
São Tomé - imagem da internet
Biografia de São Tomé
São Tomé, chamado Dídimo — o Gêmeo — representa, no mistério do ser, a alma que caminha entre o visível e o invisível, entre a dúvida que purifica e a fé que transcende. Sua incredulidade não é negação, mas desejo de autenticidade; é a sede do espírito que busca tocar o real com a inteireza do ser. Ao dizer “Meu Senhor e meu Deus!”, Tomé não apenas reconhece o Cristo Ressuscitado — ele se reconhece a si mesmo diante do Eterno.
Tomé é símbolo da consciência que evolui não por submissão, mas por liberdade: não se contenta com palavras, mas anseia pelo Verbo encarnado. É ele quem, diante da ausência, exige presença; diante do silêncio, clama por resposta. Por isso, Cristo não o rejeita, mas o acolhe, revelando que o toque do amor supera o véu da matéria.
Segundo a tradição, evangelizou regiões longínquas como a Pérsia e a Índia, tornando-se semente viva do Evangelho nos solos da diversidade humana. Sua figura ensina que a fé não é um salto no escuro, mas uma travessia iluminada pelo desejo de verdade, onde a liberdade encontra sua morada na eternidade.
Oração a São Tomé
São Tomé, que tocaste a Luz em dor e fervor,
Ensina-me a buscar com livre amor.
Que a dúvida me leve a encontrar,
A verdade que se pode tocar.
Guia meu espírito entre ver e crer,
Para que eu possa livremente crer.
Reflexão sobre a oração:
A oração a São Tomé é o eco da alma que se recusa a crer por conveniência. Ela pede que a dúvida seja o caminho da revelação e não da ruptura. No apóstolo, encontramos a imagem do ser humano que só se entrega ao Mistério quando sente que sua dignidade foi respeitada. Crer, aqui, é um ato de liberdade, onde o coração se une à razão para proclamar uma fé lúcida, não imposta. A oração é, portanto, o clamor de uma consciência que deseja a verdade não por temor, mas por amor ao que é real, eterno e pessoal.
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