
São João Maria Vianney - imagem da internet
Biografia de São João Maria Vianney
Na eternidade da simplicidade, Deus quis plasmar em barro puro um reflexo vivo da misericórdia. João Maria Vianney nasceu em Dardilly, França, no ano de 1786, durante tempos de inquietação e trevas espirituais. Desde jovem, sua alma intuía a luz eterna e, mesmo com dificuldades nos estudos e resistência do mundo, sua vocação floresceu com a força de quem busca não o prestígio, mas a verdade.
Ordenado sacerdote por pura graça e perseverança, foi enviado à pequena vila de Ars, onde a fé havia se apagado. Ali, ele não ergueu monumentos, nem pronunciou discursos vistosos. Sua vida foi o altar. A oração, seu alimento. A Eucaristia, seu centro. E no confessionário — sua cruz fecunda — reconciliou milhares de almas com Deus, como quem toca as raízes invisíveis da Criação.
Vianney não impunha, iluminava. Não controlava, despertava. Sua autoridade brotava da transparência de seu ser: pobre, casto e obediente, tornara-se livre. Em cada penitente, reconhecia a centelha adormecida da eternidade. Com lágrimas, jejum e escuta, libertava não apenas da culpa, mas do esquecimento de si.
Elevado a um estado de comunhão profunda com o Infinito, viveu como um humilde mediador entre a terra sedenta e o céu generoso. Em sua figura frágil e consumida, resplandecia a força do espírito que se entrega por amor. Morreu em 1859, mas sua presença permanece como farol para todo aquele que busca, no silêncio do coração, o Absoluto que o chama.
Oração a São João Maria Vianney
Ó luz que em Ars brilhou no chão,
servo oculto em oração,
faz-me livre no dever,
manso em vez de convencer.
Que eu ame a alma que em mim clama
com o fogo que em ti se inflama.
Reflexão sobre a Oração:
Esta oração em versos é um eco do caminho de Vianney: ela não pede poder, mas liberdade interior; não clama por glória, mas por serviço amoroso. Quem reza assim busca não se elevar sobre os outros, mas descer à essência, onde toda vocação começa: na escuta do Espírito. É no silêncio da humildade que floresce a força que transforma o mundo — não pela imposição de ideias, mas pela irradiação de uma vida unificada com o Bem. Assim como Vianney, tornamo-nos instrumentos quando deixamos de ser centro, e permitimos que a Luz eterna se manifeste através de nós.
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