Marcelino José Benedito Champagnat nasceu na aldeia de
Marlhes, próxima de Lion França, no dia 20 de maio de 1789, nono filho de uma
família de camponeses pobres e muito religiosos. O pai era um agricultor com
instrução acima da média, atuante e respeitado na pequena comunidade. A mãe,
além de ajudar o marido vendendo o que produziam, cuidava da casa e da educação
dos filhos, auxiliada pela cunhada, que desistira do convento. A família era
muito devota de Maria, despertando nos filhos o amor profundo à Mãe de Deus.
Na infância, logo que ingressou na escola, Marcelino sofreu
um grande trauma quando o professor castigou um dos seus companheiros. Ele
preferiu não freqüentar os estudos e foi trabalhar na lavoura com o pai. E
assim o fez até os quatorze anos de idade, quando o pároco o alertou para sua
vocação religiosa.
Apesar de sua condição econômica e o seu baixo grau de
escolaridade, foi admitido no seminário de Verrièrres. Porém, a partir daí,
dedicou-se aos estudos enfrentando muitas dificuldades. Aos vinte e sete anos,
em 1816, recebeu o diploma e foi ordenado sacerdote no seminário de Lion.
Talvez por influência da sua dura infância, mas movido pelo
Espírito Santo, acabou se dedicando aos problemas e à situação de abandono por
que passavam os jovens de sua época, no campo da religião e dos estudos.
Marcelino rezou e meditou em busca de uma resposta a esses problemas que
antecederam e anunciavam a Revolução Francesa.
Numa visita a um rapaz doente, descobriu que este, além de
analfabeto, nada sabia sobre Deus e sobre religião. Sua alma estava angustiada
com tantas vidas sem sentido e sem guia vagando sem rumo. Foi então que liderou
um grupo de jovens para a educação da juventude. Nascia, então, a futura
Congregação dos Irmãos Maristas, também chamada de Família Marista, uma Ordem
Terceira que leva o nome de Maria e sua proteção.
Sua obra tomou tanto vulto que Marcelino acabou por
desligar-se de suas atividades paroquiais, para dedicar-se, completamente, a
essa missão apostólica. Determinou que os membros da Congregação não deveriam
ser sacerdotes, mas simples irmãos leigos, a fim de assumirem a missão de
catequizar e alfabetizar as crianças, jovens e adultos, nas escolas paroquiais.
Ainda vivo, Marcelino teve a graça de ver sua Família
Marista crescendo, dando frutos e sendo bem aceita em todos os países aonde
chegaram. Ainda hoje, temos como referência a criteriosa e moderna educação
marista presente nas melhores escolas do mundo.
Marcelino Champagnat morreu aos cinqüenta e um anos, em 6 de
junho de 1840. Foi beatificado em 1955 e proclamado santo pelo papa João Paulo
II em 1999. Ele é considerado o "Santo da Escola" e um grande
precursor dos modernos métodos pedagógicos, que excluem todo tipo de castigo no
educando.
Fonte: Paulinas
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