O papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que: depois do papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a cátedra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.
Zeferino foi o 14o papa a substituir são Pedro. Enfrentou um
período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias
entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios.
As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o
nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns
negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria
revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas o papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato
e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso
uniu-se aos grandes sábios da época, como santo Irineu, Hipólito e Tertuliano,
dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial.
Seu grande mérito foi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão
convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele
determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos
pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também
queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.
O papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs,
possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja.
Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e,
nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo
esse complexo deu origem às catacumbas, mais tarde chamadas de catacumbas de
Calisto.
Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela
intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja,
impostas pelo imperador Sétimo Severo.
O papa são Zeferino foi martirizado junto com o bispo santo
Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou
construir em Roma, Itália.
Fonte: Paulinas
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