Educado na Alemanha (nasceu em Colônia, da nobre família dos Hartefaust), atuou na França e na Itália. Nomeado chanceler da diocese de Reims, denunciou o próprio bispo Manassés por simonia. Teve de refugiar-se em Colônia até o bispo ser deposto pelo Concílio de Lião.
Bruno voltou para a França e permaneceu sob a direção de são
Roberto no ermo de Solesmes. Depois, com outros companheiros, procurou um lugar
mais solitário para erigir seu mosteiro. Recebeu-o como doação do santo bispo
de Grenoble, Hugo: um inteiro vale solitário, chamado Cartuxa, nos Alpes do
Delfinado.
Em 1078 nasceu a primeira cartuxa, que mais tarde será
chamada a Grande Chartreuse, casa mãe dos cartuxos. Os monges alternavam a
recitação do Ofício com os trabalhos manuais. Era o lugar ideal com que Bruno
sempre havia sonhado. Mas nele ficou por pouco tempo.
Um de seus discípulos, tornado papa com o nome de Urbano II,
chamou-o a Roma como conselheiro. Bruno levou consigo seus monges e adaptou
como mosteiro as termas de Diocleciano, transformadas depois na grande basílica
de Miguel Ângelo de Santa Maria dos Anjos.
Eram tempos de grande turbulência em Roma, e o partido
vitorioso do antipapa obrigou Urbano II a refugiar-se no Sul. Bruno mandou
novamente seus monges a Grenoble e, no séquito do papa, procurou na Calábria um
lugar adequado para fundar uma segunda cartuxa.
Encontrou-o na localidade que hoje leva seu nome, serra São
Bruno, no coração da Sila, “uma planície vasta e risonha, cercada de pastagens
verdejantes e bordada de flores”, escreve Bruno a seus monges. “Esta paz que o
mundo ignora é propícia para a alegria do Espírito Santo.”
O duque das Apúlias e conde da Calábria, que lhe havia feito
a doação do terreno, teve em troca a amizade e a preciosa guia do santo
eremita.
Este, sentindo-se próximo da morte, reuniu em torno de si os
monges e ditou sua profissão de fé no mistério trinitário e eucarístico. Morreu
a 6 de outubro, dia em que é comemorado. Seu corpo, encontrado in-corrupto em
1513, foi sepultado na atual cartuxa de serra São Bruno, província de
Catanzaro. O santo é desde sempre invocado contra as possessões diabólicas.
Fonte: Paulinas
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