Santa Francisca Xavier
Cabríni
22 de Dezembro
Chamada por Pio XII de
"heroína dos tempos modernos", Santa Francisca nasceu em Sant'Angelo
de Lódi, na Lomabardia, Itália, em 1850. Última dos 13 filhos de Agostinho
Cabríni e Estela Oldini, recebeu no batismo o nome de Maria Francisca, ao qual
mais tarde ajuntou o de Xavier, pelo seu amor e veneração ao apóstolo das
Índias.
Aos 11 anos fez voto de
castidade. Seguiu a carreira do magistério com as religiosas Filhas do Sagrado
Coração de Jesus, em Arluno, terminando-a aos 18 anos. Sentindo vocação divina,
pretendeu entrar para essa Congregação religiosa, mas foi recusada por falta de
saúde.
Exerceu durante dois anos o
cargo de professora primária em Vidardo e durante três anos dedicou-se na sua
terra à instrução religiosa da juventude e ao tratamento dos enfermos e daqueles
que eram atingidos pela peste. Aos 23 anos tentou mais uma vez ser religiosa
nas Filhas do Sagrado Coração, mas de novo obteve uma negativa.
Após isso, Santa Francisca
transladou-se à "Casa da Providência" em Codogno, a fim de a
reformar, pois estava em franca decadência. Fez a profissão em 1877 e a partir
disso, em meio a grandes tribulações e sofrimentos, ela encontrou as sete
primeiras companheiras de sua futura Obra.
Três anos mais tarde, fundou
uma nova Congregação religiosa. A 10 de novembro de 1880 alojou-se, com sete
companheiras, num desmantelado Convento franciscano, onde, a 14 do mesmo mês,
deu princípio ao novo Instituto, com a inauguração de uma capela em honra ao
Sagrado Coração de Jesus. Um mês mais tarde, a sua Obra recebia a aprovação
episcopal. Francisca contava então 30 anos.
Enquanto se dedicava com as
companheiras à educação das meninas e à catequização dos rapazes, foi compondo
as regras do seu Instituto, obra de prudência sobre-humana, que recebeu
aprovação episcopal em 1881 e a definitiva da Santa Sé em 1907. Em 1884, com 7
anos de vida, a Obra já contava com cinco casas.
Em 1887, partiu para Roma
onde, a princípio, só encontrou dificuldades e portas fechadas até que, com fé,
simplicidade e perseverança, Santa Francisca obteve a autorização do Cardeal
Vigário para construir uma escola gratuita para pobres fora da Porta Pia e um
asilo infantil na Sabina, em Aspra.
O problema da emigração
italiana para a América do Norte preocupava o então Bispo de Placença, Mons.
Scalabrini, que pediu à serva de Deus algumas das suas religiosas para irem
socorrer aqueles desamparados. Mas a virtuosa fundadora não se decidia a
responder, pois pensava nas Missões do Oriente. Foi então consultar o Papa Leão
XIII que, após ouvir Francisca, concluiu: "Não ao Oriente mas ao
Ocidente". E desde esse momento ficou decidida a sua partida para Nova
Iorque, a qual veio realizar pela primeira vez em 1889.
Quase aos 40 anos de idade,
começa uma série ininterrupta de viagens, percorrendo a América inteira,
transpondo a cavalo a Cordilheira dos Andes, sendo por toda parte conhecida
como a "Mãe dos emigrados". Ia de casa em casa, a procura da ovelha
perdida, do enfermo e da criança ignorante. Lutou denotadamente contra a fome,
as enfermidades e a própria morte.
Em 1912 fez a sua última
viagem de Roma a Nova Iorque. A santa fundadora das Missionárias do Sagrado
Coração morreu em Illinois, perto de Chicago, a 22 de dezembro de 1917, com 67
anos de idade. Igual era o número das casas que então deixara fundadas e que em
1938 subiam a mais de 100, com cerca de 4.000 religiosas.
A fama das suas virtudes e os
prodígios por ela operados fizeram que logo após a morte se começasse o
processo da sua beatificação, que veio a se realizar em 1938. Foi canonizada
pelo Papa Pio XII a 7 de julho de 1946.
Fonte: Canção Nova - internet youtube
Nenhum comentário:
Postar um comentário