A breve jaculatória que os cristãos recitam há mais de um
século: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”,
foi ditada pela Bem-Aventurada Virgem, no dia 28 de julho de 1830, a uma filha
da caridade.
“Vês os raios que saem das minhas mãos?”, perguntou-lhe a
Virgem; “são as graças que não me são pedidas”. E a convidou a fazer com que
aquela invocação fosse reproduzida em uma medalhinha e depois difundida entre
os fiéis. Esta é, em poucas palavras, a história da “medalha milagrosa”, a qual
teve e tem ainda ampla repercussão entre os devotos de Maria.
Por trás deste pequeno veículo das extraordinárias graças
derramadas por Maria sobre a humanidade está a humilde figura de Catarina
Labouré — santa que viveu à sombra uma existência silenciosa, mas produtiva, a
serviço dos pobres.
Quando tinha 12 anos, sonhou com um homem de face luminosa e
serena que ela não conhecia, o qual a chamou para este serviço. Viu-o depois
numa pintura, quando pela primeira vez entrou no convento das filhas da
caridade: era são Vicente de Paulo.
Catarina tinha uma numerosa família para cuidar, depois da
prematura morte da mãe. E quando o pai, um modesto proprietário rural, soube do
propósito da filha de tornar-se freira, opôs-se com todos os meios. Para
dissuadi-la de uma escolha que privaria a família da ajuda financeira, mandou-a
trabalhar em Paris, em um pequeno restaurante popular, freqüentado por
operários e por muitos rapazes que trabalhavam nas fábricas.
Em Paris, em contato com a pobreza, Catarina fez amadurecer
a própria vocação e, aos 23 anos, pôde finalmente ser acolhida entre as filhas
da caridade e dedicar-se aos pobres, aos velhos abandonados, aos meninos de
rua. Um serviço que ela não interrompeu nunca, pois o privilégio de ser
escolhida pela Virgem para difundir a “medalha milagrosa” não modificou sua
vida, feita de humilde e silencioso serviço aos pobres.
Fonte: Paulinas
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