Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita
casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser
bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude,
tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração.
Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos
preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu
sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas
deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo
grande dor e sofrimento ao coração de Rita.
Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na
adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram
vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse
modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e
que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em
menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança.
Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua
vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância:
tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na
Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa
a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João
Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do
convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita.
Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e
penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé
era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo,
estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em
silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade.
Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua
fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram
atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII
em 1900.
A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na
história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a
"santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o
mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente
como na do Oriente.
Fonte: Paulinas
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