Pascásio Radbert foi personagem considerável no seu tempo.
Os historiadores da Teologia continuam a mencionar a teoria que ele imaginou
para "esclarecer" o mistério da presença de Jesus no Santíssimo
Sacramento. Como diplomata, viajou muito entre 822 e 834, para solucionar
questões da Igreja e tentar apaziguar os conflitos que punham em campo os
sucessores de Carlos Magno.
Era um enjeitado exposto no pórtico de Nossa Senhora de
Soissons no fim do século VIII. A abadessa Teodarda, prima direita de Carlos
Magno, recolheu-o e educou-o da melhor maneira que pôde. Sempre ele se referiu
à sua mãe adotiva com reconhecimento e veneração; apesar disso, deixou-a algum
tempo para se lançar em aventuras.
Converteu-se aos 22 anos, e foi então Adelardo, irmão de
Teodarda, abade de Corbie, que o recebeu entre os seus monges. Veio a ser um
célebre professor, que deu celebridade às escolas de Corbie.
Em 844, os seus colegas de elegeram-no como abade mas, sete
anos mais tarde, fizeram uma espécie de revolução que o obrigou a refugiar-se
noutra abadia. Não se afligiu. Nascera para ser escritor, e tinha várias obras
em preparação: "Que felicidade, dizia, ser lançado nos braços da filosofia
e da sabedoria, e poder de novo beber no meu outono o leite das Sagradas
Escrituras, que alimentou a minha juventude!"
Mas afinal os monges de Corbie acabaram por o chamar; voltou
a viver com eles como simples religioso, edificando-os com os exemplos e
continuando a escrever. Aí morreu a 26 de abril de 865.
São Pascásio, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova
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