Nas várias passagens bíblicas, podemos perceber que Jesus
possuía apóstolos escolhidos para testemunharem acontecimentos especiais na
vida do Redentor. Um era Tiago, o Maior, que constatamos ao seu lado na cura da
sogra de Pedro, na ressurreição da filha de Jairo, na transfiguração do Senhor
e na sua agonia no horto das Oliveiras.
Consta que, depois da ressurreição de Cristo, Tiago rumou
para a Espanha, percorrendo-a de norte a sul, fazendo sua evangelização, sendo
por isso declarado seu padroeiro. Mais tarde, voltou a Jerusalém, onde
converteu centenas de pessoas, até mesmo dois mágicos que causavam confusão
entre o povo com suas artes diabólicas. Até que um dia lhe prepararam uma
cilada, fazendo explodir um motim como se fosse ele o culpado. Assim, foi preso
e acusado de causar sublevação entre o povo. A pena para esse crime era a
morte.
O juiz foi o cruel rei Herodes Antipas, um terrível e
incansável perseguidor dos cristãos. Ele lhe impôs logo a pena máxima,
ordenando que fosse flagelado e depois decapitado. A sentença foi executada
durante as festas pascais no ano 42. Assim, Tiago, o Maior, tornou-se o
primeiro dos apóstolos a derramar seu sangue pela fé em Jesus Cristo.
No século VIII, quando a Palestina caiu em poder dos
muçulmanos, um grupo de espanhóis trouxe o esquife onde repousavam os restos de
são Tiago, o Maior, à cidade espanhola de Iria. Segundo uma antiga tradição da
cidade, no século IX o bispo de lá teria visto uma grande estrela iluminando um
campo, onde foi encontrado o túmulo contendo o esquife do apóstolo padroeiro. E
a Espanha, que nesta ocasião lutava contra a invasão dos bárbaros muçulmanos,
conseguiu vencê-los e expulsá-los com a sua ajuda invisível.
Mais tarde, naquele local, o rei Afonso II mandou construir
uma igreja e um mosteiro, dedicados a são Tiago, o Maior, com isso a cidade de
Iria passou a chamar-se Santiago de Compostela, ou seja, do campo da estrela.
Desde aquele tempo até hoje, o santuário de Santiago de Compostela é um dos
mais procurados pelos peregrinos do mundo inteiro, que fazem o trajeto a pé.
Essa rota, conhecida como "caminho de Santiago de
Compostela", foi feita também pelo papa João Paulo II em 1989. Acompanhado
por milhares de jovens do mundo inteiro, foi venerar as relíquias do apóstolo
são Tiago, o Maior, depositadas na magnífica catedral das seis naves, concluída
em 1122.
Fonte: Paulinas
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