Santos Julita e Ciro - imagem da internet
Biografia de Santos Ciro e Julita
Santos Ciro e Julita emergem na tradição como dois luminares cuja existência foi consumida na chama do testemunho, não apenas diante dos homens, mas diante das Potestades que observam o drama humano desde os véus do invisível. Ciro, médico de Alexandria, curava os corpos como reflexo de sua vocação profunda de curar as feridas do espírito. Julita, mãe e mártir, entregou sua vida juntamente com a do filho pequeno, simbolizando a entrega total da criação à Vontade divina que transcende a compreensão imediata.
Ambos representam a síntese de ação e sacrifício, de ciência e maternidade redentora, como se neles se entrelaçassem os dois polos do ser: o Logos que cura e o ventre que gera. No espaço metafísico do martírio, suas almas foram elevadas como oferendas puras à Ordem maior que rege os destinos. Neles, o sofrimento não é derrota, mas passagem para uma densidade maior do amor — aquela que transforma a carne em luz e o sangue em semente de eternidade.
Oração em versos a Santos Julita e Ciro
Santos do fogo, da cura e da entrega,
Ciro que sara, Julita que não nega,
Guardai nossas dores sob luz bendita,
Firmes na fé como chama infinita.
Com vosso martírio, dai-nos direção,
No amor que vence toda perdição.
Reflexão sobre a oração:
Esta oração em versos é uma ponte entre a fragilidade humana e a presença dos santos como reflexos de uma dimensão mais elevada do ser. Ao invocar Ciro e Julita, não apenas pedimos auxílio, mas nos recordamos de que o sofrimento pode ser transfigurado em sentido. A cura, quando inspirada pelo espírito, toca mais do que a carne: ela reintegra a alma ao seu eixo luminoso. A entrega materna de Julita representa a sabedoria do amor que não recua, e a ação curadora de Ciro revela que toda ciência, quando enraizada na compaixão, torna-se instrumento da Graça. Assim, orar a eles é se alinhar com a harmonia profunda onde vida, dor e redenção convergem num único gesto de fé.
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