No dia 19 de maio de 1611, nasceu, na cidade de Como, na
Itália, aquele que se tornou o papa Inocêncio XI. Os pais, Livio Odescalchi e
Paula Catelli de Grandino, ambos de famílias influentes e da nobreza, batizaram
o menino com o nome de Bento Odescalchi.
Na infância, foi entregue para ser educado pelos jesuítas.
Aos onze anos, ficou órfão de pai e, aos dezenove, de mãe também. Orientado
pelo tio paterno, seguiu estudando direito em Nápoles e Roma. Em 1645, o papa
Inocêncio X nomeou-o cardeal diácono da Igreja e, em 1650, foi nomeado bispo de
Novarra. Depois, sucedeu esse sumo pontífice, passando a chamar-se Inocêncio
XI, em 1676.
Uma de suas primeiras atitudes ao assumir a direção da
Igreja foi advertir os cardeais sobre os males do nepotismo instaurado dentro
do clero. O resultado foi muito positivo, pois conseguiu acabar com o déficit
do tesouro da Santa Sé num período de dois anos.
Mas uma das maiores batalhas que o papa Inocêncio XI travou
foi com o rei francês Luiz XIV, que não respeitara os direitos da Igreja a
ponto de convocar uma assembléia dos bispos e padres franceses para promulgar
quatro artigos que reduziriam sensivelmente os poderes do papa sobre a Igreja
francesa. Entretanto Inocêncio XI atuou firmemente e anulou os quatro artigos
impostos pelo rei, e ainda puniu os bispos que assinaram tal documento.
Ele foi um papa voltado às carências e ao sofrimento dos
mais pobres. Ficou conhecido como "pai dos pobres". Era um homem
preocupado com a doutrina da fé e da moral. Também apoiou o rei polonês
Sobieski, que derrotou os turcos em Viena. Incentivava os fiéis à comunhão e
insistia na educação do clero e na reforma da vida dos monges.
O papa Inocêncio XI morreu no dia 12 de agosto de 1689 e foi
beatificado em 1956, pelo papa Pio XII, apesar dos veementes protestos e
resistência dos clérigos franceses.
Fonte: Paulinas
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