Educado numa escola beneditina, Gerardo recebeu não só
instrução científica como também a formação religiosa: entregou-se de corpo,
alma e coração às ciências das leis de Deus e à salvação de almas. Aliás, só
por isso aceitou a proposta do santo monarca. Retirando-se com alguns
companheiros para um local de total solidão, buscou a inspiração entregando-se,
exclusivamente, à pratica da oração, da penitência e dos exercícios
espirituais. Mas assim que julgou terminado o retiro, e sentindo-se pronto,
dedicou-se com total energia ao serviço apostólico junto ao povo húngaro.
Falecendo o bispo de Chonad, o rei Estêvão I, imediatamente,
recomendou Gerardo para seu lugar. Mesmo contra a vontade, Gerardo foi
consagrado e assumiu o bispado, conseguindo acabar, de uma vez por todas, com a
idolatria aos deuses pagãos, consolidando a fé nos ensinamentos de Cristo entre
os fiéis e convertendo os demais.
Uma das virtudes mais destacadas do bispo Gerardo era a
caridade com os doentes, principalmente os pobres. Conta a antiga tradição
húngara que ele convidava os doentes leprosos para fazerem as refeições em sua
casa, acolhendo-os com carinhoso e dedicado tratamento. Até mesmo, quando
necessário, eram alojados em sua própria cama, enquanto ele dormia no duro
chão.
Quando o rei Estêvão I morreu, começaram as perseguições de
seus sucessores, que queriam restabelecer o regime pagão e seus cultos aos
deuses. O bispo Gerardo, nessa ocasião, foi ferido por uma lança dos soldados
do duque de Vatha, sempre lutando para levar a fiéis e infiéis a verdadeira
palavra de Cristo. Gerardo morreu no dia 24 de setembro de 1046.
As relíquias de são Gerardo Sagredo estão guardadas em
Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. E é festejado
pela Igreja Católica, como o "Apóstolo da Hungria", no dia de sua
morte.
Fonte: Paulinas
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