As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o
mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre
eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres,
ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar
com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo
morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava
Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a
cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio
foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma
certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de
alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com
promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o
adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria
direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o
dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de
Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa
Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas
outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e
Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros
de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo
Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua
devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália,
padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação
Católica na América Latina.
Fonte Paulinas
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