São Martiniano
13 de Fevereiro
Nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Muito jovem,
discerniu sua vocação à vida de eremita; retirou-se a um lugar distante para se
entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também
pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho,
aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado
original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela
Misericórdia, pela força do Espírito Santo que ele se tornou santo.
Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano.
Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção
espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao
Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava
os enfermos.
Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama
de querer ser santo e ter a carnalidade sempre presente. Aconteceu que Zoé, uma
mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um
grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se
com vestes simples, pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Eles
dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa bem
sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano. Conta-nos a história
que ele caiu na tentação.
Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo
contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se,
penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de
Deus. Claro que o Senhor o perdoou.
Só há um pecado que Deus não perdoa: aquele do qual não
somos capazes de nos arrepender.
São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Ele
foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma,
também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e
consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula e ali se
santificou.
O santo, depois, foi para uma ilha; em seguida para Atenas,
na Grécia, e, no ano 400, partiu para a glória tendo recebido os sacramentos.
Santo não é aquele que "nunca pecou". A oração, a
vigilância e o mergulho da própria miséria na Misericórdia Divina é o que nos
santifica.
São Martiniano, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova
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