Entre as múltiplas atividades deste santo lígure, da
província de Gênova, está uma associação de nome insólito por ter sido fundada
por um pároco, a “sociedade econômica”, embora de finalidades evangélicas.
Propunha-se, com efeito, a educar e assistir moralmente as jovens, confiadas
aos cuidados das “damas da caridade” — um nome igualmente inusitado, mudado em
1829 para o bem conhecido “filhas de Maria”. A congregação teve um rápido
desenvolvimento na América Latina, onde o padre Antônio durante suas visitas
era chamado pelo povo de “o santo das irmãs”.
Pároco de Chiavari de 1826 a 1838, não se confinou aos
limites de sua vasta paróquia. Um ano depois da nomeação já lançara as bases
para a fundação de uma congregação masculina, posta sob o patrocínio de santo
Afonso de Ligório, reunindo jovens sacerdotes para as missões populares e para
o amparo de paróquias particularmente necessitadas. Os missionários
“ligorianos” assumiram o nome de oblatos de santo Afonso.
Eleito bispo de Bobbio em 1837, introduziu na diocese as
reformas já promovidas como pároco de Chiavari, instituindo um seminário. Neste
reapresentava aos estudantes de filosofia e de teologia a negligenciada Summa
de são Tomás de Aquino, em um momento singular, em razão do avanço de um
positivismo ateu e de um racionalismo que se haviam infiltrado até mesmo entre
os estudiosos católicos.
Cuidou, pois, da formação do clero com mão enérgica,
removendo párocos pouco zelosos e recorrendo com freqüência à colaboração de
seus oblatos. Pastor vigilante, mas caritativo e compreensivo, tomista
convicto, mas não fechado às novas correntes do pensamento e à renovação da
filosofia escolástica, que naqueles anos fermentava em torno do grande pensador
e santo sacerdote Antônio Rosmini.
D. Gianelli morreu aos 57 anos, depois de uma vida
relativamente breve, mas intensa, dedicada com coração e espírito de missionário
às obras benéficas no campo religioso e social. Foi canonizado por Pio XII, a
21 de outubro de 1951.
Fonte Paulinas
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