implantou no Vale de Vallombrosa um centro tão avançado e respeitado de estudos que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos. Todos oravam e trabalhavam a terra, replantando os bosques do Vale e plantando o alimento do mosteiro, por isso são considerados precursores da agricultura autossustentável.

Considerado herói do perdão, João Gualberto fundou outros mosteiros, inclusive o de Passignano, na Úmbria, onde morreu no dia 12 de julho de 1073. Nos séculos seguintes, esses monges se especializaram em botânica, tanto assim que foram convidados para fundar a cátedra de botânica na célebre Universidade de Pavia. Enquanto isto, as de Pádua, de Roma e de Londres buscavam naqueles mosteiros os seus mais capacitados mestres no assunto.

Canonizado em 1193, são João Gualberto foi declarado Padroeiro dos Florestais, pelo Papa Pio XII, em 1951.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: São Jones, João Wall e Epifânia

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12 de Julho é dia de:
São João Gualberto


João Gualberto nasceu no ano de 995 em Florença. Foi educado num dos castelos dos pais, nobres e cristãos. A mãe cuidou do ensino no seguimento de Cristo. O pai fez dos filhos perfeitos cavaleiros, hábeis nas palavras e nas armas, para administrar e defender o patrimônio e a honra da família.

Mas a harmonia acabou quando o primogênito da família foi assassinado. Buscando vingar o irmão, João Gualberto vivia a procura do homicida. Na sexta-feira Santa de 1028, ele o encontrou vagando solitário, numa das estradas desertas da cidade. João Gualberto empunhou imediatamente sua espada, mas o adversário, desarmado, abriu os braços e caiu de joelhos implorando perdão e clemência em nome de Jesus.

Tocado pelo clamor do assassino, jogou a espada, desceu do cavalo e abraçou fraternalmente o inimigo. No mesmo instante foi à igreja de São Miniato onde, aos pés do altar, ajoelhou-se diante do crucifixo de Jesus. Diz a tradição que a cruz do Cristo se inclinou sobre ele, em sinal de aprovação pelo seu ato.

João Gualberto tornou-se um humilde monge, exemplar na disciplina às Regras, no estudo, na oração, na penitência e na caridade. Por causa de divergências internas, João Gualberto resolveu fundar o próprio mosteiro, segundo as regras de São Bento.

Seguindo com rigor a disciplina e austeridade às regras da ordem, João Gualberto implantou um centro tão avançado e respeitado de estudos, que a própria Igreja enviava para lá seus padres e bispos para aprofundarem seus conhecimentos.

Morreu no dia 12 de julho de 1073, na Úmbria. São João Gualberto é o Santo Padroeiro da Guarda e Engenharia Florestal. 

 Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Fonte https://franciscanos.org.br/

Reflexão
"Quando quiserem eleger um abade, escolham entre os irmãos o mais humilde, o mais doce, o mais mortificado". Estas palavras de João Gualberto revelam seu espírito abnegado e dedicado aos mais fracos. Que Deus nos conceda a docilidade deste monge e nos inspire sempre boas ações, sobretudo a virtude do perdão.
Oração
Amado São João Gualberto, que soubestes perdoar ao assassino de vosso irmão, intercedei por nossa Igreja. Que a cada minuto de nossas vidas sejamos ajudados pela misericórdia divina e por vós, para que aprendamos também nós a graça do perdão. Amém!
Fonte https://www.a12.com/