Santa Margarida Maria Alacoque - imagem da internet
Biografia de Santa Margarida Maria Alacoque
Santa Margarida Maria Alacoque nasceu em 22 de julho de 1647, em Verosvres, na França, em um tempo em que o silêncio da fé parecia ofuscado pelas disputas do mundo. Desde a infância, sua alma foi marcada por um senso profundo de interioridade e entrega. Doença e solidão moldaram nela uma disposição de recolhimento e escuta interior, tornando-se, pouco a pouco, um espelho da Presença que habita no coração humano. Ao ingressar na Ordem da Visitação, sua vida tornou-se um caminho de purificação e fidelidade à Voz que a conduzia ao centro do amor divino.
Foi agraciada com revelações místicas do Coração de Cristo, não como espetáculo da fé, mas como convite à união entre o humano e o eterno. Em seu silêncio, descobriu que a verdadeira força não está na reação, mas na permanência interior diante das provas. Cada dor se transformava em oferenda, cada humilhação em degrau para a liberdade interior. A chama que lhe ardia no peito não pedia reconhecimento, mas fidelidade.
Santa Margarida viveu a tensão entre o visível e o invisível com a serenidade de quem reconhece que toda alma é chamada a ser templo do Amor. Sua missão foi revelar que o coração humano, purificado pela entrega, torna-se morada viva do Divino. Partiu deste mundo em 17 de outubro de 1690, deixando um testemunho que ultrapassa o tempo: o de que a verdadeira devoção é um estado de consciência em que o amor se faz lei, e o sacrifício, caminho de plenitude.
Oração a Santa Margarida Maria Alacoque
Chama silenciosa, acende em mim o amor puro,
Coração que tudo sofre e tudo eleva,
Ensina-me a permanecer firme na paz,
A transformar dor em oferenda viva,
A ouvir, no íntimo, o murmúrio da Verdade,
E a amar sem medida, no tempo e no eterno.
Reflexão sobre a oração
Orar a Santa Margarida é despertar o fogo que dorme no coração e deixar-se conduzir pelo amor que não exige retorno. Cada palavra pronunciada é uma oferenda que une o humano ao divino, o instante ao infinito. A oração se torna então um espelho de purificação: nela, o desejo se dissolve na vontade serena, e o espírito reencontra sua força. O silêncio que resta após o clamor é o verdadeiro altar onde habita a paz.
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