Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da
Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem
dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as
informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da
Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da
Inglaterra oriental, a Estanglia.
Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele
território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida,
constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a
saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos:
Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados,
exigiam um resgate para não destruírem as vilas.
No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande
invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele
reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior
número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.
Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade
de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O
rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino.
Morreu traspassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de
870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a
Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma
bandeira.
Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o
seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração
tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado
padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua
morte.
As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em
Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge.
Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de
Santo Edmundo.
Fonte: Paulinas
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