
São Celestino V - imagem da internt
Biografia Metafísica de São Celestino V
Pedro del Morrone nasceu em 1215, entre os vales austeros do sul da Itália, onde a terra sussurra ao céu e os ventos carregam orações ancestrais. Ainda jovem, foi chamado ao deserto interior: retirou-se à solidão das montanhas abruzas, onde a rocha e o silêncio foram seus mestres, e a oração, sua única linguagem. Ali, tornou-se monge eremita e depois fundador da Congregação dos Celestinos, irradiando um exemplo de vida ancorada na simplicidade, na penitência e no anseio ardente por Deus.
Mas a Providência o buscou onde ele se escondia. Em 1294, o Espírito soprou entre cardeais indecisos e, num gesto que parecia absurdo aos olhos do mundo, um homem que fugia dos palácios foi elevado ao trono pontifício. Pedro tornou-se Celestino V, Papa por breve tempo — apenas cinco meses — antes de renunciar, num ato de humildade radical e liberdade espiritual sem precedentes. Não fugiu por fraqueza, mas por fidelidade à sua verdade interior, onde a vontade de Deus ecoava mais forte que os clamores do mundo.
A história o julgou como fraco; mas os céus o reconheceram como um dos mais fortes. Sua vida foi uma epifania do paradoxo divino: a força que se revela na fraqueza, o poder que nasce do abandono, a glória que floresce no silêncio. Na noite da história, Celestino permanece como uma tocha que ilumina o caminho dos que escolhem a consciência em vez do aplauso, a eternidade em vez do prestígio.
Oração a São Celestino V
No ermo escutei Tua voz calada,
ó Celestino, luz despojada.
Renunciaste ao trono e ao rumor,
por ser só de Deus teu interior.
Ensina-me a reinar sem possuir,
e no silêncio, enfim, existir.
Reflexão sobre a oração
Esta oração em verso condensa o paradoxo da santidade: abdicar do mundo para abraçar o real. São Celestino V é apresentado como farol do despojamento, cuja grandeza não está no que assumiu, mas no que teve a coragem de deixar. Reinar sem possuir é viver com as mãos abertas, confiando que o essencial não se acumula, mas se recebe. O silêncio, aqui, não é ausência, mas plenitude — é onde o ser se reencontra com a Fonte. Orar com Celestino é aprender que a liberdade começa quando cessam os ruídos do ego e floresce a escuta da eternidade.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
Leia também:
#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão
#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração
#primeiraleitura #segundaleitura #santododia #vulgata