
São João de Capistrano - imagem da internet
São João de Capistrano — O Fogo da Verdade e o Espírito da Disciplina
João nasceu em 1386, na cidade italiana de Capestrano, em meio a tempos de perturbação espiritual e política. Desde jovem, distinguiu-se pela lucidez e pela sede de justiça, estudando direito em Perugia, onde chegou a exercer funções de magistrado. Contudo, o tumulto dos homens e as ambiguidades do poder despertaram nele uma inquietação mais profunda: percebeu que o verdadeiro governo não é o das leis externas, mas o da alma ordenada pela luz interior.
Prisioneiro em um conflito entre cidades, encontrou no silêncio do cativeiro a revelação de seu caminho. A provação tornou-se seu mestre. Ao sair, renunciou às honras e ingressou na Ordem dos Frades Menores, movido pelo desejo de servir ao Cristo com pureza e firmeza. Sua vida tornou-se exercício contínuo de disciplina, oração e discernimento.
João pregava com vigor, unindo clareza de pensamento e ardor espiritual. Sua palavra era chama que incendiava consciências, não pela força das emoções, mas pela coerência entre o que vivia e o que dizia. Ensinava que a verdade não precisa de ornamentos, apenas de coragem. Percorreu várias regiões da Europa, restaurando a fé, unindo os dispersos e exortando à retidão interior.
Em seu coração ardia o mesmo fogo que Cristo trouxe à terra — o fogo da consciência desperta, que separa o que é puro do que é ilusório. Combatia o erro sem ódio, sustentava a fé sem fanatismo e via na obediência à verdade a mais alta forma de liberdade. Viveu como guerreiro da luz e servo do espírito, morrendo em 1456, deixando aos séculos a herança da integridade e da força serena que nasce da comunhão com o Eterno.
Oração a São João de Capistrano
Faz-me firme na verdade que liberta,
e manso diante do peso do tempo.
Que eu seja chama que ilumina e não consome,
voz que desperta o adormecido e o medroso.
Conduze-me à ordem que nasce da alma,
onde o dever é alegria e o servir é paz.
Reflexão sobre a oração:
A oração a São João de Capistrano é um convite à clareza interior. Ela pede não o milagre exterior, mas a firmeza de espírito para sustentar a verdade quando tudo ao redor vacila. O fogo aqui não é destruição, mas consciência; a paz, não repouso, mas lucidez ativa. O santo ensina que servir é libertar-se do próprio ego e que a verdadeira força nasce do domínio de si mesmo. A alma que vive essa oração aprende a caminhar com coragem silenciosa, tornando-se instrumento da harmonia que sustenta o universo.
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