Nicolau é também conhecido por São Nicolau de Mira e de
Bari. Venerado, amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do
Oriente. Sem dúvida alguma, é o santo mais popular da Igreja. Ele é padroeiro
da Rússia, de Moscou, da Grécia, de Lorena, na França, de Mira, na Turquia, e
de Bari, na Itália, das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos
cativos e dos lojistas. Por tudo isso os dados de sua vida se misturam às
tradições seculares do cristianismo.
Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia
Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado bispo
de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu
apostolado também na Palestina e no Egito. Mais tarde, durante as perseguições
do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o
Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores,
o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325.
Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama de
taumaturgo que gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 6 de dezembro
de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa
peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu túmulo,
fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação.
O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio,
bispo de Constantinopla, que em 842 relatou todos os milagres atribuídos a são
Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte,
"Nicolau de Mira" se tornou "Nicolau de Bari". Em 1087, a
cidade de Bari, em Puglia, na Itália, sofria a subjugação dos normandos. E Mira
já estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos
desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais,
transferindo-as para Bari. O corpo de são Nicolau foi acolhido, triunfalmente,
pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro celestial. E ele não
decepcionou: por sua intercessão os prodígios e milagres ocorriam com grande
freqüência. Seu culto se propagou em toda a Europa. Então, a sua festa, no dia
6 de dezembro, foi confirmada pela Igreja.
A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito
ricos e extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à
virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite
materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando jovem, desprezava os
divertimentos e vaidades, preferindo freqüentar a igreja. Costumava fazer
doações anônimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres.
Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro
das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa
tradição veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi incluído
nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao nascimento do
Menino Jesus.
Mais tarde, quando já era bispo, um pai, não tendo o
dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casá-las, havia
decidido mandá-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa intenção,
encheu três saquinhos com moedas de ouro, o dote de cada uma das jovens, para
salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi à porta da casa daquele
pai, onde deixava o dote para uma delas. Existem muitas tradições e também
lendas populares que se criaram em torno deste santo, tão singelo e singular.
A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade
cristã, mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora,
também na da humanidade toda, porque perpetuada através dos comerciantes nas
vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa
Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, são Nicolau nos
exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e a alegria em
poder servi-los em nome de Deus.
Fonte: Paulinas
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